Pular para o conteúdo principal

Poema: Eclosão Notívaga

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir! Poema: Eclosão Notívaga  A noite cai, manto escuro que envolve o mundo em sua soturna veste, a escuridão pesa, espessa, quase palpável, como se a alma se tornasse pedra fria, imóvel, em um silêncio profundo que estremece o coração. A lua surge, negrejante e escarlate, como ferida aberta no céu, lançando sombras assustadoras que se arrastam pelas paredes, fantasmas malditos que dançam no limiar do medo. O frio imensurável invade o ser, um calafrio que sobe pela espinha, transformando a ansiedade em monstro voraz, que se alimenta da solidão que insiste em se aconchegar, como um lobo faminto na penumbra da noite. Tristezas se desfazem no ar, evaporam-se em suspiros que ninguém escuta, gritos ensurdecedores rompem o silêncio, ecoando em becos vazios, em almas perdidas. Gatos miam nas esquinas, cães latem ao longe, corvos agourentos anunciam à eclosão notívaga, lamentando com cântico...

Poema: Eclosão Notívaga

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir!



Poema: Eclosão Notívaga 



A noite cai, manto escuro que envolve o mundo em sua soturna veste, a escuridão pesa, espessa, quase palpável, como se a alma se tornasse pedra fria, imóvel, em um silêncio profundo que estremece o coração.

A lua surge, negrejante e escarlate, como ferida aberta no céu, lançando sombras assustadoras que se arrastam pelas paredes, fantasmas malditos que dançam no limiar do medo.

O frio imensurável invade o ser, um calafrio que sobe pela espinha, transformando a ansiedade em monstro voraz, que se alimenta da solidão que insiste em se aconchegar, como um lobo faminto na penumbra da noite.

Tristezas se desfazem no ar, evaporam-se em suspiros que ninguém escuta, gritos ensurdecedores rompem o silêncio, ecoando em becos vazios, em almas perdidas.

Gatos miam nas esquinas, cães latem ao longe, corvos agourentos anunciam à eclosão notívaga, lamentando com cânticos fúnebres a dor de existir.

Bruxas voam sobre o inferno invisível,

sussurrando segredos maliciosos, atos libidinosos, perversos desejos que se revelam na penumbra, onde a razão se dissolve e o instinto impera.

A penumbra me faz testemunhar o espetáculo mórbido da vida e da morte, porque a morte, afinal, não dá pra evitar, um alívio, um fim, um recomeço em outra dimensão.

Calúnias vieram me contar, sussurros venenosos sobre quem eu sou, que eu não sabia prosear, que minhas palavras eram espinhos no silêncio alheio.

Mas eu sigo, navegando entre sombras e luzes quebradas, carregando meu medo, minha dor, até que a madrugada se levante, e traga consigo o calor da esperança.



É isso! Até a próxima!



Autoria: Luciano Otaciano

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog