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Conto: Mãe África

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de conto por aqui. Vem conferir! Conto: Mãe África  No coração pulsante da África, onde o sol se derrama sobre planícies douradas e rios serpenteiam como veias de um corpo antigo, vivia Kofi. Jovem de espírito inquieto, carregava nos olhos a chama das histórias que contava e nos sonhos o desejo ardente de explorar o mundo. Mas, entre todas as aventuras imaginadas, havia uma que se destacava: encontrar um amor que fosse mais profundo que a terra que o sustentava, mais vasto que o céu que o abrigava. Em uma tarde calma, sob a sombra generosa de uma árvore centenária, Kofi avistou uma figura distante. Cada passo da jovem parecia reverberar em seu peito, despertando uma curiosidade que logo se transformou em fascínio. Era Amina, com olhos profundos e penetrantes, pele luminosa como o orvalho da manhã. Ela caminhava em busca de um remédio para a doença de sua mãe, mas encontrou, naquele encontro inesperado, um aliad...

Poema: Quisera O Tempo Andar Pra Trás

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir!



Poema: Quisera O Tempo Andar Pra Trás 




Olho-me fundo, sem me enxergar, pra não ferir a alma com o sol da manhã.

Tantas verdades chegam sem pedir licença, e o arrependimento que não era pra vir veio.

Às vezes, respiro um mundo seco, feito de repetições e promessas não ditas.

A vida se estanca, mas algo em mim ainda dança lembranças, vícios, coisas pequenas, mas que foram o início de tudo que eu já quis tocar.

Quisera o tempo andar pra trás, não por vaidade, mas pra consertar com mãos mais calmas as linhas tortas que tracei contigo.

Como se amar fosse um jogo e perder, um papel que aceitei fingindo.

E se eu dissesse que não me arrependo?

Talvez fosse mentira, mas hoje prefiro a verdade nua: não quero mais esse mundo

que carrega teu gosto, teu nome, teu modo de doer.

Às vezes, tudo parece imóvel.

Mas então me lembro: você foi o início da minha febre, meu vício mais doce, meu erro mais bonito.

Portanto, quisera eu, só por um instante,

voltar não pra reviver, mas pra reescrever.

E no silêncio de um mundo só nosso,

talvez dizer: foi só você e eu.

De novo.

Mas sem dor.



É isso! Até a próxima!




Autoria: Luciano Otaciano 

Comentários

  1. Luciano,


    Li teu belo poema.
    Um poema, uma confissão delicada e madura nasce da dor, mas também da lucidez. Já no verso inicial, “Olho-me fundo sem me enxergar pra não ferir a alma com o sol da manhã”, sentimos o peso de quem teme se ver de verdade, porque sabe que a luz revela o que ainda dói.

    A beleza está nesse equilíbrio entre arrependimento e ternura. Quando dizes “Quisera o tempo andar pra trás, não por vaidade, mas pra consertar com mãos mais calmas as linhas tortas que tracei contigo”, há um desejo sincero de revisitar o amor com mais serenidade não para revivê-lo, mas para compreendê-lo.

    E o final, “foi só você e eu de novo. Mas sem dor”, é o fecho perfeito: a lembrança do que foi, transformada em aceitação.

    Teu poema é um retrato do amadurecimento emocional triste, belo e profundamente humano.

    Um abraço,
    Fernanda

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  2. Oi, Luciano.

    Cara, que poema forte mas quase agonizante pelo desejo de reescrever certas linhas. Quem não gostaria de voltar um pouquinho e fazer direito o que errado se fez. Ainda mais quando se trata de relações pessoais, amorosas ou não. Diante da impossibilidade de reescrever, talvez possamos escrever novas linhas com a experiência que ficou das linhas tortas.

    abraços

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    Respostas
    1. Oi, Eduardo! É uma possibilidade. Valeu por deixar seu comentário. Abraço!

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  3. Oi, Luciano.
    Toque aqui, eu também queria consertar algumas burradas que cometi no passado. Teu poema além de belo, é primoroso e lúcido. Ele toca em uma das realidades mais humanas e desejadas por todos nós: a vontade de reverter o tempo e fazer melhor. A gente não quer nada, rs! queremos o passado de volta! Só isso, rs! E quando os erros atingem nossos relacionamentos, a gente fica mais agoniado e que dar um jeito na situação. Ah, se eu pudesse voltar atrás! Não pode. Esqueça. E os erros que cometi, fazer o quê? Acho que o jeito é conviver com eles e "consertar" daqui para frente. Agora que já temos conhecimento pontual sobre o que erramos, acho que será mais fácil acertar e evitar novos dissabores. (Já consertei algumas coisas nessa vibe, e deu certo, médio, rs, mas deu).
    Parabéns pelo poema. Super bem escrito!
    bjsssss, marli.

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    1. Oi, Marli! Acredito ser tarefa difícil encontrar pessoa alguma que não haja experimentado tal ocorrência, pois constitui-se ela como parte indissolúvel do aprender. Você como bem afirmou, o aprendizado consiste em esquivar-se de reincidir nas mesmas falhas futuras, posto já conhecer o amargo fruto que tais equívocos proporcionam. Receba, pois, minha sincera gratidão pelo comentário. Que ventura a minha, em saber que o poema tenha sido digno do seu agrado. Abraço querida!

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  4. Oi, Luciano. Gostei do poema. Às vezes eu me sinto um pouco deslocada por não ter vontade de voltar atrás no tempo para fazer nada diferente. Quem me garante que seria melhor se eu tivesse feito outras escolhas? No momento, o passado me serve de dica para guiar meus passos no presente para um futuro que a Deus pertence.

    Tenha uma boa semana!

    Helaina (Escritora || Blogueira)
    https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
    https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)

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    1. Oi, Helaina! É uma experiência comum sentir-se deslocado em certos momentos, especialmente quando nossas emoções ou ações diferem das da maioria. Não há como assegurar que suas escolhas teriam sido mais acertadas se tomadas de outra forma. Contudo, o que permanece são os ensinamentos que adquirimos ao longo do caminho, esses são inegáveis. Que o passado se torne uma fonte de sabedoria, orientando seus passos no presente rumo a um futuro incerto, mas que está nas mãos de algo maior. Tenha uma boa semana. Abraço!

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  5. Lu,
    Que Poema mais lindo
    e intenso e cheio de nuances.
    Com minha cabeça de diretora
    teatral, consegi, lendo visializa-lo
    no palco.
    Obrigado de verdade por
    esses momentos em que
    matei a saudade da arte que amo
    e da qual já não tenho a pratica,
    desde 2007 por opção.
    Hoje escrevo e leio com amor.
    Bjins
    CatiahôAlc.

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    1. Oi, Catiaho! Que bom que você tenha gostado do poema. Saber que você recordou-se de momentos bons que experienciou no passado é gratificante. Abraço querida!

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  6. Belos versos. Tocam no mais profundo da alma.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

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