Pular para o conteúdo principal

Poema: Vacuidade

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir! Poema: Vacuidade No mundo da vacuidade eu me encontro. O vazio permeia cada canto do meu ser. A ausência de sentido me invade e confronto. Uma alma perdida sem nada a querer. Dentro dessa vastidão desprovida de luz. Sinto-me aprisionado numa existência sem brilho. A busca por propósito é uma luta árdua e confusa. Pois tudo ao meu redor se desfaz em restos de entulho. Quanto mais eu busco, mais vazio encontro. Pois a vacuidade é uma companheira constantemente presente. Nada preenche minha alma e meu desespero é um afronte. Perdido em um labirinto sem saída aparente. Vacuidade, cruel e desolada. Como posso escapar desse abismo sem fim? Sinto-me como um ator num palco sem plateia. Representando uma farsa vazia para mim. Mas no âmago desse vácuo, sutilmente. Percebo que a vacuidade é parte da jornada. É nela que encontro a oportunidade. De me redescobrir e criar minha própria estrada. Pois n

Resenha: À Sombra da Figueira

Livro: À Sombra da Figueira
Editora: Geração
Autor(a): Vaddey Ratner


Sinopse:
Para a menina Raami, de sete anos de idade, o fim abrupto e trágico da infância começa com os passos de seu pai voltando para casa na madrugada, trazendo detalhes da guerra civil que invadiu as ruas de Phnom Pehn, a capital do Cambódia. Logo o mundo privilegiado da família real é misturado ao caos da revolução e ao êxodus forçado. Nos quatro anos seguintes, enquanto o Khmer Rouge tenta tirar da população qualquer traço de sua identidade individual, Raami se apega aos únicos vestígios de sua infância — lendas míticas e poemas contados a ela pelo seu pai. Em um clima de violência sistemática em que a lembrança é uma doença e a justificativa para execução sumária, Raami luta pela sua sobrevivência improvável. Apoiada no dom extraordinário da autora pela linguagem, Sombras da Figueira é uma história brilhantemente intricada sobre a resiliência humana.



Olá caros leitores e caríssimas leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.


Muitas vezes me parece que a literatura floresce bem perto da sua beleza máxima nos momentos de muita dor. Podemos conferir isso em diversos clássicos da literatura clássica e contemporânea. Em À Sombra da Figueira, comprovamos isso mais uma vez: da dor nasce a boa literatura.
Nessa obra, conheceremos o mundo através dos olhos de Raami. Ela é ainda uma criança, apesar de não ter uma vida como a de todas as outras. A menina faz parte da família real, o que torna sua vida um pouco melhor. Porém, isso não a livra do que estaria começando: uma guerra civil no seu país natal, o Camboja. Com o início do enfrentamento, ela sofreria consequências nefastas.
Nesta guerra, temos de um lado um grupo com o apoio dos norte-americanos e, do outro, o grupo comunista. Aliás, algo típico em praticamente todas as guerras do período. O pai de Raami, a princípio, parece apoiar o regime vermelho, visto que lhe dá a sensação de ser mais humanitário e de buscar o bem de todos. Porém, quando se está em estado de guerra, a realidade é muito diferente.
A família real começa a perceber isso quando pessoas chegam a sua casa e os mandam sair. Estavam sendo retirados de sua própria casa, com ordem de levar apenas o que pudessem carregar. Era para ser temporário, mas foi apenas o início de um longo drama que se seguiria por um bom tempo.
A partir dessa premissa, Vaddey Ratner cria um livro tocante e que fala à alma do leitor. Através de cada detalhe e de cada sofrimento que acometeu muitas pessoas naquele período, somos levados a refletir sobre a realidade da guerra, sobre como a vida, a liberdade e a felicidade são artigos raros e frágeis. Isso deixa a obra com uma delicadeza toda especial que certamente ganhará aos leitores que curtem obras com maior apelo emocional.
Outro ponto extremamente positivo da obra foi a possibilidade de conhecer uma nova cultura; no caso, a cambojana. Sem ensinar diretamente, a autora nos faz desbravar costumes, lendas e mitos. Ademais, ainda é possível aprender uma quantidade significava de fatos sobre a história do país, visto que o livro possui um profundo embasamento histórico, tornando todo o enredo mais real. Eu particularmente sou aficcionado por livros que abordam o tema.
Vale destacar também a qualidade dos personagens criados, em especial a Raami. Vaddey deu uma carga psicológica enorme a personagem, o que não é tão comum na literatura, visto que a protagonista é uma criança. Devido a isso e aos diversos problemas enfrentados, acompanhamos um amadurecimento que consegue ser belo, apesar da dor. Isso, somado com os elementos anteriormente mencionados, forma uma obra acima da média.
Vaddey Ratner cria, com base em todos os elementos já mencionados, uma obra marcante para o leitor e mostra-se como um nome para ser acompanhado de perto. Ainda ouviremos falar bastante dela. Obra mais do que recomendada. Em resumo "À Sombra da Figueira" é uma obra marcante, se você procura uma leitura forte e bem escrita, certamente o livro agradará. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!

