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Poema: Pra Te Encontrar

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir! Pra Te Encontrar Pra te encontrar, eu caminho entre delírios e brumas, ouço vozes no vento, e uma delas, sutil, é a tua — chamando meu nome nas entrelinhas do silêncio. Tua voz ecoa em meu caminhar, como se cada passo fosse um chamado, como se a estrada soubesse que o destino é tua presença. Faço valer tua ausência, mesmo quando ela pesa como pedra nos ombros. Carrego tua falta como quem carrega uma esperança enraizada na dor. Lembranças ignotas passam, vultos do que fomos, fantasmas que visitam as madrugadas em que tudo é mais claro. Teu semblante marcado, gravado em minha pele como cicatriz sagrada, tempo estagnado no contorno dos teus olhos. Caminhei por campos selvagens, atravessei montanhas áridas, beira-mar, além-mar, buscando qualquer sinal teu na espuma, no sal, no céu aberto, no ventre do teu eu, no útero teu. Existo no balbuciar do mundo, nessa língua imperfeita feita de su...

Poema: Pra Te Encontrar

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir!



Pra Te Encontrar



Pra te encontrar, eu caminho entre delírios e brumas, ouço vozes no vento, e uma delas, sutil, é a tua — chamando meu nome nas entrelinhas do silêncio.

Tua voz ecoa em meu caminhar, como se cada passo fosse um chamado, como se a estrada soubesse que o destino é tua presença.

Faço valer tua ausência, mesmo quando ela pesa como pedra nos ombros.

Carrego tua falta como quem carrega uma esperança enraizada na dor.

Lembranças ignotas passam, vultos do que fomos, fantasmas que visitam as madrugadas em que tudo é mais claro.

Teu semblante marcado, gravado em minha pele como cicatriz sagrada, tempo estagnado no contorno dos teus olhos.

Caminhei por campos selvagens, atravessei montanhas áridas, beira-mar, além-mar, buscando qualquer sinal teu na espuma, no sal, no céu aberto, no ventre do teu eu, no útero teu.

Existo no balbuciar do mundo, nessa língua imperfeita feita de suspiros e esperas.

Fadas existem — acredito nisso quando teus olhos transbordam meus sonhos, quando tua memória me toca como perfume antigo guardado em madeira.

Feridas saram, até mesmo as mais fundas, mesmo aquelas que o tempo fingiu esquecer, mas que sangram ao menor toque da lembrança.

Coração machucado, sangrando versos que não mostro a ninguém, guardo as palavras como quem protege um segredo antigo.

Mas o dia feliz chegará — eu sei.

Através da luz renascerá o que se perdeu na sombra.

Poesia alegre, volto a grifar teu nome nas páginas do recomeço.

E à tentação, essa que tenta me arrastar de volta ao abismo, eu digo: vá embora.

Para não mais voltar.

Pois para te encontrar, não preciso mais me perder no abismo.

O abismo que tenho agora no peito é tua ausência e teu silêncio.



É isso! Até a próxima!



Autoria: Luciano Otaciano

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