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Resenha: Calmaria Forçada

LIVRO: CALMARIA FORÇADA ANO DE LANÇAMENTO: 2021 AUTORA: ROSANE MONTALVÃO EDITORA: GERAÇÃO EDITORIAL NÚMERO DE PÁGINAS: 160 CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆ Sinopse: UM SUSPENSE SOMBRIO DE HORROR DOR E TRAUMAS. Rosane Montalvão estreia na literatura de suspense com um terror psicológico que nos leva para o fundo da alma. Uma trama cortante, cruel e perturbadora. A vida não é bela. As histórias do dia a dia costumam ser cansativas e previsíveis. Até que surge alguém ― esta nova escritora ― com um enredo inusitado, perturbador, apavorante. A protagonista ― Alana, uma bailarina traumatizada com o suicídio do filho ― percorre a trama de suspense desvelando elementos de sadismo, autodestruição, amor e ambição. O que sobra de um lar depois que um filho se mata ao descobrir uma verdade devastadora? De que serve a vida se o parceiro é um advogado que quer enterrá-la viva (e a interna num hospício de horrores), enquanto se afunda no álcool e no egoísmo? Este livro surpreende a cada página, a cada um dos 17 ...

Resenha: Calmaria Forçada

LIVRO: CALMARIA FORÇADA

ANO DE LANÇAMENTO: 2021

AUTORA: ROSANE MONTALVÃO

EDITORA: GERAÇÃO EDITORIAL

NÚMERO DE PÁGINAS: 160

CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆



Sinopse: UM SUSPENSE SOMBRIO DE HORROR DOR E TRAUMAS.

Rosane Montalvão estreia na literatura de suspense com um terror psicológico que nos leva para o fundo da alma. Uma trama cortante, cruel e perturbadora.

A vida não é bela.

As histórias do dia a dia costumam ser cansativas e previsíveis.

Até que surge alguém ― esta nova escritora ― com um enredo inusitado, perturbador, apavorante.

A protagonista ― Alana, uma bailarina traumatizada com o suicídio do filho ― percorre a trama de suspense desvelando elementos de sadismo, autodestruição, amor e ambição. O que sobra de um lar depois que um filho se mata ao descobrir uma verdade devastadora? De que serve a vida se o parceiro é um advogado que quer enterrá-la viva (e a interna num hospício de horrores), enquanto se afunda no álcool e no egoísmo?

Este livro surpreende a cada página, a cada um dos 17 capítulos curtos e objetivos. Fantasmas do passado vão saindo dos armários de uma casa sombria ou pelos corredores do hospício onde Alana sofre, para arrepiar, chocar e hipnotizar o leitor.

Tudo aqui é sombrio. Tudo aqui é horror. A trama avança, cada vez mais distante de um final feliz ― e a crueldade perpassa cada página, cortando mente e alma. Sim, existe amor em meio a esse caos, mas a cada cena ele é revisto. Sim, existe uma família, mas também esta precisa ser reavaliada.

Estamos diante de um thriller de suspense, dor e traumas familiares.

A história é pesada, sinistra e desconfortante, com barulhos de portas, coisas caindo, ecos fantasmagóricos de seres de outro mundo, situações-limite.

Rosane Montalvão nos leva para o mais profundo da alma humana, para um verdadeiro sacrifício pós-traumático de sofrimentos indizíveis, de tal forma que, ao final, paradoxalmente incomodados e aliviados, somos levados a rever a própria vida.

A vida não é bela. E precisamos ter cuidado, pois amanhã pode ser pior. Bem pior.



Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de resenha por aqui! Vem conferir!



A escritora Rosane Montalvão não se mostra complacente com os personagens de CALMARIA FORÇADA, seu inaugural romance. Ao longo da narrativa, estes são submetidos a uma multiplicidade de violências e são compelidos a revisitar feridas do passado que jamais lograram cicatrizar.

Alana, a protagonista central, encontra-se imersa em um profundo luto após o trágico suicídio de seu único filho. A morte do jovem praticamente selou o destino de seu matrimônio com o advogado Daniel, que, por sua vez, também acaba de perder o pai, com quem mantinha uma relação deveras conturbada.

Devastada pela dor insuportável, Alana tenta ceifar sua própria existência, mas, para sua surpresa, sobrevive. Com a anuência do marido, ela é encaminhada a um sanatório, que se revela um autêntico inferno terreno.

O que propulsiona a trama é o acerto de contas com o passado, ou, mais precisamente, a inelutável impossibilidade desse acerto. Praticamente todos os personagens que povoam a obra enfrentaram traumas abissais ou tomaram decisões moralmente indefensáveis em algum momento de suas vidas. Montalvão manipula habilmente as certezas do leitor, alternando a percepção que temos a respeito dos personagens desde o princípio até o desenlace. O sobrenatural ocupa um papel fulcral nesse intricado processo.

A autora se destaca na elaboração das cenas de terror, em especial nos diversos episódios que se desenrolam na clínica. A instituição evoca, guardadas as devidas proporções, o emblemático Hotel Overlook, de O ILUMINADO.

Entretanto, como é comum em muitos romances de estreia, CALMARIA FORÇADA apresenta algumas falhas, principalmente no que tange à verossimilhança. Por exemplo: a facilidade com que Alana é internada no sanatório revela-se pouco crível, assim como a simplicidade de encontrar o endereço de uma instituição tão sinistra através de uma simples pesquisa no Google. Ademais, observa-se um excesso de situações impactantes que, em determinados momentos, parecem desprovidas de propósito.

É imprescindível, no entanto, lembrar que este é apenas o primeiro romance de Rosane Montalvão. Sua obra merece ser acompanhada, especialmente por sua notável habilidade em tecer passagens repletas de tensão. Ainda que diante de tais considerações, não posso deixar de atribuir ao livro a nota máxima de cinco estrelas. Particularmente, é sobremodo complicado encontrar uma obra literária que se apresente imune a lacunas no enredo ou a outras pequenas incongruências que, de modo algum, desmerecem o resultado final. Sinceramente, uma pessoa que retira pontos por questões como as que mencionei deve ser de um espírito excessivamente ranzinza e amargurado. Felizmente, essa não é a minha condição. Não posso senão parabenizar a autora desta obra espetacular.

Deixo aqui minha sugestão: leiam mais livros de autores e autoras nacionais. É isso leitores! Até a próxima postagem!






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