Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de texto para refletir por aqui. Vem conferir! A NOTÁVEL DIFERENÇA O processo de contemplar e escutar, após o simples ato de olhar e ouvir, torna-se, de fato, a chave para a observação e interpretação de nossa encarnação ou, em termos mais simples, da vida que atualmente vivenciamos. Não há como evoluir e crescer se nos limitamos apenas a olhar e ouvir. Vejo com os olhos, mas VER com a mente. Ouço com os ouvidos, e ESCUTO com a mente. O ser humano que se entrega ao fanatismo, crente em demasia, limita-se a olhar e ouvir, incapaz de perceber a notável diferença que se estabelece entre olhar e VER, assim como entre ouvir e ESCUTAR. A verdadeira visão se dá através da Essência, ou Alma, se assim preferir. O olhar se restringe ao superficial, focando em marcas, automóveis, acessórios e até mesmo, em última instância, paisagens. A visão, por outro lado, contempla o comportamento humano, a postura, a inteligência, a evolu...
LIVRO: Cujo
ANO DE LANÇAMENTO: 2016
AUTOR: Stephen King
EDITORA: Suma de Letras
NUMERO DE PAGINAS: 376
CLASSIFICAÇÃO: ★★★★★
Sinopse:
Frank Dodd está morto e a cidade de Castle Rock pode ficar em paz novamente. O serial-killer que aterrorizou o local por anos agora é apenas uma lenda urbana, usada para assustar criancinhas. Exceto para Tad Trenton, para quem Dodd é tudo, menos uma lenda. O espírito do assassino o observa da porta entreaberta do closet, todas as noites. Você pode me sentir mais perto… cada vez mais perto. Nos limites da cidade, Cujo – um são Bernardo de noventa quilos, que pertence à família Camber – se distrai perseguindo um coelho para dentro de um buraco, onde é mordido por um morcego raivoso. A transformação de Cujo, como ele incorpora o pior pesado de Tad Trenton e de sua mãe e como destrói a vida de todos a sua volta é o que faz deste um dos livros mais assustadores e emocionantes de Stephen King.
Olá caros leitores e caríssimas leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.
Quando a própria realidade pode ser aterrorizante, o sobrenatural é apenas um detalhe; ao menos é nisso que aposta Stephen King. Na obra Cujo, o terror mais profundo parece estar na mente das pessoas, e a realidade é o ponto de partida. Afinal, o quão aterrorizante pode ser um cão com raiva?
A princípio, King nos faz conhecer duas famílias: a Trenton e a Camber. A primeira é uma família da cidade que foi morar no Maine. Vic Trenton é o típico pai de família, que luta para dar conforto ao seu filho Ted e à sua esposa Donna. Entretanto, por baixo dessa faixada, há problemas. Ted tem problemas para dormir e acredita ter um monstro no seu armário, o que acaba se tornando um problema para a família. Donna, por sua vez, não consegue se adaptar bem à rotina de dona de casa, que é opressora. O conjunto é uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento.
Na outra família, temos Joe Camber, um pai de família que acha que o cérebro e a mão precisam estar conectados, caso contrário, você não é um homem de verdade. Desde cedo, ele molda o filho Brett com essa ideia, fazendo-o ajudar na oficina mecânica da família, mesmo que o menino tenha ainda os dez anos. Charity, por sua vez, é uma esposa infeliz, nada contente com o casamento e que quer muito viajar para passar um tempo com sua irmã. Contudo, Joe é possessivo e agressivo, não permitindo que isso aconteça. Nessa família, o conjunto também é uma bomba relógio.
Além deles, conhecemos Cujo, um São Bernardo de noventa quilos que é a personificação da bondade; ele é bom com crianças, faz tudo que os donos pedem e, às vezes, até caça um animal ou outro. Porém, tudo muda quando ele é mordido por um morcego raivoso. A raiva vai se alastrando pelo organismo e o cachorro vai mudando. A bondade se esvai e uma ânsia assassina o toma de uma forma quase inexplicável. Cujo, que era bondoso e agora não é mais, será a ponte entre as duas famílias.
Partindo dessa premissa, Stephen King cria uma trama forte, bem desenvolvida e, principalmente, real. De todas as obras do autor que já li, essa foi a que deu a maior sensação de “isso realmente poderia acontecer”. Talvez por isso essa seja uma das obras mais assustadoras do mestre do terror, não por ter um lunático ou assassino em série, mas por pegar as coisas cotidianas que podem ser capazes de tirar o nosso sono. A abordagem psicológica feita em cada um dos personagens é tão aterradora que nos faz questionar a sanidade deles e a nossa. King constrói o tipo de terror que realmente é bom; aquele onde o monstro não está no armário, mas ao nosso lado e também na nossa mente.
Além do desenvolvimento psicológico, os personagens em si foram o ponto alto da narrativa. O destaque inegável vai para Cujo, o cachorro raivoso. King constrói toda uma personalidade para o animal, incute nele pensamentos, mesmo que primitivos. Em muitos momentos, é possível esquecer que Cujo é apenas um cão, pois a prosopopeia é intensa. Cujo sofre uma metamorfose diante dos nossos olhos: era uma vez um cão; agora ele é o nosso pior pesadelo.
Outra personagem que se destaca é Donna. Na ânsia de consertar seus erros, de ser uma boa mãe e salvar seu filho, ela se transforma também. No primeiro momento, vira algo pastoso, que foge pelos dedos. Sua personalidade desmorona, os medos tomam conta e o seu psicológico começa a lhe pregar peças. Posteriormente, de terror em terror, ela começa a ficar anestesiada e a sua coragem volta. Surge uma mulher forte, apesar de profundamente abalada; sua raiva e ódio tornam-se os principais ingredientes da sua personalidade, além da necessidade de sobrevivência.
Destaca-se também, durante a obra, a escrita do autor. Stephen King mostra-nos, novamente, que para construir um ótimo livro é preciso bem mais do que ter uma estória interessante, é preciso técnica e construção textual de qualidade. A obra, a princípio, se desenvolve lentamente, pois o autor foca de forma quase que exclusiva no desenvolvimento dos personagens, dando-nos acesso à mente de cada um deles. Esse começo é mais lento e pode afastar os que gostam da ação instantânea. Contudo, a lentidão inicial vale a pena depois. Quando o terror entra em cena, o acesso à mente dado no princípio da obra faz com que o livro seja alucinante, prendendo o leitor até a última página. O apego emocional com cada um dos personagens é forte e aterrador ao mesmo tempo, o que pode acabar destruindo as suas emoções no fim.
Em resumo, "Cujo" é uma obra bem escrita e que nos ensina que o terror mais intenso não precisa de grandes monstros imaginários. O medo verdadeiro mora ao lado. Normalmente, mais perto do que você imagina. Esta é, sem dúvidas, uma obra essencial para os amantes do terror. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!
ANO DE LANÇAMENTO: 2016
AUTOR: Stephen King
EDITORA: Suma de Letras
NUMERO DE PAGINAS: 376
CLASSIFICAÇÃO: ★★★★★
Sinopse:
Frank Dodd está morto e a cidade de Castle Rock pode ficar em paz novamente. O serial-killer que aterrorizou o local por anos agora é apenas uma lenda urbana, usada para assustar criancinhas. Exceto para Tad Trenton, para quem Dodd é tudo, menos uma lenda. O espírito do assassino o observa da porta entreaberta do closet, todas as noites. Você pode me sentir mais perto… cada vez mais perto. Nos limites da cidade, Cujo – um são Bernardo de noventa quilos, que pertence à família Camber – se distrai perseguindo um coelho para dentro de um buraco, onde é mordido por um morcego raivoso. A transformação de Cujo, como ele incorpora o pior pesado de Tad Trenton e de sua mãe e como destrói a vida de todos a sua volta é o que faz deste um dos livros mais assustadores e emocionantes de Stephen King.
Olá caros leitores e caríssimas leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.
Quando a própria realidade pode ser aterrorizante, o sobrenatural é apenas um detalhe; ao menos é nisso que aposta Stephen King. Na obra Cujo, o terror mais profundo parece estar na mente das pessoas, e a realidade é o ponto de partida. Afinal, o quão aterrorizante pode ser um cão com raiva?
A princípio, King nos faz conhecer duas famílias: a Trenton e a Camber. A primeira é uma família da cidade que foi morar no Maine. Vic Trenton é o típico pai de família, que luta para dar conforto ao seu filho Ted e à sua esposa Donna. Entretanto, por baixo dessa faixada, há problemas. Ted tem problemas para dormir e acredita ter um monstro no seu armário, o que acaba se tornando um problema para a família. Donna, por sua vez, não consegue se adaptar bem à rotina de dona de casa, que é opressora. O conjunto é uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento.
Na outra família, temos Joe Camber, um pai de família que acha que o cérebro e a mão precisam estar conectados, caso contrário, você não é um homem de verdade. Desde cedo, ele molda o filho Brett com essa ideia, fazendo-o ajudar na oficina mecânica da família, mesmo que o menino tenha ainda os dez anos. Charity, por sua vez, é uma esposa infeliz, nada contente com o casamento e que quer muito viajar para passar um tempo com sua irmã. Contudo, Joe é possessivo e agressivo, não permitindo que isso aconteça. Nessa família, o conjunto também é uma bomba relógio.
Além deles, conhecemos Cujo, um São Bernardo de noventa quilos que é a personificação da bondade; ele é bom com crianças, faz tudo que os donos pedem e, às vezes, até caça um animal ou outro. Porém, tudo muda quando ele é mordido por um morcego raivoso. A raiva vai se alastrando pelo organismo e o cachorro vai mudando. A bondade se esvai e uma ânsia assassina o toma de uma forma quase inexplicável. Cujo, que era bondoso e agora não é mais, será a ponte entre as duas famílias.
Partindo dessa premissa, Stephen King cria uma trama forte, bem desenvolvida e, principalmente, real. De todas as obras do autor que já li, essa foi a que deu a maior sensação de “isso realmente poderia acontecer”. Talvez por isso essa seja uma das obras mais assustadoras do mestre do terror, não por ter um lunático ou assassino em série, mas por pegar as coisas cotidianas que podem ser capazes de tirar o nosso sono. A abordagem psicológica feita em cada um dos personagens é tão aterradora que nos faz questionar a sanidade deles e a nossa. King constrói o tipo de terror que realmente é bom; aquele onde o monstro não está no armário, mas ao nosso lado e também na nossa mente.
Além do desenvolvimento psicológico, os personagens em si foram o ponto alto da narrativa. O destaque inegável vai para Cujo, o cachorro raivoso. King constrói toda uma personalidade para o animal, incute nele pensamentos, mesmo que primitivos. Em muitos momentos, é possível esquecer que Cujo é apenas um cão, pois a prosopopeia é intensa. Cujo sofre uma metamorfose diante dos nossos olhos: era uma vez um cão; agora ele é o nosso pior pesadelo.
Outra personagem que se destaca é Donna. Na ânsia de consertar seus erros, de ser uma boa mãe e salvar seu filho, ela se transforma também. No primeiro momento, vira algo pastoso, que foge pelos dedos. Sua personalidade desmorona, os medos tomam conta e o seu psicológico começa a lhe pregar peças. Posteriormente, de terror em terror, ela começa a ficar anestesiada e a sua coragem volta. Surge uma mulher forte, apesar de profundamente abalada; sua raiva e ódio tornam-se os principais ingredientes da sua personalidade, além da necessidade de sobrevivência.
Destaca-se também, durante a obra, a escrita do autor. Stephen King mostra-nos, novamente, que para construir um ótimo livro é preciso bem mais do que ter uma estória interessante, é preciso técnica e construção textual de qualidade. A obra, a princípio, se desenvolve lentamente, pois o autor foca de forma quase que exclusiva no desenvolvimento dos personagens, dando-nos acesso à mente de cada um deles. Esse começo é mais lento e pode afastar os que gostam da ação instantânea. Contudo, a lentidão inicial vale a pena depois. Quando o terror entra em cena, o acesso à mente dado no princípio da obra faz com que o livro seja alucinante, prendendo o leitor até a última página. O apego emocional com cada um dos personagens é forte e aterrador ao mesmo tempo, o que pode acabar destruindo as suas emoções no fim.
Em resumo, "Cujo" é uma obra bem escrita e que nos ensina que o terror mais intenso não precisa de grandes monstros imaginários. O medo verdadeiro mora ao lado. Normalmente, mais perto do que você imagina. Esta é, sem dúvidas, uma obra essencial para os amantes do terror. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!
AOi, Luciano!
ResponderExcluirApesar de ter lido apenas um livro dele (na realidade, metade do livro) eu gosto bastante do Stephen King! Admiro muito como ele transcreve o terror psicológico em suas obras, e sua criatividade infinita para criar boas histórias!
Não sei porque, mas toda vez que vejo esse livro em algum lugar eu confundo com It haha.
Fiquei suuper interessada e vou acrescentar na minha lista de futuras leituras! A resenha ficou ótima :D
Beijos!
Estante Bibliográfica
Oi, Laura! O livro é espetacular, para os apreciadores do terror os livros dele são obrigatórios. Leia-o, pois você vai gostar. Que bom que gostou da resenha. Beijos!
ExcluirOi Luciano, tudo bem?
ResponderExcluirDizem que o Stephen King é ótimo na construção de personagens, especialmente em transformá-los nos verdadeiros vilões. Nunca li nada dele de terror (só li À Espera de um Milagre), mas achei bem interessante a trama de Cujo. Fiquei pensando que o espírito do assassino entrou no dog rs.
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Oi, Pri vou bem e você? Para mim o Stephen é o melhor escritor da atualidade, não desmerecendo os demais é claro. Contudo o cara é gênio. Quando puder leia outros livros do autor. Beijos!
ExcluirJá tinham me sugerido essa leitura, mas não li ainda.
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Oi, Monique! Quando puder não deixe de o ler.
ExcluirOlá, Luciano.
ResponderExcluirQuem lê os livros dele já está acostumado com a lentidão inicial hehe. Eu até queria ler esse livro quando lançou uma edição capa dura mas pelo que leio nas resenhas, eu que já não sou tão fã da escrita dele, sei que não vou gostar.
Prefácio
Olá, Sil! Que pena que você não goste da escrita do Stephen. De todo modo para quem gosta de terror, os livros dele são obrigatórios para se ter na estante ou no kindle.
ExcluirOlá Luciano,
ResponderExcluirNão sei se eu já mencionei aqui, mas eu ainda não li nenhum livro do autor e também não tenho nenhum, quero muito ler a série Torre Negra.
Abraço.
https://devoradordeletras.blogspot.com/
Olá, Marco! Rapaz aconselho-te a ler o mais breve possível algum livro de o autor, pois são maravilhosos. Principalmente para os apreciadores do terror. Abraço!
ExcluirEu tenho uma vaga ideia do livro por ver vários comentários excelentes sobre ele. A edição também é linda.
ResponderExcluirBeijos
Imersão Literária
Oi, Leyanne! A edição está muito bonita. O livro é um dos melhores que li do Stephen. Beijos!
ExcluirUau! Stephen King realmente é o rei do terror.
ResponderExcluirBom fim de semana!
Jovem Jornalista
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Oi, Emerson! Sim o rei do terror. Bom fim de semana. Até mais..
ExcluirStephen é incrível demais! Eu quero ter uma coleção enorme dos livros dele, algum dia chego lá!
ResponderExcluirOi, Bruna! Concordo plenamente. Para mim ele é o escritor mais completo da atualidade, isto o torna, sem dúvida alguma como o melhor escritor nos tempos atuais. Torço para você conseguir a coleção completa.
Excluir