Resenha: A Oportunista

 LIVRO: A Oportunista 

ANO DE LANÇAMENTO: 2016

AUTORA: Tarryn Fisher

EDITORA: Faro

NÚMERO DE PÁGINAS: 256

CLASSIFICAÇÃO: ★★★★

Sinopse:

Olivia Kaspen acaba de descobrir que seu ex-namorado, Caleb Drake, por quem era obcecada, perdeu a memória.

Com uma incrível habilidade de tirar proveito das situações, ela acredita estar diante de uma segunda chance para ter Caleb de volta.

E para que seu plano dê certo, Olivia precisa manter sua verdadeira identidade e seu passado sórdido em segredo.

Porém, surge um obstáculo inesperado: a atual namorada de Caleb, a perversa Leah Smith.

Inicia-se então um jogo entre duas mulheres dispostas a tudo para conquistar o homem que parece ter apagado todo o seu passado.

Para encobrir as consequências de suas mentiras, Olivia cria uma teia de novos eventos, em um processo que pode levá-la a descobrir que sua busca pelo amor talvez a tenha feito ultrapassar limites muito perigosos.

Olá caros leitores e caríssimas leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.

Olivia Kaspen recebe uma chance de ouro, daquelas oportunidades que poucas pessoas têm na vida: reconquistar seu ex. Contudo, não do jeito tradicional. Ao reencontrar Caleb ocasionalmente, ela descobre que o rapaz sofreu um acidente e perdeu completamente a memória. Uma pessoa normal falaria a verdade. Porém, Olivia não é normal. Obviamente, ela resolve aproveitar essa oportunidade da pior maneira.

Contudo, Caleb também não é uma pessoa boazinha. A sua namorada atual, Leah, também não está nem perto de ser uma pessoa exemplar. Então, o que temos aqui são três pessoas perturbadas, cheias de segredos e com um ótimo senso de oportunismo. Na jornada, talvez, o grande vencedor, se é que há um, será o que prestar menos.

Tarryn Fisher parte de uma trama aparentemente clichê – triângulos amorosos, um dos amantes sem memória, reconquista e etc – e busca uma renovação do gênero romance sem fugir de uma literatura de massa. Em parte, ela alcança o seu objetivo. O enredo está bem distante daquele ideal romantizado, de final feliz e de mocinhos e mocinhas perfeitas. Essa quebra do idealismo é, sem dúvidas, o ponto alto da narrativa. Os protagonistas são mais verdadeiros, mais humanos, mais palpáveis, o que pode deixar a trama mais envolvente.

A autora também busca um desenvolvimento emocional e psicológico maior para os seus protagonistas. Para tal, ela usa de uma alternância temporal narrativa, objetivando que o leitor conheça o presente e se aprofunde, aos poucos, nos acontecimentos passados. Aliás, esses acontecimentos são essenciais para entender melhor as atitudes – muitas delas assombrosas – dos protagonistas.

Para deixar a leitura mais ágil, a autora aposta em uma narrativa mais rasa, rápida, sem grandes aprofundamentos – a questão psicológica e emocional é aprofundada melhor com a reconstrução do passado e com a insanidade dos personagens. Essa característica faz com que a leitura seja bem envolvente e rápida, porém, impede que a autora alcance níveis literários mais altos. Isso não necessariamente faz a escrita da autora ruim, mas redireciona sua obra para um grupo específico; aliás, com sucesso, visto que suas obras têm um alto nível de aprovação.

Em resumo, A

Oportunista é uma obra que merece destaque por fugir do padrão romântico idealista da literatura contemporânea. Apesar de não ser nenhuma obra-prima, certamente conseguirá envolver e ganhar seu público alvo. Se você busca um livro leve, mas que fuja do melodrama estilo Nicholas Sparks, essa obra é para você se extasiar. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!