Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir! Poema: Calabouço do Castigo Sozinho em devaneios que giram devagar, sou sombra entre sussurros, silêncio a pulsar. Pus-me a sorrir, tímido, num sopro febril, que a solitude me faz, doente e febril. Tenebrosa escuridão, remorso que se enreda na melancolia, a cada dia que passa, renasço para o dia, mas a noite me acalenta com sua negritude vazia. De uma alma fúnebre, sinto a dor da partida — um grito mudo entre as pedras frias, quase um lamento que a madrugada quer ocultar. Quis me embriagar em seus mistérios, perder-me em seus segredos ancestrais, mas sei que não posso me livrar do cemitério, do peso das corujas a agourar sinais. Agouro sinistro que lembra o calabouço do castigo, nasci no canto dessas vozes — morri sem sequer divagar, nascentes noites sem luar, morrestes sem entender a palidez do teu olhar. Vi o sossego martirizando o peito, sorri enquanto nadava em tormento, cresci s...
LIVRO: A FILHA PERDIDA ANO DE LANÇAMENTO: 2016 AUTORA: ELENA FERRANTE EDITORA: INTRÍNSECA NÚMERO DE PÁGINAS: 176 CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆ Sinopse: O terceiro romance da autora que se consagrou por sua série napolitana acompanha os sentimentos conflitantes de uma professora universitária de meia-idade, Leda, que, aliviada depois de as filhas já crescidas se mudarem para o Canadá com o pai, decide tirar férias no litoral sul da Itália. Logo nos primeiros dias na praia, ela volta toda a sua atenção para uma ruidosa família de napolitanos, em especial para Nina, a jovem mãe de uma menininha chamada Elena que sempre está acompanhada de sua boneca. Cercada pelos parentes autoritários e imersa nos cuidados com a filha, Nina parece perfeitamente à vontade no papel de mãe e faz Leda se lembrar de si mesma quando jovem e cheia de expectativas. A aproximação das duas, no entanto, desencadeia em Leda uma enxurrada de lembranças da própria vida — e de segredos que ela nunca conseguiu revelar a ninguém....