Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir! Pra Te Encontrar Pra te encontrar, eu caminho entre delírios e brumas, ouço vozes no vento, e uma delas, sutil, é a tua — chamando meu nome nas entrelinhas do silêncio. Tua voz ecoa em meu caminhar, como se cada passo fosse um chamado, como se a estrada soubesse que o destino é tua presença. Faço valer tua ausência, mesmo quando ela pesa como pedra nos ombros. Carrego tua falta como quem carrega uma esperança enraizada na dor. Lembranças ignotas passam, vultos do que fomos, fantasmas que visitam as madrugadas em que tudo é mais claro. Teu semblante marcado, gravado em minha pele como cicatriz sagrada, tempo estagnado no contorno dos teus olhos. Caminhei por campos selvagens, atravessei montanhas áridas, beira-mar, além-mar, buscando qualquer sinal teu na espuma, no sal, no céu aberto, no ventre do teu eu, no útero teu. Existo no balbuciar do mundo, nessa língua imperfeita feita de su...
Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir!
Poema: O Sol, o Azul Que Encena a Ilusão
O céu — um manto azul que encena a ilusão — traz consigo o riso fácil da distração.
O sol, farol de dentro, acende meu
pensamento em claridade urgente.
Busco sensatez no silêncio, discernimento entre as sombras do intento.
Que a luz revele os contornos do caminho,
mesmo quando sou apenas um eco do eu sozinho.
Nasce o dia — tênue, terno, um sopro
manso no inferno das dúvidas e da inquietação.
O coração, cansado da repetição, grita
calado sua exaustão.
A natureza ferida em sua essência bela,
dorme sob o concreto da era primitiva.
O mar — vasto, intacto, abismo e cura —
traz memória do que somos, sem censura.
Papagaio falante corta o céu em desalinho, sem bússola, sem ninho.
E o céu, cúmplice da alienação, pinta de festa a distração.
A praia se entrega ao verão, a beleza exposta, moldada em tentação.
Mulheres-escultura, sol e sedução, colírio e vício da contemplação.
Mas o sol se vai, e com ele, o encanto
passageiro da minha paixão.
Fico — apenas eu, e a vastidão.
É isso! Até a próxima!
Autoria: Luciano Otaciano
Querido Luciano,
ResponderExcluirTeu poema me alcançou como um sopro de luz que chega sem aviso, desses que não pedem licença, apenas iluminam. Há uma força silenciosa na tua forma de olhar o céu, o mar, a manhã que nasce e até o cansaço das repetições humanas. Cada verso teu parece abrir um espaço novo dentro da gente, um intervalo onde a percepção se aquieta e escuta.
Quis te dizer que a tua palavra não só descreve: ela revela. Revela aquilo que existe por trás da distração, por trás do azul que engana, por trás da claridade que insiste em tocar o pensamento mesmo quando o mundo parece pesado demais. Há verdade no que escreves. E há beleza, mesmo quando falas de exaustão.
Vinicius diria que teu texto é um brinde ao instante: ao dia que nasce manso mesmo quando a alma amanhece cansada. À natureza ferida, que insiste em existir. Ao mar que cura e condena, como fazem todos os amores profundos. E esse papagaio que corta o céu, esse é quase um personagem viniciano, um bêbado de liberdade, sem bússola, sem destino, mas cheio de poesia no voo.
Obrigada por permitir que eu caminhasse pelos teus versos como quem atravessa um amanhecer inteiro desses que começam suaves e terminam vastos.
Lindo poema poeta!
Um abraço meu amigo,
Fernanda
Oi, Fernanda! Tua sensibilidade sempre te faz enxergar para além da superfície minha amiga. Obrigado pelo carinho. Abraço querida!
ExcluirVocê que é generoso, Luciano.
ExcluirA sensibilidade só encontra sentido quando é acolhida por alguém que também sabe olhar com o coração. Obrigada pelo carinho das palavras. Estava com saudades de você por lá!
Obrigada meu amigo poeta!
Um abraço cheio de luz, meu amigo.
Luciano,
ResponderExcluirAcho que você e a vastidão fazem uma dupla perfeita,rs, olha só esse poema, menino! Gosto muito de ler poemas assim, onde os versos são, antes de tudo, revelações de estados da alma. Eles me trazem recordações antigas dos meus tempos de juventude. Naqueles tempos meu coração vivia anoitecendo e eu adormecia exausta. Outras vezes, ele amanhecia e o sol brilhava, daí eu assumia o "riso fácil da distração". Ah, que beleza! Hoje em dia a logística é outra,rsrs, aprendi um pouco a vida e aprecio mais o amanhecer. Teu poema traz suspiros entre o anoitecer e o amanhecer. E no decorrer do poema, você descortina o dia com o que lhe vai na alma. E ao mesmo tempo, vai, de verso em verso, evidenciando teu talento para as escritas. Parabéns! Tão bom quando a vida nos oferece essas chances de parar para pensar. E de exercer os nossos dons. Adoro o sabor da vida que também consegue adaptar-se a nós. É muito bom ler o que escreve.
Tenha um ótimo final de semana.
Bjjsssss, marli.
Oi, Marli! Tuas palavras, sempre alinhadas com a razão, ressoam em meu entendimento. Concordo de forma plena com a essência do que mencionas. De fato, a teia da logística atual se apresenta de maneira distinta, um emaranhado de complexidades e inovações. Agradeço sinceramente pelo apreço que demonstras em relação ao que escrevo. É uma fonte de satisfação saber que minhas palavras encontram eco em ti, e tua encorajadora apreciação serve como um farol a iluminar meu caminho criativo. Obrigado por esse incentivo que tanto valoriza meu trabalho. Abraço querida!
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