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Resenha: Fumaça Branca

LIVRO: FUMAÇA BRANCA ANO DE LANÇAMENTO: 2022 AUTORA: TIFFANY D. JACKSON EDITORA: SEGUINTE NÚMERO DE PÁGINAS: 320 CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆ Sinopse Seguinte: Mari não vê a hora de recomeçar. Prestes a se mudar com a família para uma cidadezinha no interior dos Estados Unidos, tudo o que a garota quer é esquecer dos traumas e acreditar que o futuro lhe reserva algo melhor. Porém, assim que chega a Cedarville, Mari nota que o lugar é um pouco estranho. Os vizinhos aparentam esconder algum segredo, e a casa onde a família vai morar ― uma construção antiga, enorme e suntuosa ― parece não receber bem os novos habitantes. Quando coisas incomuns começam a acontecer, como luzes que se apagam do nada e objetos que desaparecem, Mari se vê envolvida em uma perigosa teia de mistérios. Mas talvez seja tudo fruto da sua imaginação. Afinal, se o pior já ficou para trás, nada mais pode dar errado… ou pode?  Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de resenha por aqui. Vamos conhece

Resenha: Diário de Uma Garota Normal

Livro: Diário de uma Garota Normal
Editora: Faro
Autor(a): Phoebe Gloeckner


Sinopse:
Minnie é uma garota de 15 anos que registra num diário tudo o que sente e acontece em sua vida. Seu relato é incomum apenas porque ela conta tudo. Não há aqui a sutileza das histórias para meninas, quase sempre romantizadas para parecerem mais leves. A descoberta da sexualidade, o interesse pelos garotos, as novas amizades, tudo é contado de forma tão natural que acaba por revelar como o mundo adulto é cáustico, doloroso e cruel, se visto pelos olhos de uma adolescente que está prestes a entrar nele.


Olá caros leitores e caríssimas leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.

O que dizer sobre livros em formas de diário? Aliás, livros em formas de diário são bem comuns. Ou seja, livro nesse formato e que menciona, entre outras coisas, um relacionamento amoroso é praticamente um clichê. Porém, isso é tudo que você não encontra aqui: clichê. Há um diário e um relacionamento, mas não há nada romantizado; tudo que Phoebe nos entrega é a verdade nua crua, e esse é o diferencial da obra.
Minnie Goetze é uma garota normal de 15 anos. Não se acha linda, mas sabe que possui suas qualidades. Está naquela fase de mudanças e está começando a redescobrir diversas coisas sobre si e sobre a vida. Exatamente nesse período, ela começa a se envolver com um homem mais velho. Contudo, não é qualquer homem, mas sim um dos namorados da sua mãe.
A partir desse envolvimento, começamos a entender melhor a vida da protagonista e de como são seus relacionamentos. Apesar de Minnie se considerar normal, a estrutura familiar dela está longe disso. A mãe é separada e leva uma diversidade de homens para casa, deixando que suas duas filhas tenham contato com pessoas completamente desconhecidas. Como resultado das relações da mãe e da falta de atenção adequada, álcool e drogas passam a fazer parte da vida da garota, o que tornará o seu cotidiano uma verdadeira bagunça.
Partindo dessa premissa, Phoebe Gloeckner cria uma obra praticamente única. Ela apresenta, através de uma narrativa leve e direta, problemas complexos que merecem e devem ser tratados. Aliás, exatamente esse é o grande mérito da obra: tocar em alguns assuntos que a maior parte dos autores evita.
Temos uma visão bem clara do envolvimento de adolescentes com álcool e drogas, o que nos faz refletir sobre como a sociedade e a família, mais especificamente, trata das crianças e adolescentes que estão em risco social. Indo além, é possível perceber como uma vida família desajustada pode influenciar negativamente da formação dos filhos. Só por tais alertas a obra já merece os  parabéns.
Outro assunto para lá de polêmico que a obra trata é o envolvimento físico, sentimental e sexual de adultos com crianças e adolescentes. Com riqueza de detalhes, que muitas vezes é capaz de revoltar o leitor, a autora relata sobre a relação de Minnie e Moroe. Essas passagens também servem de ponto de partida para uma reflexão mais profunda por parte daquele que desbrava a obra, o que pode trazer uma visão mais crítica sobre o assunto, o que é essencial para o desenvolvimento da sociedade.
Além dos problemas sociais que são apresentados na obra, a autora também merece destaque pelo bom desenvolvimento dos personagens e pela carga psicológica forte que é inserida no livro. Em alguns momentos, a verdade da obra é tão forte que a tristeza, a revolta ou euforia da protagonista se torna palpável, o que deixa o livro muito mais envolvente.
Diante de tais características, resta-me indicar a obra. Se você gosta de livros que vão além do clichê e denunciem a realidade degradante, essa obra é para você.
No meu entender a frase exposta na capa do livro expôs nitidamente o preconceito da autora. Sou obrigado a não concordar com a frase de Marianne Heller exposta na capa. "Diário de Uma Garota Normal"realmente pode ser comparado com "O Apanhador no Campo de Centeio", que é uma excelente obra, aliás, mas ela não é, definitivamente, a sua versão para mulheres. O motivo é simples: não existem livros para homem ou para mulheres; livros são escritos para pessoas de um modo geral. Em resumo "Diário de Uma Garota Normal" é um bom livro, mas não espere nada além disso. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!



Comentários

  1. Oi Luciano, achei a premissa super diferente e real mesmo, acho que gostaria de ler sabe, de alguma forma sua resenha me deixou curiosa para saber mais!

    Beijos Mila

    Daily of Books Mila

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    1. Oi, Camila! O livro é bom, presumo que você irá se agradar da leitura. Beijos!

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  2. Olá, Luciano.
    Eu li bastante livros em forma de diário na minha época da escola. Hoje em dia temos mais nesse estilo para crianças. Achei interessante esse e se der vou ler ele.

    Prefácio

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    1. Oi, Sil! Leia sim, pois o livro é bom e certamente você gostará de o ler.

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  3. Nossa, esse parece ser um livro para te fazer pensar na vida mesmo. Às vezes é bom um livro assim, para nos fazer sair de nossa zona de conforto.
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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  4. Oi
    não conhecia essa história, parece ser interessante, mais um pouco pesada a situação da protagonista.

    http://momentocrivelli.blogspot.com/

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    1. Oi, Denise! No livro a protagonista enfrenta algumas situações pesadas.

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  5. Adoro O Apanhador no Campo de Centeio e concordo completamente com o seu ponto de vista, livros não devem ter gênero, são apenas para pessoas. É uma pena que o livro não aborde de forma tão marcante temas tão sérios, se limitando a ser apenas um 'bom livro'.

    Abraço,
    Parágrafo Cult

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    1. Oi, Larissa! Sim é um bom livro. Apesar de as falhas contidas no livro, vale a pena o ler. Abraço!

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  6. Eu gosto de livros em forma de diário, acho a leitura bem dinâmica.

    www.vivendosentimentos.com.br

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  7. Concordo plenamente com seu posicionamento. Quando vi o título interpretei o livro como sendo algo mais divertido e não com uma gama cheia de preconceito. E nenhum livro pode ser visto como direcionado somente a um homem ou a uma mulher. Essa questão de gênero já foi discutida e devemos ser críticos quanto a isso. A leitura deve ser destinada a todos. Sem excessão.

    Beijos

    Imersão Literária

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    1. Oi, Leyanne! Sim a leitura é para todos, independe de sexo. Beijos!

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  8. Eu gosto bastante de livros em formato de diários, e fiquei surpresa em saber que não é mais uma história clichê!

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    1. Oi, Bruna. O livro é muito bom, tenho certeza de que você gostará de o ler.

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