Comentários

  1. Oi Luciano.
    Eu tenho certo apreço por obras narradas por crianças que visam marcar o amadurecimento. Visualizar isso pelos olhos de outrem torna a leitura bem interessante, pois reflete um pouco de nós mesmos. Adorei a resenha.
    Beijos.
    Nome do seu Site

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Jessica! Compartilho da mesma opinião. Leia o livro, pois a leitura é maravilhosa. Beijos!

      Excluir
  2. Oi Luciano, tudo bem?
    Livros que falam de guerras já são pesados por si só, afinal, a vibe é bem tensa... Quando contados por meio da perspectiva de uma criança imagino que seja ainda mais comovente. Obrigada pela dica! Gostei de saber mais sobre esse livro.
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

    ResponderExcluir
  3. Nossa, imagino que o livro para ter te agradado tanto, deve ter abordado um tema tão sério e pesado como uma guerra, de uma forma um pouco mais leve por ter um foco em uma criança, não? Eu sou bem fraca com leituras tristes. Sou do tipo de leitora que me derramo em lágrimas quando leio uma cena tocante (apenas durante leitura, nunca choro em filmes etc), então sei que lendo uma obra assim, eu ia me desmanchar em lágrimas imaginando e me colocando no lugar da criança.

    Abraço,
    Parágrafo Cult

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Larissa! O livro narrado sob o ponto de vista de uma criança torna a leitura um pouco mais leve, contudo a dramaticidade é ainda mais elevada, devido ao fato de ser narrado por uma inocente criança. O livro é maravilhoso de ser lido, embora inegavelmente seja triste. Abraço!

      Excluir
  4. Oi Luciano,
    Esse livro me lembra muito os que minha mãe gosta de ler. Vou repassar a dica a ela, pois não estou numa boa fase para ler algo sobre guerras... Estou passando por alguns probleminhas e acho que ficaria ainda mais para baixo...

    http://estante-da-ale.blogspot.com/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Alessandra! Se você está para baixo, aconselho-te a não ler o livro, embora seje um livro maravilhoso, o mesmo não indicado para pessoas que estejam numa "bad". Abraço!

      Excluir
  5. Hey Luciano! Tudo bem?
    Minha lista só aumenta sempre que venho aqui no seu blog kkk
    Não conhecia o livro, mas adorei a resenha dele.
    Obrigada por comentar lá no blog.
    Volte sempre!

    | Blog Misto Quente |

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Thamiris! Que bom que a indicação tenha lhe agradado. Espero que você leia a obra.

      Excluir
  6. Adoro livros que boa permitem conhecer novas culturas, é uma espécie de viagem que adoro fazer.

    Beijos

    Imersão Literária

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Leyanne! A obra é sim uma viagem para se apreciar. Beijos!

      Excluir
  7. Oi Luciano!

    Parece mesmo um ótimo livro, inicialmente lendo sua resenha pensei que se tratava de uma obra não ficctia. Fiquei curiosa a respeito de como os comunistas foram retratados, geralmente em obras norte-americanas os comunistas são os comedores de criancinhas ne? hahahaha

    Bjs!
    Serenar

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Marina! O livro é maravilhoso. É verdade para os estadunidenses os comunistas são comedores de criancinhas. Se puder leia o livro, pois irá te agradar completamente. Beijos!

      Excluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog