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Um Até Breve...

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje eu venho avisar-lhes por meio desta postagem que darei uma pausa com o blogue. Motivo é que estou focado no meu novo livro, que inclusive é a continuação de MUDANÇAS DE UM DESTINO. Para os leitores que já leram este livro sabem que o final da história há um gancho para continuação, sendo assim aqui estou eu para continua-lo. Quero agradecer à vocês leitores por todo apoio, incentivo e carinho com este que vos escreve. Só tenho agradecer vocês. Muito obrigado e até o ano seguinte, pois neste finzinho de 2024 não haverá mais postagens por aqui. Já de antemão desejo para vocês meus queridos e queridas leitoras boas festas, e que 2025 seja de muitas bênçãos para todos que me seguem, durante este tempo. E pra aguçar um pouquinho a curiosidade de vocês, deixarei a capa do livro para vocês darem uma espiadinha. Gostaram? É isso pessoal. Muito obrigado pelo carinho. Abraços! E até breve...

Resenha: Padre Sérgio

LIVRO: PADRE SÉRGIO

ANO DE LANÇAMENTO:  2015

AUTOR: Liev Tolstói

EDITORA: Cosac Naify

NÚMERO DE PÁGINAS: 96

CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆




Sinopse: Publicado em 1898, este volume está entre as obras-primas do grande escritor e pensador russo Liev Tolstói (1828-1910) e traz as marcas de suas preocupações morais e religiosas, que resultaram numa versão muito pessoal do cristianismo e lhe renderam a excomunhão da Igreja Ortodoxa em 1901. O protagonista do livro, um príncipe e militar admirado por seu sucesso e beleza física, rompe noivado e ingressa num monastério, tornando-se candidato a santo. Também na fé experimenta uma forte crise, reflexo dos acontecimentos na Europa em meados do século XIX. A edição não inclui ilustrações do artista russo Kazimir Maliêvitch (1878-1935), apenas as duas primeiras edições da Cosac & Naify incluem tais ilustrações.




Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de resenha por aqui. Vamos conhecer a obra!



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A expectativa é a mãe da decepção. E agora vocês já estão pensando que eu não gostei do livro, o que é uma inverdade. Porém, eu não amei como alguns muitos leitores por aí na internet. Então vamos ao resumo da obra Stepian Kassátic é um cabra que gosta de ser o melhor no que faz, e por isso se esforça com o máximo de afinco para conquistar coisas e abandoná-las logo depois. Nessa busca ele sobe de patentes continuamente no exército russo e logo depois passa a cortejar a garota mais desejada da alta sociedade. No entanto, descobre que a garota não era virgem e que o antigo namorado dela era nada menos que o seu chefe. Envergonhado, abandona tudo e resolve virar padre. Nessa brincadeira ele descobre que tem o incrível poder de curar as pessoas, e antes tendo virado ermitão para não ter mais contato com outras pessoas e comungar com Deus, agora fica cada vez mais famoso, e precisa lidar com a sua fé ante a isso. A primeira coisa que chama a atenção quando você está lendo o livro é como Liev parece ser versátil na escrita, porque consegue passar rapidamente e consistentemente por décadas de vida do padre Sérgio (nome que ele adota quando vira padre) enquanto coisas como Anna Kariênina só foram possíveis tendo cuidado de certas minúcias e pormenores dentro do tempo da historia. Outro fator que sempre dá medo nas pessoas, mas não acontece aqui: a linguagem não é arcaica do tipo que, a cada cinco palavras, quatro você está lendo pela primeira vez na vida. A tradução deixa tudo bem mais acessível e fácil de ler do que no original.

PADRE SÉRGIO é uma obra com umas coisas controversas. A começar pelo que se vê na sinopse, onde uma noiva é abandonada porque já teve relações sexuais com outro cara. É claro que isso devia ser normal na época, mas hoje em dia é algo meio absurdo, embora não duvide nada que alguém já tenha feito isso de uns poucos anos para cá. Mesmo assim não é nada para se tirar nota. Outra coisa muito presente na obra é a mulher como representação do mal, exceto uma. A maioria das mulheres aparece para ferir Sérgio ou para tentá-lo, e Sérgio toma reações exageradas quanto a essas situações. Porém, o próprio padre é um personagem extremamente bem construído, você está sempre se perguntando se ele aceitou a religiosidade e a fé ou se continua sendo a sua vontade de ser o melhor falando mais alto. O personagem também se questiona muito se Deus realmente existe e se a Igreja está fazendo o certo, coisa que Liev mais pretendia com essa novela: criticar a igreja ortodoxa vigente na Rússia. O que me dói realmente na obra, porém, é o final “meio” Deus Ex Maquina, que mesmo assim guarda seu duplo sentido e finaliza bem, mas eu odeio esse recurso e ainda fica estampado na cara o erro, mesmo que dando em algo bem feito. Os textos finais são ótimos, sendo um deles uma carta aberta do próprio Tolstoi na época contra a igreja ortodoxa, que vale muito a pena ser lido. Assim como esse livro, claro. É isso pessoal.  Espero que tenham curtido a resenha. Até a próxima!



Comentários

  1. Olá Luciano, eu nunca li nada do autor, mesmo sendo bastante comentado nas redes (principalmente por Ana Karenina). Eu acho que me incomodaria bastante com essa forma de se resolver as coisas, sendo que poderia ter um pouco mais de dificuldade e fica claro que o autor não quis fazer. No entanto, acho que é uma boa obra para se discutir certas temáticas, especialmente em relação ao machismo, que só muda de endereço, mas ainda é forte em diversos países, independente da época.
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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    1. Olá, Hanna! Particularmente gosto bastante dos livros de Liev, no entanto este aqui não é dos melhores de Tolstói. Sobre o machismo, o mesmo continua enraizado fortemente na sociedade contemporânea, embora a humanidade esteja evoluindo pouco a pouco na questão. Beijo querida!

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  2. Adorei sua resenha e o que você falou sobre o livro.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

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  3. Oi Luciano, ainda não li nada do Tolstoi e gosto de ler resenhas como a sua, pois meio que desmistificam a crença, pelo menos pra mim, que alguns autores são complexos demais para serem compreendidos. Pelo que você falou, apesar da sua frustração com o final, me pareceu uma leitura interessante que pode até ser mais profunda do que um livro "blockbuster", mas não é nada impossível. Ainda não irei colocar na minha lista, mas tirarei o pré julgamento que tenho sobre esses autores clássicos.

    Até breve;
    Helaina (Escritora || Blogueira)
    https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
    https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)

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    1. Oi, Helaina! Tolstoi possui livros ótimos e marcantes. Quando puder leia-o algum de seus livros. É provável que você goste bastante da experiência. Existem certos mitos sobre clássicos serem complexos demais, no entanto não é bem assim. Já li alguns clássicos em minha vida e posso dizer que poucos são complexos, na verdade esse mito é uma ideia preconceituosa por parte de alguns leitores que afirmam que clássicos são cansativos e tediosos. Esse preconceito os clássicos carregam ao longo do tempo até hoje, e é difícil mudar esse tipo de pensamento, principalmente no Brasil onde a população é carregada de julgamentos e preconceito. Abraço e até breve.

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  4. Oi!
    Nunca li nada do autor, mas fiquei curiosa com a proposta do autor nesse livro, pois acho que nunca li nada que envolva a igreja ortodoxa.

    https://deiumjeito.blogspot.com/

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    1. Oi, Giovana! Este aqui é um bom começo para se conhecer um pouquinho da igreja ortodoxa. Abraço!

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  5. Oi Luciano, tudo bem?
    Super entendo seus pontos e, sendo mulher, acho difícil ler algumas coisas, mesmo sabendo que o livro precisa ser colocado no contexto da época. Talvez eu preferisse ler Anna Karenina em vez de Padre Sérgio.
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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    Respostas
    1. Oi, Priscila! Vou bem, obrigado! Você não leu Anna Katerina? Quando puder leia-o, talvez lhe agrade mais que Padre Sérgio. Beijo!

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