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O Valor Mental

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de refletir por aqui. Vem conferir! O Valor Mental Sabe, eu me pergunto às vezes, com o copo de cerveja na mão e o cérebro latejando, qual o caralho vale essa merda da saúde mental? Você ignora isso, né? Vai pro templo ou pra igreja, deixa eles te encherem a cabeça de dogmas, e pronto, dorme tranquilo no seu chiqueiro terreno. É isso mesmo? Já voltaste os olhos para as dimensões infinitas do universo, esse vasto tabernáculo de estrelas e névoas etéreas, onde as constelações tecem arabescos de luz perene? Percebestes que ele, em sua glória primordial, sempre existiu, sem artífice ou gênese, um ciclo eterno de esplendor que transcende as cronologias mortais? Quando nutrimos a energia de nossa mente, elevando-nos acima da mera cobiça pelo acúmulo material, desvelam-se ante nossos olhos interiores maravilhas antes invisíveis, tesouros ocultos em camadas de percepção sublimes. Sim, eu olho com os olhos da carne e vejo co...

Poema: Gostar de Você

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir!



Poema: Gostar de Você 



Gostar de você essa doçura maldita que se aloja nas frestas da alma como um amor antigo.

É como ouvir a mesma música triste, sabendo onde dói, e ainda assim, ajoelhar diante da repetição.

Teu nome entra pelos ouvidos, desce lento pelo fígado, e quando dou por mim já estou embriagado de novo nessa febre que você chama de presença.

Não é amor.

Nunca foi.

É um tipo de vazio que vicia.

Um hábito imoral, feito cigarro na madrugada fria: mata, mas aquece por instantes.

E é nesse instante que a gente se agarra como quem se recusa a cair.

Você é melodia bizarra, dessas que chegam quando o silêncio já era abrigo.

Vai infiltrando, úmida, rançosa, até que tudo em mim é você e já não sei onde termina a tua ausência e começa a minha desgraça.

A gente dança como quem sangra tentando caber.

Tua pele encosta, mas não acolhe.

Tua pupila afunda, mas não vê.

Só espreita.

Porque gostar de você é como construir altar em terreno infértil não brota fé, só exaustão.

É um corpo que quis ser morada e virou entulho emocional, abrigo provisório para mais um naufrágio.

Gostar de você é enfiar a mão na própria carne só pra provar que ainda pulsa.

É ofertar alma e corpo mesmo sabendo:

tudo vai voltar esfacelado.

Mas, vê, eu continuo.

Porque teu nome ainda é a canção maldita que me obriga a apertar play na esperança insana de que o final, um dia, mude.

E isso é o mais próximo que cheguei da paz, um silêncio cheio do teu som.





Autoria: Luciano Otaciano 




É isso! Gostaram? Até a próxima!

Comentários

  1. Lu,
    Amei sua ler Poesia
    como amo tudo que
    você escreve.
    Grata por compartilhar
    com todos nós seus leitores.
    Bjins de bom fim de semana pr a
    vc e sua família.
    CatiahôAlc.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Expresso minha mais sincera gratidão a você, Catiaho, por suas generosas palavras. Saber que meus escritos lhe são agradáveis é, para mim, motivo de imensa satisfação. Agradeço profundamente por sua gentileza e consideração. Desejo-lhe um domingo abençoado e tranquilo. Abraço!

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  2. E aí, beleza?

    Bem forte teu poema.
    O poeta já descobriu que não é amor e isso é que é o pior...como se livrar do que te embriaga e te faz ficar sóbrio?
    Já cantava outro poeta:
    "Não sei porquê, insisto tanto em te querer..."

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Eduardo! O amor configura-se como uma desgraça inevitável à condição humana. É impossível viver plenamente sem ele, embora frequentemente seja confundido com a paixão — um sentimento que, quando não correspondido, machuca pra caralho. Abraço!

      Excluir
  3. Adorei! Parabéns pela poesia.

    Boa semana!

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    Até mais, Emerson Garcia

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