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Poema: Vacuidade

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir! Poema: Vacuidade No mundo da vacuidade eu me encontro. O vazio permeia cada canto do meu ser. A ausência de sentido me invade e confronto. Uma alma perdida sem nada a querer. Dentro dessa vastidão desprovida de luz. Sinto-me aprisionado numa existência sem brilho. A busca por propósito é uma luta árdua e confusa. Pois tudo ao meu redor se desfaz em restos de entulho. Quanto mais eu busco, mais vazio encontro. Pois a vacuidade é uma companheira constantemente presente. Nada preenche minha alma e meu desespero é um afronte. Perdido em um labirinto sem saída aparente. Vacuidade, cruel e desolada. Como posso escapar desse abismo sem fim? Sinto-me como um ator num palco sem plateia. Representando uma farsa vazia para mim. Mas no âmago desse vácuo, sutilmente. Percebo que a vacuidade é parte da jornada. É nela que encontro a oportunidade. De me redescobrir e criar minha própria estrada. Pois n

Resenha: Diário de Busca

Livro: Diário de Busca
Editora: Chiado
Autor: W-Souza



Sinopse:
O incansável explorador dá de ombros e não se deixa abater, tentando demonstrar maturidade e controle. Eval tinha razão, muito ainda estava por vir, aquilo era só o começo.
Aprendeu com sua mãe a ser persistente, a lutar pelo que acredita, e pensou: É como dizia um velho amigo - Para o obstinado, o tropeço é apenas um empurrão para seguir em frente.
Agradeceu, despediu-se, pegou a mochila, e virando a aba do boné para trás, gesto que fazia quando estava indignado, partiu, sorrindo apenas para a secretária.
Jamais desistiria, não era o perfil dos Di Carlli. Dali foi direto para a biblioteca preparar o material para uma próxima possível expedição.




Olá caros leitores e caríssimas leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.



Em Diário de Busca, acompanhamos três gerações de uma mesma família em busca de seus sonhos. O primeiro deles é Leopoldo Di Carlli, um jovem vívido e inteligente. Seu cotidiano era dividido entre a igreja, brincadeiras com os amigos e muitas horas na biblioteca. Porém, sua vida muda completamente quando ele encontra uma obra sobre civilizações antigas. Após a leitura desse livro, ele decide que quer ser arqueólogo. Contudo, essa decisão deixa sua vida muito conturbada, já que sua mãe insiste que ele siga o sacerdócio.
A partir desse momento, Leopoldo passa por uma série de infortúnios. As brigas com a mãe eram terríveis e as consequências eram ainda mais nefastas, culminando na sua matrícula em um colégio onde sofria maus tratos e muitos outros abusos. Contudo, o protagonista se mantém irredutível quanto a seguir o seu sonho.
As duas gerações seguintes, ou seja, o filho e o neto, acabarão por se ligar aos sonhos de Leopoldo. O como é algo que não posso revelar, pois implicaria na distribuição gratuita de spoiler. Contudo, a garantia é de que a surpresa será grande. Afinal, a ligação que há entre eles e seus sonhos é um tanto inovadora.
Com base na premissa acima relatada, W-Souza cria um enredo rico, inovador e surpreendente. O grande diferencial da obra é a surpresa que causa ao leitor. Quando se começa a ler o livro, dificilmente se poderá imaginar o final tão distinto. Os caminhos tomados durante a obra são os mais inimagináveis, sem perder a coerência, o que é essencial. É essa sucessão de surpresas que mantém o leitor até o fim preso à trama.
Outro ponto da obra que merece ser destacado é a excelente escrita. Apesar de alguns errinhos de revisão terem incomodado, isso não ofusca o talento de quem escreve. A maneira direta e inteligente que alguns temas foram abordados dá a obra ainda mais diferencias, fazendo com que o livro se destaque nesse mar de igualdade que há hoje na literatura.
Contudo, apesar do enredo inovador e da boa escrita, há também pontos que mereciam maior atenção. O primeiro deles foi o aprofundamento psicológico. Por se tratar de três gerações, talvez fosse mais interessante optar por um livro mais extenso, onde pudesse ser abordado de maneira mais profunda cada um dos três personagens. Leopoldo, o iniciador da jornada, ganha uma atenção muito especial na obra; os outros dois, nem tanto. Outro ponto que também merecia uma atenção maior no livro é a questão científica. Obviamente esse não é o foco do enredo, porém, na parte que envolve a “ficção científica”, faltou um aprofundamento maior, algo que é dado em livros do gênero. Quem não tem experiência nesse estilo literário talvez não sinta falta; porém, quem já é um leitor mais “rodado” sentirá essa ausência.
Em resumo, "Diário de Busca" é um livro bem escrito e original, o que é algo um tanto raro atualmente, onde os clichês são abundantes. Há pontos que poderiam ser melhorados, mas isso não impede que a leitura seja agradável. Sem dúvidas, vale a leitura. Recomendo. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!

Comentários

  1. Oi Luciano, tudo bem?
    Resenha bem lúcida, parabéns! Eu acho legais essas tramas que vão explorando gerações, mas concordo com você que pra esses casos é necessário um aprofundamento maior (talvez até mais páginas ou mesmo livros).
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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    1. Oi, Pri vou bem e você? Apesar de as ressalvas citadas, a leitura é prazerosa. O livro é bem escrito e a estória é boa. Beijos!

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  2. Oi
    legal que a leitura é surpreendente para o leitor e que é bem escrito, parece ser daqueles livros que só consegue largar depois de finalizar.

    http://momentocrivelli.blogspot.com/

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    1. Oi, Denise! O livro é envolvente, é daqueles livros que só largamos quando o terminamos.

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  3. Olá, Luciano

    Não conhecia o livro e já falei na resenha anterior que gosto muito de obras que abordam diferentes gerações, né?
    Eu achei a proposta interessante e madura. Imagino que lidar com as expectativas da mãe seja bem complicado. É difícil quando esperam algo da gente e esse algo não faz o menor sentido para nós.
    Confesso que apesar a sua boa resenha não é um livro que me chama a atenção. No que diz respeito a anseios e gerações diferentes, o da maharani (acho que é assim que se escreve, né?) faz mais o meu estilo.

    Beijos
    - Tami
    https://www.meuepilogo.com

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    1. Oi, Tamires! A proposta do livro é interessante. Sim você escreveu corretamente Maharani. Beijos!

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  4. Olá, Luciano.
    Achei a capa desse livro bem simples e bonita. Não é um enredo que chame a minha atenção, apesar de gostar de histórias que abordam várias gerações, por isso acho que não leria ele.

    Prefácio

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    1. Oi, Sil eu concordo com você a capa é bonita. Que pena que o livro não tenha despertado seu interesse.

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  5. Vários elementos prendem minha atenção em um livro, e um deles é o enredo ser surpreendente e original. Gostei da premissa, porém a falta em alguns aspectos no livro me fariam sentir que a leitura deixaria a desejar.

    Beijos

    Imersão Literária

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