Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir! Poema: Quando O Céu Finge Alegria Há um céu que sorri por fora, mas silencia por dentro. Derrama luz como quem tenta curar a penumbra que mora em mim. O dia nasce — não por vontade, mas por insistência. Meu pensamento vagueia entre sombras que fingem ser luz. E nesse intervalo entre a lucidez e o desejo, me perco. O clarão não ilumina o caminho, apenas expõe os cacos do que fui tentando ser. Há beleza — sim. Mas há também a ausência do que era inteiro. O mar, imenso, não responde. Apenas observa minha tentativa de nomear o indizível. Vejo o voo da arara, não como liberdade, mas como ausência de pouso. As cores da praia, as curvas da distração, os corpos em transe ao sol — tudo dança, tudo brilha, mas nada permanece. É o instante que beija e foge. É o desejo que nunca se deita por inteiro. O sol se retira, levando consigo os delírios. E eu fico, como sempre fiquei: no silêncio após o ...
LIVRO: Cem Noites Tapuias ANO DE LANÇAMENTO: 1986 AUTORA: OFÉLIA E NARDAL FONTES EDITORA: ÁTICA NÚMERO DE PÁGINAS: 109 CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆ Sinose: É uma narrativa que aborda o conflito entre garimpeiros e índios, no Mato Grosso. Quincas Venâncio é o pai de Quinquim que, junto com a professora, uma “bugra”, foi raptado pelos índios xavantes. A narrativa do rapto e do resgate dos dois se apresenta paralela a uma série de histórias contadas por Joana, a bugra-professora, para tentar amenizar o sofrimento da criança. São mitos e lendas indígenas, em que as lições de comportamento tornam-se exemplares. Durante as cem noites em que passam presos, são contadas histórias pertencentes ao folclore brasileiro, incluindo o mito do saci, explorado anteriormente por Lobato, e aventuras de animais típicos da fauna brasileira, como a anta. São também incluídas nas histórias trechos de cantigas e quadrinhas típicas do folclore nacional, fato enriquecedor da narrativa, que além da hist...