Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? ATÉ LOGO MAIS! Hoje, venho com o coração envolto em silêncio, não para dizer adeus, mas para anunciar uma pausa. No dia 09 deste mês, sigo viagem. Um percurso necessário, conduzido pelo trabalho, mas igualmente orientado por algo maior — esses chamados que não podemos ignorar quando a vida nos sussurra com firmeza. Estarei ausente deste blog por algum tempo. Estimo que dois, talvez três meses. Mas não encarem esse intervalo como ausência — vejam-no como um recolhimento. Um tempo de escuta, de aprendizado, de entrega. Assim como a terra precisa do inverno para florescer na primavera, também as palavras precisam repousar, para depois renascer com mais Luz, ou trevas, vai saber. Convido vocês a revisitarem os textos que já foram deixados aqui — cada um deles é um pequeno altar, um respiro, uma possibilidade de reencontro com algo maior. Às vezes, o que foi escrito há tempos carrega agora uma resposta que antes não sabíamos ...
Livro: O Diário do Farol
Editora: Alfaguara
Autor: João Ubaldo Ribeiro
Sinopse:
Em "Diário do farol", um clérigo amoral e inescrupuloso relata as maldades que perpetrou ao longo da vida. Os maus-tratos que sofreu na infância mudaram profundamente sua forma de ver o mundo: ele constatou que não havia motivos para ser bom, e decidiu que seria para sempre mau. Deixando de lado o filtro de qualquer valor moral, o padre lança mão de astúcia, dissimulação, violência e todo tipo de recurso torpe para atingir seu principal objetivo – tornar-se o pior dos seres humanos.
Com sua prosa engenhosa, João Ubaldo Ribeiro constrói um protagonista memorável, capaz de dialogar intensamente com o leitor e levá-lo a questionar os limites da moralidade humana.
Olá queridos leitores e leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.
Para os (as) leitores (a) habituados a lerem João Ubaldo Ribeiro sabem que sua escrita é bastante rica e inconfundível, se comparada à outros escritores de nome em evidência.
Além da profunda sondagem psicológica que não deixa nada a dever a um Dostoiévsky e que supera a habilidade narrativa de Poe (de quem o autor teve clara inspiração), João Ubaldo Ribeiro compôs uma estória robusta, daquelas que não nos deixam largar o livro um minuto sequer, que investiga parte da oculta podridão endógena da sociedade brasileira, situando a trama numa época bastante propícia para esse tipo de reflexões: a ditadura militar de 1964. É, enfim, um livro valiosíssimo para repensarmos nossa sociedade nesses tempos tão incertos e de ausência de compaixão, com perigos de extremismos cegos à realidade, em que estamos vivendo.
Nesse livro de João Ubaldo Ribeiro não vemos um psicopata carismático ou excessivamente louco a lá Stephen King nem nada tão idealizado com base em teses acadêmicas e pintado com as tintas do imaginário popular como um Hannibal Lecter, por exemplo, mas, sim, um ser humano complexo e realista que não se importa com noções de bem e mal, alguém que, até certo ponto, não sente remorsos ou arrependimentos, alguém de inteligência acima da média mas sem quaisquer freios morais, alguém internamente machucado que se utiliza das hipocrisias sociais para satisfazer os próprios desejos egoístas e que, insulado de contato humano real, vive de máscaras e tramoias vingativas engendradas por um ódio doentiamente paciente. A obra é reveladora, pois revela de forma magistral o lado feio da raça humana. Se você querido leitor e caríssima leitora não tiver estômago forte é melhor passar longe da experienciação de leitura desse livro, pois aqui, em certos momentos a leitura lhe causará repugnância e nojo, muito embora a obra não deixe de ser considerada como um livro genial. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!
Editora: Alfaguara
Autor: João Ubaldo Ribeiro
Sinopse:
Em "Diário do farol", um clérigo amoral e inescrupuloso relata as maldades que perpetrou ao longo da vida. Os maus-tratos que sofreu na infância mudaram profundamente sua forma de ver o mundo: ele constatou que não havia motivos para ser bom, e decidiu que seria para sempre mau. Deixando de lado o filtro de qualquer valor moral, o padre lança mão de astúcia, dissimulação, violência e todo tipo de recurso torpe para atingir seu principal objetivo – tornar-se o pior dos seres humanos.
Com sua prosa engenhosa, João Ubaldo Ribeiro constrói um protagonista memorável, capaz de dialogar intensamente com o leitor e levá-lo a questionar os limites da moralidade humana.
Olá queridos leitores e leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.
Para os (as) leitores (a) habituados a lerem João Ubaldo Ribeiro sabem que sua escrita é bastante rica e inconfundível, se comparada à outros escritores de nome em evidência.
Além da profunda sondagem psicológica que não deixa nada a dever a um Dostoiévsky e que supera a habilidade narrativa de Poe (de quem o autor teve clara inspiração), João Ubaldo Ribeiro compôs uma estória robusta, daquelas que não nos deixam largar o livro um minuto sequer, que investiga parte da oculta podridão endógena da sociedade brasileira, situando a trama numa época bastante propícia para esse tipo de reflexões: a ditadura militar de 1964. É, enfim, um livro valiosíssimo para repensarmos nossa sociedade nesses tempos tão incertos e de ausência de compaixão, com perigos de extremismos cegos à realidade, em que estamos vivendo.
Nesse livro de João Ubaldo Ribeiro não vemos um psicopata carismático ou excessivamente louco a lá Stephen King nem nada tão idealizado com base em teses acadêmicas e pintado com as tintas do imaginário popular como um Hannibal Lecter, por exemplo, mas, sim, um ser humano complexo e realista que não se importa com noções de bem e mal, alguém que, até certo ponto, não sente remorsos ou arrependimentos, alguém de inteligência acima da média mas sem quaisquer freios morais, alguém internamente machucado que se utiliza das hipocrisias sociais para satisfazer os próprios desejos egoístas e que, insulado de contato humano real, vive de máscaras e tramoias vingativas engendradas por um ódio doentiamente paciente. A obra é reveladora, pois revela de forma magistral o lado feio da raça humana. Se você querido leitor e caríssima leitora não tiver estômago forte é melhor passar longe da experienciação de leitura desse livro, pois aqui, em certos momentos a leitura lhe causará repugnância e nojo, muito embora a obra não deixe de ser considerada como um livro genial. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!
Oi Luciano,
ResponderExcluirConfesso que a dica de hoje não fez muito meu estilo, não devo ter estômago, como você mesmo disse, rs.
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Oi, Alessandra! Que pena, pois o livro é sensacional, mas certamente não é um tipo de leitura para todos (as).
ExcluirParece uma leitura bem impactante e interessante também.
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Oi, Monique! A obra é sim impactante, mas é muito boa de ser realizada.
ExcluirOi Luciano, eu amei sua resenha e suas palavras, foi muito bem escrita, porém, não é o tipo de livro que leio, tanto é que fujo de Stephen King ou até mesmo Poe hehe...
ResponderExcluirBeijos Mila
Daily of Books Mila
Oi, Camila! Que pena, pois a leitura é extasiante e agradabilíssima. Beijo!
ExcluirOi
ResponderExcluirpelo que falou o protagonista parece ser um personagem mau e com sérios problemas, parece ser uma boa leitura para que curte o estilo que não é meu caso, mas gostei de conferir a resenha.
http://momentocrivelli.blogspot.com/
Oi, Denise! O protagonista sofre com problemas psicológicos seríssimos, e a leitura é impactante.
Excluir