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Até Logo Mais!

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  ATÉ LOGO MAIS! Hoje, venho com o coração envolto em silêncio, não para dizer adeus, mas para anunciar uma pausa. No dia 09 deste mês, sigo viagem. Um percurso  necessário, conduzido pelo trabalho, mas igualmente orientado por algo maior — esses chamados que não podemos ignorar quando a vida nos sussurra com firmeza. Estarei ausente deste blog por algum tempo. Estimo que dois, talvez três meses. Mas não encarem esse intervalo como ausência — vejam-no como um recolhimento. Um tempo de escuta, de aprendizado, de entrega. Assim como a terra precisa do inverno para florescer na primavera, também as palavras precisam repousar, para depois renascer com mais Luz, ou trevas, vai saber. Convido vocês a revisitarem os textos que já foram deixados aqui — cada um deles é um pequeno altar, um respiro, uma possibilidade de reencontro com algo maior. Às vezes, o que foi escrito há tempos carrega agora uma resposta que antes não sabíamos ...

Sobre A Páscoa, Jesus E O Mundo Atual!

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de reflexão por aqui! Vem conferir!



Sobre A Páscoa, Jesus E O Mundo Atual!



Quem, afinal, resiste ao sedutor encanto do chocolate? Seria imprudente negar que, entre tantos paladares, este doce artefato do prazer figura entre os preferidos. Contudo, ouso nadar contra essa corrente tão comum — não compartilho dessa paixão quase universal. Confesso, sem vergonha: minha predileção recai sobre as simplicidades da vida, como uma boa paçoca ou qualquer iguaria que traga o amendoim como protagonista. Amendoins, sim, esses pequenos tesouros terrosos me encantam como raros versos perdidos numa poesia esquecida.

Hoje, contudo, o que se vê é a indústria do chocolate transformando as prateleiras em altares do consumo desenfreado. Vende-se tanto, e tão sem medida, que não surpreende se o fígado clamar por misericórdia ou o pâncreas, exausto, se render ao destino cruel da diabetes. Tudo isso, talvez, mais rápido do que nossos governantes conseguem tomar posse — de fato — das rédeas desta nação corrompida pelo descaso e pela sede de poder.

Moro só, aqui no Rio de Janeiro, esse cenário de belezas dramáticas e contradições gritantes. Minha mãe, sensata e temerosa, refugiou-se em Natal — a capital potiguar que, embora não isenta de suas dores, oferece-lhe um pouco mais de paz. Sua decisão, tomada à sombra da violência, não carece de justificativas. Mas há em mim uma alma que não se adapta facilmente a outros céus. Apesar de seus apelos constantes, não consigo — ou não quero — deixar o Rio. Este caos tem algo que, paradoxalmente, me ancora. Nasci no Rio, talvez, seja esse o impedimento. 

Em todos os Natais, como um ritual silencioso, viajo até ela para celebrar o reencontro e os afetos que sobrevivem à distância. Poderia ir também na Páscoa — há recursos para isso —, mas escolho resistir. Talvez por cansaço, talvez por economia, ou quem sabe por saber que essa viagem se repetirá no fim do ano. Afinal, sejamos francos: dinheiro não floresce em galhos, tampouco brota em asfaltos.

E assim como o Natal, a Páscoa também se tornou refém do apelo comercial. Transformou-se, em muitos lares, em uma vitrine de ovos enfeitados e caixas de bombons que disputam olhares com etiquetas de preços. Esvaziou-se de sentido, perdeu parte da sacralidade que outrora a revestia.

No entanto, sua essência permanece intacta para os que ainda ousam escavar sob a superfície. De origem milenar, a Páscoa carrega o peso simbólico da travessia e da libertação. Para os judeus, é a memória viva da fuga do Egito, do sangue nas portas, da noite em que o anjo passou — e não tocou. PESSACH, passagem: o tempo em que Deus se fez proteção.

Para os cristãos, ela se transfigura em um drama milenar de morte e renascimento. O Cristo crucificado, o Cordeiro imolado, ressurge ao terceiro dia — e com Ele, a promessa de redenção. Sua ressurreição não é apenas dogma, mas um símbolo atemporal de esperança que resiste às ruínas da modernidade.

E é nesse tempo de conflitos e incertezas que sua mensagem ressoa com ainda mais vigor. A Páscoa é mais do que um calendário religioso: é uma convocação à renovação, à coragem de recomeçar, ao perdão que liberta. É um sussurro divino lembrando que, mesmo nas sombras mais densas, há sempre a alvorada possível.

Infelizmente, muitos de nós já não escutam esse chamado. Olham, mas não veem. Vivem, mas não despertam. Que pena — pois é justamente aí, na doçura silenciosa do renascimento, que reside o verdadeiro milagre da vida. É isso! Até a próxima postagem! 


Comentários

  1. Bela reflexão. Que possamos viver momentos de renascimento em nossa vida.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

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  2. Oi Luciano, tudo bem?
    Gostei bastante da reflexão, é sempre bom pensar no porquê agimos como agimos.
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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    1. Oi, Priscila! Estou bem! Que bom que você tenha gostado do texto reflexivo. Beijo!

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  3. Oi Luciano, tudo bem? Quem dera o significado das coisas, seu sentido mais complexo, ainda fosse o principal foco das pessoas. Parece que estamos, como sociedade, cada vez mais superficiais. Essa reflexão é muito válida e necessária!

    Até breve;
    Helaina (Escritora || Blogueira)
    https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
    https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)

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    1. Oi, Helaina! Estou bem. Vivemos numa era difícil e superficial. Que as próximas gerações tenham a sabedoria, e trilhem o despertar consciente. Abraço!

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  4. Respostas
    1. Oi, Teresa! Tenha uma ótima sexta-feira, assim como o fim de semana também. Beijo!

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