LIVRO: BAIXO ESPLENDOR
ANO DE LANÇAMENTO: 2021
AUTOR: Marçal Aquino
EDITORA: Companhia das Letras
NÚMERO DE PÁGINAS: 264
CLASSIFICAÇÃO: ★★★
Sinopse: O retorno de Marçal Aquino à cena literária, dezesseis anos depois do sucesso de Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios.
O ano é 1973, um dos períodos mais duros da ditadura militar no Brasil. É num ambiente contaminado pela paranoia que se move Miguel, um agente do setor de Inteligência da polícia civil cuja especialidade é se infiltrar em quadrilhas sob investigação. Numa das operações, ele se aproxima de um grupo de ladrões de carga, tornando-se íntimo de Ingo, o chefe, que não só apadrinha sua entrada no bando como lhe apresenta a irmã, Nádia, com quem Miguel inicia um relacionamento que tem no sexo seu ponto de combustão. Profissionalmente vaidoso, Miguel acredita que, na hora adequada, não terá dificuldades para romper os laços surgidos durante a operação. Mas as coisas não saem como ele imagina: apaixonado por Nádia, o policial se vê surpreendido por dúvidas sobre de que lado irá ficar quando o cerco se fechar sobre a quadrilha.
Com uma prosa ágil e intensa, Aquino confirma seu nome entre os melhores da ficção brasileira contemporânea. O mundo do crime nunca foi tão sensual quanto em Baixo esplendor.
Olá caros leitores e caríssimas leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Vamos Conhecer!
Sempre tive curiosidade em conhecer a escrita do autor, sendo assim fui desbravar seu livro. Já tinha ouvido sobre as obras de Aquino antes – principalmente sobre o sucesso Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios – e a curiosidade era enorme. Com o burburinho em volta do primeiro romance depois de 16 anos, aproveitei o hype para começar a me aventurar pelas obras do autor. Já começo falando, então, que Baixo Esplendor não foi nada do que eu estava esperando. Foi bom e ruim ao mesmo tempo e já vou explicar o motivo. Confira abaixo!
Acompanhamos a história de Miguel, um agente da Inteligência da polícia civil que está se infiltrando em uma quadrilha de ladrões de carga. O interessante é que Miguel não é o nome verdadeiro do nosso personagem e, para o desespero dos leitores futriqueiros, nós nunca ficamos sabendo como ele realmente se chama. O problema inicial deste livro é conseguir entender como a narrativa se desenvolve. A falta das marcações de diálogo pode ser uma pedra no sapato de alguns leitores. Particularmente, gosto desse estilo de escrita – mais ou menos o que lemos em Pessoas Normais, de Sally Rooney – e não tive muitas complicações relacionadas a esse desenvolvimento especificamente.
O que me impediu de mergulhar na história foi a linha temporal. Simplesmente, não há uma indicação de que estamos lendo uma cena do passado ou até mesmo uma do futuro. Aquino faz quebras nos capítulos – que são um pouco extensos, diga-se de passagem – e deixa nas mãos do leitor a capacidade de encaixar determinada cena na cronologia dos eventos. Confesso que demorei umas 80 páginas para conseguir, de fato, adentrar na narrativa. Porém, depois desse início um tanto conturbado, engatei direto na leitura e só parei quando cheguei na página dos agradecimentos. Dá pra entender o hype em cima da escrita de Marçal Aquino. Apesar da fluidez da história, o autor não poupa quando o assunto é pegar o leitor com sua escolha de vocabulário. Não que seja uma leitura difícil – pelo contrário -, mas a escrita tem o seu quê de requinte.
Contudo, uma bela escolha de palavras não é tudo, não é mesmo?
Senti falta de uma profundidade maior nos personagens. Principalmente, no interesse amoroso de Miguel, Nádia. Não temos uma grande cena ou um diálogo marcante que inicie o relacionamento deles. Quando nos damos conta, os dois já estão nus no sofá e aproveitando a intensidade da nova paixão. A própria relação de Miguel com Ingo, o chefe da quadrilha, não é tão desenvolvida. Tudo parece muito “fácil” para o protagonista. Logo já se envolve com os ladrões e se torna o braço direito do chefe sem nenhuma pulga atrás da orelha. Poderia, sim, ter um pouco mais de páginas para que esses pequenos detalhes fossem mais trabalhados. No fim das contas a obra tem o seu brilho. Em resumo, BAIXO ESPLENDOR é uma ótima pedida para quem gosta de romances policiais e de ser desafiado por uma leitura que, de início, te joga num breu até você encontrar certas respostas. Espero que tenham curtido a resenha. Até a próxima!
