Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de refletir por aqui. Vem conferir!
Sobre Filosofia, Espiritualidade e Outras Coisas Banais ( ou não banais ).
Num mundo vasto e efervescente de incessantes marés de informação e agitação, nossa mente vagueia continuamente, contemplando as imensas questões da existência, tais como a filosofia, a espiritualidade e os enigmas inerentes à condição humana. O que à primeira vista surge como trivial, revela-se, quando observado sob um olhar atento e contemplativo, como parte de uma intricada tapeçaria que tece o âmago do nosso ser. A filosofia, esse venerável legado de pensadores ancestrais que inquietaram os limites do real e do abstrato, convoca-nos a sondar as profundezas das nossas próprias convicções e valores. O que pode verdadeiramente ser chamado de real? Onde repousa a verdade? Nesta peregrinação de questionamentos, não se encontram respostas definitivas, mas sim um caminho de constante autodescoberta. A busca pelo saber transcende o mero exercício intelectual, tornando-se uma experiência vital que transforma nossas visões do cosmos e de nós mesmos. Junto a essa exploração filosófica, a espiritualidade surge como uma busca incessante por conexão; seja com um princípio divino, a majestade da natureza, ou o âmago imaterial do próprio ser. Em milenares práticas de meditação e contemplação, muitos desvelam um oásis de serenidade interior, onde as futilidades da vida ganham uma nova e luminosa ressonância. Tal busca evoca a lembrança de que habitamos um vasto e pulsante universo, onde cada fragmento, cada alma, ocupa seu legítimo lugar nessa sinfonia cósmica. Finalmente, ao dirigir nossa atenção para aquilo que o mundo frequentemente despreza como banal, percebemos que o cotidiano é palco de momentos profundos e significativos. Um gesto de gentileza, um instante de gratidão ou uma conversa simples entre amigos podem transformar-se em encantos delicados que iluminam a existência. A beleza reside, muitas vezes, na simplicidade crua, e o dia a dia torna-se fonte generosa de aprendizado e crescimento. Assim, é convocado todo espírito curioso a não menosprezar o poder dos pequenos atos, nem a abandonar o questionar das grandes verdades. Pois cada reflexão, cada diálogo interior, é uma pedra vital no vasto mosaico da experiência humana, um fragmento da grande tapeçaria da vida. Não há, pois, solução para o sofrimento inerente à condição humana que não passe pela renúncia absoluta ao interesse pelas coisas efêmeras e passageiras. As expectativas tecido pela mente, como um ardilosa ilusão em contínuo desenvolvimento, impõem o fardo do sofrimento à alma inquieta. Aqueles que, porventura, alcançaram a percepção de que a realidade aparente é mera quimera dos sentidos, entendem que a dissolução final denominada morte, em rigor, jamais existe, nem poderia existir, e assim aspiram a uma esfera mais elevada e transcendente. Os planos superiores de existência só se descortinam àqueles que liberam as correntes que os prendem ao plano físico: o corpo mortal, a personalidade ilusória — o ego —, as reminiscências do passado e as expectativas do porvir. Sobre o presente, eis que não me demorarei. Com a posse do corpo, um passado e uma ambição, fica estabelecida a localização da personalidade no tempo e no espaço desta existência tangível. Caso falhe o domínio sobre este reino terreno, caberá a ele subjugar e escravizar o ser, pois as necessidades biológicas impõem incessantes demandas por sua satisfação, concedendo apenas efêmeras sensações de entusiasmo. A vida que levamos não se revela senão uma prisão, assim como o corpo palpável que a encerra. Entregar-se às coisas que perecem é convite certo ao sofrimento. O sábio, por sua vez, aprende a voltar seu interesse às fontes imperecíveis da eterna felicidade, pois é justamente esse convívio íntimo com a infinita fonte que deve despertar e nutrir a nossa mais profunda aspiração.
Tu já és tudo aquilo que deves ser, possuindo em ti toda a plenitude inerente à essência divina que te compõe. Por que, então, tentar suprir-se com vaidades e objetos efêmeros como se fosses uma ânfora vazia, quando o único preenchimento verdadeiro deve advir da Consciência? Este é o único preenchimento suficiente, embora raramente tenha sido buscado. Desde a aurora da existência cultural, fomos ensinados a reprimir as sombras internas sob o véu da convenção, fingindo apenas luz e bondade, negando a nossa própria complexidade humana, infelizmente tão natural quanto inexorável. Nada, no mundo visível e fluido, possui o poder de prover aquilo que a alma verdadeiramente anseia, pois esses fenômenos não carregam tal propriedade. O que vulgarmente nomeamos como “conhecimento” não passa de cifras alheias depositadas em nós, um fardo intelectual que, mais cedo ou mais tarde, demanda ser aliviado. O saber autêntico é chama interna, um clarão que se acende na ambiguidade de nossa essência — o resto é mero eco e crença, emaranhado de certezas que aclaram e aprisionam a mente numa gaiola invisível. Ou se sabe, ou não se sabe. Não há complexidade nisso. Aqueles que repousam em crenças não diferem em ignorância dos que as rejeitam. Verdadeira fé não é ato de crer, mas de saber; não um voto futuro, mas a certeza plena do presente. Saber que tudo já está em seu devido lugar é a mais sincera manifestação do espírito. Atrás da sombra das doutrinas e das filosofias, transcende uma verdade absoluta: o significado da vida não se confina a um dogma ou religião, nem pertence a qualquer caminho ou escola; ele jaz além, na própria essência divina que anima a existência, eterna e sem começo, perpetuamente fora do tempo. O universo não foi tecido da matéria fria, mas sim da consciência transcendente, sendo expressão do pensamento primordial. Aquilo que é concebido ao íntimo do espírito pode, inevitavelmente, manifestar-se no plano físico, quando cessamos de trilhar o caminho isolado para permitir que o universo conduza. Não esqueças, pois, que todos somos presas da incerteza. Nada é certo, nada garantido, nada definitivo. Enquanto a mente governa, lançamos aos outros o peso de nossas dores, aguardando deles o preenchimento de expectativas inúteis. A consciência é o bem mais precioso que possuímos neste mundo transitório. Perdoem-me pela extensão do texto; a profundidade da reflexão é sempre valiosa! O que eu entendo é que a busca por insights sobre filosofia, espiritualidade e as nuances da existência é uma jornada contínua e emocionante. Para um eterno viajante como eu, cada tema explorado se torna uma oportunidade de crescimento e descoberta, inclusive para mim mesmo.
