LIVRO: Deus Me Livre ANO DE LANÇAMENTO: 1984 AUTORA: Luiz Puntel EDITORA: ÁTICA NÚMERO DE PÁGINAS: 96 CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆ Sinopse: Tinho torna-se o centro do conflito entre especuladores e os moradores do Beco, região pobre da cidade disputada por interesses imobiliários. Uma trama do subúrbio e com um enfoque social muito aplicado. Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de resenha por aqui! Vem conferir! Publicado em 1984, Deus me Livre!, de Luiz Puntel, inscreve-se com propriedade no fecundo universo da Série Vaga-Lume, evidenciando, de maneira pungente, as complexas questões sociais e políticas que marcaram o Brasil da década de 1980. A narrativa se desenrola em um espaço altamente simbólico: o "Beco do Deus-Me-Livre", uma comunidade marginalizada, enclavada entre dois bairros abastados da fictícia cidade de Ribeirânia. Este cenário, simultaneamente concreto e alegórico, constitui elemento crucial para a apreensão dos embates de cla...
Livro: A Vovó Chamou o Diabo para a Ceia
Editora: Amazon
Autor(a): Juliana Daglio
Sinopse:
Poucas coisas nesse mundo têm mais de dois nomes; dentre elas está a realeza brasileira, as genitálias humanas, o próprio ato sexual, e, claro, o Diabo. Seria difícil escolher entre uma de suas múltiplas alcunhas.”
A Ceia de Natal está posta à mesa. A Velha casa dos Vieira arrumada e enfeitada com luzes coloridas e guirlandas. Os quatro filhos da falecida matriarca já chegaram, três dos onze netos também vieram. Os sete membros da família estão sentados na sala, esperando para cumprirem o último desejo de Olegna: assistirem juntos o vídeo com suas últimas palavras.
Quando o rosto da mulher aparece na tela, já abatida pela doença que ceifou sua vida, sua família mal pode acreditar nas palavras ouvidas. Ao que parece, há um convidado especial entre eles; as portas estão fechadas, os telefones mudos, o pavor se alastrando e os velhos problemas da família emergindo e trazendo o caos. A ceia não é mais feita de peru, farofa com uva passa e salpicão. A refeição principal agora são os pecados e a alma dos Vieira.
Porque a Vovó chamou o Diabo para a Ceia, e ninguém vai sair vivo de lá.
Olá queridos leitores e leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.
A leitura desse conto natalino em tom de terror e sangue jorrando em desgraças da família reunida na data comemorativa diz muito à nossa sociedade, que por vezes, esquece os laços afetivos de sangue que os une, lembrando que os existe somente em épocas festivas como o Natal por exemplo. A obra é de fato uma crítica a esse comportamento hipócrita enrustido na raça humana, sobretudo quando o assunto é sobre comemoração. As mortes elaboradas nesse conto são de tirar o chapéu de quem as criou, não à toa Juliana Daglio é uma das melhores autoras desse país tropical merecidamente. O sangue exposto de forma suave, mas não menos visceral é digno de comparação com os melhores do gênero como Poe e o senhor Stephen King para quem quiser fazer a comparação. A suavidade da escrita de Juliana Daglio com sua extrema destreza e singularidade na narrativa dão um charme todo especial à esse conto. Se você leitor(a) ler o conto no Natal por exemplo, acredito que a sensação da leitura será diferenciada da realizada fora da data comemorativa, pelo simples motivo de tudo o que está descrito parecer tão verídico que, provavelmente você nunca mais terá os mesmos olhos para o Natal. O conto não chega a ser assustador, contudo a sensação de pavor e nebulosidade sombria e macabra é um pouco assustador, principalmente se você for uma pessoa de uma sensibilidade mais aguçada. De todo o modo é uma leitura agradabilíssima e super rápida de se fazer, só não tenha arrepios inebriantes depois, principalmente depois da zero hora com as velas apagadas daquela ceia sepulcral. O conto é mais que indicado, muito bom e cada vez mais admiro o talento nato de Juliana Daglio.
Quote favorito.
Fausto e os meninos ficaram presos no hotel disse Carlota, num tom falso de parcimônia.
Com a explicitação desse quote finalizo a resenha. Espero que tenham gostado e até a próxima!
Editora: Amazon
Autor(a): Juliana Daglio
Sinopse:
Poucas coisas nesse mundo têm mais de dois nomes; dentre elas está a realeza brasileira, as genitálias humanas, o próprio ato sexual, e, claro, o Diabo. Seria difícil escolher entre uma de suas múltiplas alcunhas.”
A Ceia de Natal está posta à mesa. A Velha casa dos Vieira arrumada e enfeitada com luzes coloridas e guirlandas. Os quatro filhos da falecida matriarca já chegaram, três dos onze netos também vieram. Os sete membros da família estão sentados na sala, esperando para cumprirem o último desejo de Olegna: assistirem juntos o vídeo com suas últimas palavras.
Quando o rosto da mulher aparece na tela, já abatida pela doença que ceifou sua vida, sua família mal pode acreditar nas palavras ouvidas. Ao que parece, há um convidado especial entre eles; as portas estão fechadas, os telefones mudos, o pavor se alastrando e os velhos problemas da família emergindo e trazendo o caos. A ceia não é mais feita de peru, farofa com uva passa e salpicão. A refeição principal agora são os pecados e a alma dos Vieira.
Porque a Vovó chamou o Diabo para a Ceia, e ninguém vai sair vivo de lá.
Olá queridos leitores e leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.
A leitura desse conto natalino em tom de terror e sangue jorrando em desgraças da família reunida na data comemorativa diz muito à nossa sociedade, que por vezes, esquece os laços afetivos de sangue que os une, lembrando que os existe somente em épocas festivas como o Natal por exemplo. A obra é de fato uma crítica a esse comportamento hipócrita enrustido na raça humana, sobretudo quando o assunto é sobre comemoração. As mortes elaboradas nesse conto são de tirar o chapéu de quem as criou, não à toa Juliana Daglio é uma das melhores autoras desse país tropical merecidamente. O sangue exposto de forma suave, mas não menos visceral é digno de comparação com os melhores do gênero como Poe e o senhor Stephen King para quem quiser fazer a comparação. A suavidade da escrita de Juliana Daglio com sua extrema destreza e singularidade na narrativa dão um charme todo especial à esse conto. Se você leitor(a) ler o conto no Natal por exemplo, acredito que a sensação da leitura será diferenciada da realizada fora da data comemorativa, pelo simples motivo de tudo o que está descrito parecer tão verídico que, provavelmente você nunca mais terá os mesmos olhos para o Natal. O conto não chega a ser assustador, contudo a sensação de pavor e nebulosidade sombria e macabra é um pouco assustador, principalmente se você for uma pessoa de uma sensibilidade mais aguçada. De todo o modo é uma leitura agradabilíssima e super rápida de se fazer, só não tenha arrepios inebriantes depois, principalmente depois da zero hora com as velas apagadas daquela ceia sepulcral. O conto é mais que indicado, muito bom e cada vez mais admiro o talento nato de Juliana Daglio.
Quote favorito.
Fausto e os meninos ficaram presos no hotel disse Carlota, num tom falso de parcimônia.
Com a explicitação desse quote finalizo a resenha. Espero que tenham gostado e até a próxima!
Olá, Luciano.
ResponderExcluirEu peguei esse livro grátis no Halloween. Mas fiquei sem coragem de ler por causa do título hehe. Já li outros livros da autora e assim que der vou ler ele.
Prefácio
Oi, Sil! Quando puder não deixe de o ler, irá se agradar da leitura.
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