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Resenha: Fumaça Branca

LIVRO: FUMAÇA BRANCA ANO DE LANÇAMENTO: 2022 AUTORA: TIFFANY D. JACKSON EDITORA: SEGUINTE NÚMERO DE PÁGINAS: 320 CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆ Sinopse Seguinte: Mari não vê a hora de recomeçar. Prestes a se mudar com a família para uma cidadezinha no interior dos Estados Unidos, tudo o que a garota quer é esquecer dos traumas e acreditar que o futuro lhe reserva algo melhor. Porém, assim que chega a Cedarville, Mari nota que o lugar é um pouco estranho. Os vizinhos aparentam esconder algum segredo, e a casa onde a família vai morar ― uma construção antiga, enorme e suntuosa ― parece não receber bem os novos habitantes. Quando coisas incomuns começam a acontecer, como luzes que se apagam do nada e objetos que desaparecem, Mari se vê envolvida em uma perigosa teia de mistérios. Mas talvez seja tudo fruto da sua imaginação. Afinal, se o pior já ficou para trás, nada mais pode dar errado… ou pode?  Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de resenha por aqui. Vamos conhece

Gaveta de angústias!

Existem tristezas, dúvidas e desafetos que somente nós conseguimos mensurar o quanto ainda nos ferem e o quão internamente vastos são. Dividir com os outros o que realmente sentimos é de suma importância para democratizar as nossas inquietações, mas nem sempre o melhor caminho para sentir-se seguro com as próprias e turbulentas decisões. A gente deve compartilhar as insistentes angústias que nos habitam, mas mais importante do que compartilhar os nossos sentimentos com os outros, é saber quem de fato irá ouvi-los com a calmaria do coração e não com a ansiedade dos julgamentos morais.
Quando estou presente em algum evento e me disponho a ouvir algumas histórias das pessoas que ali estão, sei que sou somente um receptor e não um emissor de opiniões, por mais que elas achem que não, por mais que elas achem que realmente querem ouvir a minha opinião sobre aquela determinada situação. Ouço histórias de todos os tipos, desde agressões e assédios, até de familiares que partiram ou amores românticos que hoje vivem em uma eterna caixa postal. A verdade é que quando essas pessoas me contam as suas histórias, elas não querem ouvir uma resposta minha ou um conselho com o propósito de alívio imediato – que, honestamente, muitas vezes nem existe –, elas só querem ser ouvidas. Elas querem dizer o que sentem e que alguém as compreenda – e compreensão nem sempre é seguida de palavras. Enquanto elas contam os seus relatos, deixo as suas palavras fluírem e ganharem força na própria boca delas, me muno de carinho pela história e na magia do silêncio me expresso somente com os olhos: “pode falar, pode continuar, não se julgue, aqui você pode ser quem você quiser…”
Quando o assunto é uma dor guardada na gaveta do coração, a gente precisa manusear com cuidado, pois nem todos saberão lidar com as nossas intimidades com o respeito que elas merecem. Eles podem até ouvir, mas irão analisá-las pelas próprias experiências e não pelo contexto original da história – colocar a sua realidade como parâmetro é sempre de uma enorme injustiça. O que os outros têm a dizer sobre os nossos sentimentos poder ser único e especial, mas necessita de muita consciência compreensão. Talvez isso é o que muitos chamam de empatia.
Precisamos dizer o que sentimos e, caso necessário, nos emocionar com isso, porém dividir as nossas melancolias com quem temos certeza que não irá se preocupar com a profundidade delas é um pecado. Decidir quem merece o nosso voto de confiança ao falar sobre nós é uma escolha importante para não desacreditarmos nas pessoas como um todo. Fale, nunca deixe de falar e de se abrir, mas saiba com quem dividir as tuas verdades, pois nem todos estão honestamente interessados e merecem ouvir as histórias que teu coração quer, e tem a necessidade, de contar.

Comentários

  1. Boa tarde,

    Gostei do post, realmente não é para todo mundo que podemos contar alguma coisa e poucos também compreendem...abraço.

    https://devoradordeletras.blogspot.com

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  2. É preciso se abrir às pessoas, difícil por vezes é descobrir para quem! Abraço.

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