Pular para o conteúdo principal

Poema: Aqui O Tempo Não Passa

Olá caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir. AQUI O TEMPO NÃO PASSA Aqui, onde o tempo não passa, sinto tua falta como se me faltasse o ar. A respiração pesa feito pedra bruta, e teu corpo é um convite ao desejo e à entrega total. Teu toque desperta o fogo que habita em mim. Teu beijo é revelação, paixão completa, um instante em que corpo e alma se reconhecem. Talvez eu não tenha tempo de redenção, talvez me perca de vez em tua imensidão, talvez sinta medo de me entregar, ou que tu não queiras me encontrar. Os dias seguem lentos, insossos, sem graça, mas ainda assim sigo vivendo e aprendendo. Quando o universo decidir, estará decidido, e eu, por fim, serei redimido de meus erros do passado e do presente. O futuro é incerto como chuva que cai às vezes para aliviar o calor, mas na ciranda da vida eu miro o teu altar, onde minha alma encontra repouso e chama. Gostaram? Até a próxima!

Resenha: Jeito De Matar Lagartas

LIVRO: JEITO DE MATAR LAGARTAS

ANO DE LANÇAMENTO: 2015

AUTOR: ANTÔNIO CARLOS VIANA

EDITORA: COMPANHIA DAS LETRAS

NÚMERO DE PÁGINAS: 129

CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆




Sinopse: Vencedor do prêmio APCA em 2009, Antonio Carlos Viana lança novo livro de contos na comemoração dos quarenta anos de sua carreira literária.

Quase seis anos após a publicação de Cine privê, um dos melhores contistas brasileiros da atualidade presenteia o leitor com este marcante Jeito de matar lagartas. Ao narrar histórias do cotidiano aparentemente banais, como uma brincadeira de criança, a venda de um imóvel ou o reencontro de um jovem estudante com a antiga professora, o autor toca em questões fundamentais como o envelhecimento, o sexo (ou a ausência dele) e a solidão. Se em seu livro anterior os protagonistas passam muitas vezes por situações extremas e respondem à altura às vicissitudes da vida, em sua nova obra as personagens são ao mesmo tempo resignadas e inquietas, o que torna o resultado ainda mais surpreendente.

Para o poeta e tradutor Paulo Henriques Britto, "a escrita de Antonio Carlos Viana, que acaba de completar quarenta anos de carreira literária, caracteriza-se desde o início pela concisão, uma recusa a qualquer forma de sentimentalismo, sem que isso implique indiferença ou cinismo. O distanciamento do narrador, mesmo quando (como frequentemente ocorre) a história é contada na primeira pessoa, visa acima de tudo garantir a precisão vocabular, a limpidez da sintaxe, e tem o efeito de acentuar a verossimilhança do narrado, até quando a ficcionalidade é evidente."

Ao final da leitura destas narrativas o leitor possivelmente chegará à mesma conclusão que um de seus protagonistas: o mundo se divide "entre os de coração aflito e os de maldade extrema".




Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de resenha por aqui. Vamos conhecer a obra então! 




Não é segredo para os que me acompanham aqui no blog que gosto bastante de livros de contos. Este aqui é maravilhoso. Quer saber os motivos? Com linguagem objetiva, frases bem construídas e o uso apurado das palavras, utilizadas de maneira precisa, sem carregar o texto, a leitura se torna rápida e prazerosa. Estes são, aliás, os objetivos dos contistas, que procuram reunir num texto reduzido elementos como introdução, por meio da apresentação dos personagens, tempo e lugar, desenvolvimento da trama e conclusão, obrigando o leitor a refletir sobre o texto. O livro reúne vinte e sete contos, em sua maioria envolvendo pessoas já maduras, com nomes escolhidos de forma muito criativa. Temos, entre muitos outros, a professora Normélia, dona Deusinha, dona Delfina, dona Katucha, madame Viola, dona Maria Reina, cujo "nome era para ser Regina, mas o escrivão esqueceu o "g", que ela encontrou depois, na escuridão do corpo", a tia Eulália que roubou a namorada - sim, a namorada - de seu irmão, o tio Eunápio. Existem ainda outros personagens muito interessantes, com histórias relacionadas ao sexo, à decadência do corpo com o passar dos anos, ao prazer solitário, à (re)descoberta da paixão quando os anos começam à bater na porta. Os contos também relatam situações do cotidiano que são captadas de forma aguda e trazidas para o papel com muita proeza pelo autor. Essa capacidade de transformar em prosa as relações do dia a dia é impressionante, quanto mais em um texto enxuto e objetivo. Antônio Carlos Viana escreve seus contos aqui neste livro com maestria. Aqui nesta obra todos os contos se verifica o mesmo estilo na escrita, a mesma agilidade com as palavras, tornando agradável e recomendável a leitura. Se você assim como este que vos escreve curte ler contos, este aqui certamente irá lhe agradar por completo. É isso pessoal. Espero que tenham curtido a resenha. Até a próxima! 




 

Comentários

  1. Oi Luciano!
    Eita que eu nem conhecia o livro e ele é até premiado!
    Eu sou bem perdida nesse mundo viu? rs
    beeijo
    https://estante-da-ale.blogspot.com/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Alessandra! Sim é um livro premiado. E realmente a premiação condiz com a qualidade da obra. O livro merece o prêmio. É uma obra fabulosa, se tiver oportunidade leia-o. Beijo!

      Excluir
  2. Que dia show! Vou colocar na minha lista, viu? Bju

    ResponderExcluir
  3. Eu me interessei bastante pela leitura, certamente é um livro no estilo que eu gosto, também. Vou deixar anotado na minha listinha.
    Abraços, Luciano!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não deixe de lê-lo Maju. Certamente você irá gostar bastante. Abraço!

      Excluir
  4. Bom a editora tem bastante livros que me agradam, embora às vezes tenham alguns não tão bons assim. Este aqui eu curti bastante. Se puder lê-lo certamente você irá gostar bastante. Um abraço!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog