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Resenha: Aranha, A Artista

LIVRO: ARANHA, A ARTISTA ANO DE LANÇAMENTO:  2020 AUTORA: NNEDI OKORAFOR EDITORA: MORRO BRANCO NÚMERO DE PÁGINAS: 29 CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆ Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de resenha por aqui. Vamos conhecer a obra! Por acaso vocês leitores conhecem  alguma obra de ficção científica que se passa na Nigéria? Eu nunca tinha lido nenhuma, até ser apresentado pela editora Morro Branco ao conto ARANHA, A ARTISTA, da escritora Nnedi Okorafor. Apesar de ter nascido nos Estados Unidos, ela é filha de nigerianos e tem uma forte ligação com a terra natal de seus pais. A história se passa em um futuro próximo, numa pequena aldeia situada no delta do Rio Níger, uma área dominada por grandes empresas petrolíferas, tanto na ficção quanto na vida real. No conto, os oleodutos são protegidos por aranhas robóticas (chamadas de “zumbis” pela população) que matam quem se aproxima das tubulações. Tudo isso com o aval do governo nigeriano. Já pensou se essa moda pega por aqu

Resenha: Aranha, A Artista

LIVRO: ARANHA, A ARTISTA

ANO DE LANÇAMENTO:  2020

AUTORA: NNEDI OKORAFOR

EDITORA: MORRO BRANCO

NÚMERO DE PÁGINAS: 29

CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆



Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de resenha por aqui. Vamos conhecer a obra!



Por acaso vocês leitores conhecem  alguma obra de ficção científica que se passa na Nigéria? Eu nunca tinha lido nenhuma, até ser apresentado pela editora Morro Branco ao conto ARANHA, A ARTISTA, da escritora Nnedi Okorafor. Apesar de ter nascido nos Estados Unidos, ela é filha de nigerianos e tem uma forte ligação com a terra natal de seus pais. A história se passa em um futuro próximo, numa pequena aldeia situada no delta do Rio Níger, uma área dominada por grandes empresas petrolíferas, tanto na ficção quanto na vida real. No conto, os oleodutos são protegidos por aranhas robóticas (chamadas de “zumbis” pela população) que matam quem se aproxima das tubulações. Tudo isso com o aval do governo nigeriano. Já pensou se essa moda pega por aqui hein num futuro próximo!  Uma das moradoras dessa aldeia é Eme, a narradora do conto. Ela é uma mulher solitária e vítima constante da violência do marido, que tem na música e no violão seus poucos momentos de alegria. Numa noite, o som do instrumento atrai uma das aranhas e elas desenvolvem uma inesperada conexão. Será que aquela máquina programada para ser agressiva poderia possuir inteligência e sensibilidade?

Em sua superfície, o conto apresenta o bom e velho embate entre humanos e máquinas, mas a história possui muitas outras camadas que não citarei para não dar spoiler. Okorafor denuncia a violência contra mulheres, a ganância das grandes corporações, a omissão do governo e a destruição da natureza. A escritora também aborda como a arte pode aproximar os opostos, reduzir diferenças e gerar empatia. A leitura é bastante enriquecedora e traz muito frescor, já que fugimos do padrão do escritor branco de ficção científica e conhecemos uma escritora preta que situa sua história no continente africano. É isso pessoal. Espero que tenham curtido a resenha. Até a próxima!



Comentários

  1. Bom dia:- acredito que seja um livro super interessante de ler.
    .
    Saudações poéticas e amigas
    .

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  2. Bom dia Ryk@rdo! Sim é um conto muito bom. Abraço!

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