Oie, ainda não conhecia o livro. A capa é bastante chamativa e apesar de não ter me chamado total atenção, gostei de alguns aspectos.
ResponderExcluirBjs
Imersão Literária
Que bom que você tenha se interessado pelo livro. Beijo!
ExcluirOlá, Luciano.
ResponderExcluirEu não sei se leria essa obra. Eu li A turma da rua quinze quando era criança e é um dos meus livros favoritos. Mas quando fui ler Eu receberia as piores noticias dos seus lindos lábios acabei não curtindo e até abandonei ele, e olha que não faço isso nunca hehe. Estranhei muito a escrita dele.
Prefácio
Que pena que abandonou q leitura. Pretendo ler EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS SEUS LINDOS LÁBIOS. Espero curti a leitura.
ExcluirFiquei curioso para ler essa estória. A linguagem e o estilo do autor chamaram a minha atenção.
ResponderExcluirBoa semana!
Jovem Jornalista
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Não deixe de conferir. Boa semana!
ExcluirOi Luciano, tudo bem?
ResponderExcluirPelas características do diálogo e da temporalidade, pude ver que não é pra mim. Acho que são características que impactam muito na fluidez, pro meu tipo de preferência.
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Vou bem, e você? Entendo. Beijo!
ExcluirAbraço. Bom fim de semana!
ResponderExcluirLivros com linha temporal já me deixam bem confusa se não são bem feitos. Com certeza esse seria um deles, pelo que você fala.
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
A linha temporal deixa muitos leitores confusos.
ExcluirOi Luciano,
ResponderExcluirEu sigo a filha do Marçal no instagram, ela faz um trabalho bem legal em relação a conteúdo nerd e eu o conheci através dela, mas não li nada do autor ainda!
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Que legal Alessandra! Espero que goste desta obra de Marçal. Um abraço!
ExcluirPoxa Luciano, que pena que suas expectativas não foram de todo alcançadas. Confesso que fui ficando desanimada conforme lia sua resenha, especialmente pela falta de diálogo bem marcado, o que muito me incomoda, alé da linha temporal sem sentido... =/ Já sei que é um livro que deixarei passar, infelizmente. =/
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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Infelizmente este livro não supriu totalmente minhas expectativas. Beijo.
ExcluirOie Luciano!
ResponderExcluirSeiii, entendo
as vezes eu tambem sinto falta dessa profundidade e abaixo um pouquinho a nota rsrsrs
Beijos!
Pâm
Blog Interrupted Dreamer
É bem por aí mesmo Pamela. Beijo!
ExcluirOi Luciano, tudo bem?
ResponderExcluirPassando aqui de novo pra agradecer a visita e desejar boa semana!
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Vou bem, e você? Boa semana pra você também. Beijo!
ExcluirOi , Luciano!
ResponderExcluirPena que suas expectativas não foram tão atendidas e ficou aquele sentimento meio ambíguo de gostou, mas não gostou, hehe.
Acho que eu ficaria extremamente confusa com essa linha do tempo também.
Não é bem meu tipo de livro, então não me interessei muito.
Beijoooos
Teca Machado
Casos, Acasos e Livros
A linha temporal deste livro provoca isto mesmo. Beijo!
ExcluirOi
ResponderExcluirnão conheça o livro, pena que não conseguiu se envolver tanto na história, pela forma de ser escrita provavelmente eu teria dificuldade na leitura.
https://momentocrivelli.blogspot.com/
Entendo. Provavelmente você teria dificuldade na leitura.
ExcluirOi Luciano, tudo bem?
ResponderExcluirVim te desejar um ótimo restinho de semana!
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Vou bem sim. Bom fim de semana pra você. Beijo!
ExcluirQue bom que gostou.
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