A beleza de navegar por questões tão profundas é que elas revelam não apenas a complexidade do mundo ao nosso redor, mas também as dimensões mais sutis de nossa própria alma. A cada passo, somos desafiados a repensar nossas crenças, a expandir nossa compreensão e a nos conectar mais profundamente com o que significa ser humano. É isso! Até a próxima!
Luciano,
ResponderExcluirque mergulho imenso e precioso você nos oferece.
Há textos que passam pela superfície da alma, mas o seu trafega por entre as camadas silenciosas aquelas que a gente só alcança quando o mundo aquieta e a consciência decide falar mais alto.
Enquanto eu lia, senti esse chamado para voltar o olhar ao essencial: à simplicidade que tantas vezes escondemos sob urgências, ao corpo que insiste em nos aprisionar e libertar ao mesmo tempo, e às pequenas centelhas de presença que transformam o cotidiano em revelação.
A renúncia de que você fala não é abandono da vida, mas da ilusão e nisso há uma sabedoria que quase sempre esquecemos: tudo o que buscamos fora é, na verdade, sinal do que já pulsa dentro.
A espiritualidade, quando verdadeira, não nos distancia do humano; ao contrário, nos devolve a ele com mais humildade, mais consciência e mais delicadeza no olhar.
Obrigada por esse convite à introspecção. Seu texto lembra que, no fim, somos todos viajantes tentando decifrar a mesma tapeçaria distantes dos olhos terrenos cada fio, um medo; cada cor, uma descoberta; cada silêncio, uma possibilidade de nos tornarmos mais inteiros.
Até a próxima jornada!
Obrigada pelo belíssimo texto!
Fernanda
Oi, Fernanda! É verdadeiramente admirável que você tenha se aventurado nas profundezas do texto. Sua sensibilidade é um traço que a distingue, uma essência delicada que se imerge nas nuances de cada emoção. Essa habilidade é incomum entre os mortais, e aqueles que a possuem revelam uma autenticidade única, percorrendo este mundo com uma plenitude e uma consciência que poucos conseguem igualar. Abraço minha amiga!
ExcluirLu,
ResponderExcluirGosto de refletir assim, sem travas.
Cada um tem sua forma de entender
e de viver sua fé ou crença.
Mas refletir a respeito sem travas
tras compreensão e luz sobre nosso
dia a dia, sobre esse planeta,
sobre o mundo e sobre Gentes, nas
quais no incluímos como iguais, contudo
vamostodos amadurecendo ou evoluindo
cada um no seu passo e no seu tempo.
Adorei essa luz sobre esse tema tão
mal interpretado e mais ainda mais
mal interepretado.
Bora seguir o dia, que por aqui por
Pasargada/ES, amanheceu com chuvinha.
Bjins de gratidão.
CatiahôAlc.
Oi, Catiaho! Que bom que você tenha gostado do texto. O intuito desse texto é exatamente este, trazer a reflexão. A chuva traz sempre aquela suavidade gostosa de se sentir, não e verdade? Abraço querida!
ExcluirLu, aproveitando que estou
Excluircaminhando no seu Blog,
lembrei de perguntar sobre
a Maju. Sabe onde ela anda?
Eu adorava ler no Blog dela,
e por ali que conheci seu Blog e escrita.
Tenho saudade dela.
Oi, Catiaho! Ela não mantém mais seu blog, lugar que eu, com certa estima, costumava frequentar. Desde então, não tive novos sinais ou notícias vindas dela, embora uma esperança tranquila persista em meu espírito de que esteja em bom estado. Creio que Fabiano detenha alguma informação sobre seu paradeiro; recordo-me de que ele mencionava seu nome há algum tempo, com aquela reverência discreta que a lembrança de alguém querido costuma evocar. Talvez, nas vastas e mutáveis galerias do Instagram, o acaso permita que a encontre, caso Fabiano utilize essa mesma rede social. Abraço!
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