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Poema: Calabouço do Castigo

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir! Poema: Calabouço do Castigo Sozinho em devaneios que giram devagar, sou sombra entre sussurros, silêncio a pulsar. Pus-me a sorrir, tímido, num sopro febril, que a solitude me faz, doente e febril. Tenebrosa escuridão, remorso que se enreda na melancolia, a cada dia que passa, renasço para o dia, mas a noite me acalenta com sua negritude vazia. De uma alma fúnebre, sinto a dor da partida — um grito mudo entre as pedras frias, quase um lamento que a madrugada quer ocultar. Quis me embriagar em seus mistérios, perder-me em seus segredos ancestrais, mas sei que não posso me livrar do cemitério, do peso das corujas a agourar sinais. Agouro sinistro que lembra o calabouço do castigo, nasci no canto dessas vozes — morri sem sequer divagar, nascentes noites sem luar, morrestes sem entender a palidez do teu olhar. Vi o sossego martirizando o peito, sorri enquanto nadava em tormento, cresci s...

Poema: Calabouço do Castigo

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir!



Poema: Calabouço do Castigo



Sozinho em devaneios que giram devagar, sou sombra entre sussurros, silêncio a pulsar.

Pus-me a sorrir, tímido, num sopro febril, que a solitude me faz, doente e febril.

Tenebrosa escuridão, remorso que se enreda na melancolia, a cada dia que passa, renasço para o dia, mas a noite me acalenta com sua negritude vazia.

De uma alma fúnebre, sinto a dor da partida — um grito mudo entre as pedras frias, quase um lamento que a madrugada quer ocultar.

Quis me embriagar em seus mistérios, perder-me em seus segredos ancestrais, mas sei que não posso me livrar do cemitério, do peso das corujas a agourar sinais.

Agouro sinistro que lembra o calabouço do castigo, nasci no canto dessas vozes — morri sem sequer divagar, nascentes noites sem luar, morrestes sem entender a palidez do teu olhar.

Vi o sossego martirizando o peito, sorri enquanto nadava em tormento, cresci sozinho, andei caindo, fiz meu caminho seguindo o vento.

Amanhã, não sei se fico, se continuarei a caminhada ou se ficarei arrependido, perdido no silêncio deste eterno labirinto no crepúsculo vazio.



É isso! Até a próxima!



Autoria: Luciano Otaciano

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