Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir!
Poema: O Sol, o Azul Que Encena a Ilusão
O céu — um manto azul que encena a ilusão — traz consigo o riso fácil da distração.
O sol, farol de dentro, acende meu
pensamento em claridade urgente.
Busco sensatez no silêncio, discernimento entre as sombras do intento.
Que a luz revele os contornos do caminho,
mesmo quando sou apenas um eco do eu sozinho.
Nasce o dia — tênue, terno, um sopro
manso no inferno das dúvidas e da inquietação.
O coração, cansado da repetição, grita
calado sua exaustão.
A natureza ferida em sua essência bela,
dorme sob o concreto da era primitiva.
O mar — vasto, intacto, abismo e cura —
traz memória do que somos, sem censura.
Papagaio falante corta o céu em desalinho, sem bússola, sem ninho.
E o céu, cúmplice da alienação, pinta de festa a distração.
A praia se entrega ao verão, a beleza exposta, moldada em tentação.
Mulheres-escultura, sol e sedução, colírio e vício da contemplação.
Mas o sol se vai, e com ele, o encanto
passageiro da minha paixão.
Fico — apenas eu, e a vastidão.
É isso! Até a próxima!
Autoria: Luciano Otaciano
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