Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir!
Poema: Gostar de Você
Gostar de você essa doçura maldita que se aloja nas frestas da alma como um amor antigo.
É como ouvir a mesma música triste, sabendo onde dói, e ainda assim, ajoelhar diante da repetição.
Teu nome entra pelos ouvidos, desce lento pelo fígado, e quando dou por mim já estou embriagado de novo nessa febre que você chama de presença.
Não é amor.
Nunca foi.
É um tipo de vazio que vicia.
Um hábito imoral, feito cigarro na madrugada fria: mata, mas aquece por instantes.
E é nesse instante que a gente se agarra como quem se recusa a cair.
Você é melodia bizarra, dessas que chegam quando o silêncio já era abrigo.
Vai infiltrando, úmida, rançosa, até que tudo em mim é você e já não sei onde termina a tua ausência e começa a minha desgraça.
A gente dança como quem sangra tentando caber.
Tua pele encosta, mas não acolhe.
Tua pupila afunda, mas não vê.
Só espreita.
Porque gostar de você é como construir altar em terreno infértil não brota fé, só exaustão.
É um corpo que quis ser morada e virou entulho emocional, abrigo provisório para mais um naufrágio.
Gostar de você é enfiar a mão na própria carne só pra provar que ainda pulsa.
É ofertar alma e corpo mesmo sabendo:
tudo vai voltar esfacelado.
Mas, vê, eu continuo.
Porque teu nome ainda é a canção maldita que me obriga a apertar play na esperança insana de que o final, um dia, mude.
E isso é o mais próximo que cheguei da paz, um silêncio cheio do teu som.
Autoria: Luciano Otaciano
É isso! Gostaram? Até a próxima!
Lu,
ResponderExcluirAmei sua ler Poesia
como amo tudo que
você escreve.
Grata por compartilhar
com todos nós seus leitores.
Bjins de bom fim de semana pr a
vc e sua família.
CatiahôAlc.
Expresso minha mais sincera gratidão a você, Catiaho, por suas generosas palavras. Saber que meus escritos lhe são agradáveis é, para mim, motivo de imensa satisfação. Agradeço profundamente por sua gentileza e consideração. Desejo-lhe um domingo abençoado e tranquilo. Abraço!
ExcluirE aí, beleza?
ResponderExcluirBem forte teu poema.
O poeta já descobriu que não é amor e isso é que é o pior...como se livrar do que te embriaga e te faz ficar sóbrio?
Já cantava outro poeta:
"Não sei porquê, insisto tanto em te querer..."
Oi, Eduardo! O amor configura-se como uma desgraça inevitável à condição humana. É impossível viver plenamente sem ele, embora frequentemente seja confundido com a paixão — um sentimento que, quando não correspondido, machuca pra caralho. Abraço!
ExcluirAdorei! Parabéns pela poesia.
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Valeu Emerson. Abraço!
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