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Até Logo Mais!

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  ATÉ LOGO MAIS! Hoje, venho com o coração envolto em silêncio, não para dizer adeus, mas para anunciar uma pausa. No dia 09 deste mês, sigo viagem. Um percurso  necessário, conduzido pelo trabalho, mas igualmente orientado por algo maior — esses chamados que não podemos ignorar quando a vida nos sussurra com firmeza. Estarei ausente deste blog por algum tempo. Estimo que dois, talvez três meses. Mas não encarem esse intervalo como ausência — vejam-no como um recolhimento. Um tempo de escuta, de aprendizado, de entrega. Assim como a terra precisa do inverno para florescer na primavera, também as palavras precisam repousar, para depois renascer com mais Luz, ou trevas, vai saber. Convido vocês a revisitarem os textos que já foram deixados aqui — cada um deles é um pequeno altar, um respiro, uma possibilidade de reencontro com algo maior. Às vezes, o que foi escrito há tempos carrega agora uma resposta que antes não sabíamos ...

Resenha: Aranha, A Artista

LIVRO: ARANHA, A ARTISTA

ANO DE LANÇAMENTO:  2020

AUTORA: NNEDI OKORAFOR

EDITORA: MORRO BRANCO

NÚMERO DE PÁGINAS: 29

CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆



Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de resenha por aqui. Vamos conhecer a obra!



Por acaso vocês leitores conhecem  alguma obra de ficção científica que se passa na Nigéria? Eu nunca tinha lido nenhuma, até ser apresentado pela editora Morro Branco ao conto ARANHA, A ARTISTA, da escritora Nnedi Okorafor. Apesar de ter nascido nos Estados Unidos, ela é filha de nigerianos e tem uma forte ligação com a terra natal de seus pais. A história se passa em um futuro próximo, numa pequena aldeia situada no delta do Rio Níger, uma área dominada por grandes empresas petrolíferas, tanto na ficção quanto na vida real. No conto, os oleodutos são protegidos por aranhas robóticas (chamadas de “zumbis” pela população) que matam quem se aproxima das tubulações. Tudo isso com o aval do governo nigeriano. Já pensou se essa moda pega por aqui hein num futuro próximo!  Uma das moradoras dessa aldeia é Eme, a narradora do conto. Ela é uma mulher solitária e vítima constante da violência do marido, que tem na música e no violão seus poucos momentos de alegria. Numa noite, o som do instrumento atrai uma das aranhas e elas desenvolvem uma inesperada conexão. Será que aquela máquina programada para ser agressiva poderia possuir inteligência e sensibilidade?

Em sua superfície, o conto apresenta o bom e velho embate entre humanos e máquinas, mas a história possui muitas outras camadas que não citarei para não dar spoiler. Okorafor denuncia a violência contra mulheres, a ganância das grandes corporações, a omissão do governo e a destruição da natureza. A escritora também aborda como a arte pode aproximar os opostos, reduzir diferenças e gerar empatia. A leitura é bastante enriquecedora e traz muito frescor, já que fugimos do padrão do escritor branco de ficção científica e conhecemos uma escritora preta que situa sua história no continente africano. É isso pessoal. Espero que tenham curtido a resenha. Até a próxima!



Comentários

  1. Bom dia:- acredito que seja um livro super interessante de ler.
    .
    Saudações poéticas e amigas
    .

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  2. Bom dia Ryk@rdo! Sim é um conto muito bom. Abraço!

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  3. Sim foi muito boa. Este conto aqui é maravilhoso.

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  4. Oi Luciano, gostei muito da sua resenha. Achei a trama interessante e fiquei curiosa para saber o desfecho. Acho que nunca li nada ambientado na Nigéria.

    Até breve;
    Helaina (Escritora || Blogueira)
    https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
    https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)

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    Respostas
    1. Oi, Helaina! Que bom que a resenha tenha lhe agradado. Sim achei-o bastante interessante. Essa foi a primeira vez que li um livro ambientado na Nigéria, e gostei muito. Abraço!

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