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Poema: Aqui O Tempo Não Passa

Olá caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir. AQUI O TEMPO NÃO PASSA Aqui, onde o tempo não passa, sinto tua falta como se me faltasse o ar. A respiração pesa feito pedra bruta, e teu corpo é um convite ao desejo e à entrega total. Teu toque desperta o fogo que habita em mim. Teu beijo é revelação, paixão completa, um instante em que corpo e alma se reconhecem. Talvez eu não tenha tempo de redenção, talvez me perca de vez em tua imensidão, talvez sinta medo de me entregar, ou que tu não queiras me encontrar. Os dias seguem lentos, insossos, sem graça, mas ainda assim sigo vivendo e aprendendo. Quando o universo decidir, estará decidido, e eu, por fim, serei redimido de meus erros do passado e do presente. O futuro é incerto como chuva que cai às vezes para aliviar o calor, mas na ciranda da vida eu miro o teu altar, onde minha alma encontra repouso e chama. Gostaram? Até a próxima!

Resenha: Umbral Das Trevas

LIVRO: UMBRAL DAS TREVAS 

ANO DE LANÇAMENTO: 2016

AUTOR: ALEX VILLECHAIZE

EDITORA: AMAZON

NÚMERO DE PÁGINAS: 124

CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆


Sinopse: Umbral das Trevas é para ser lido como se assiste a um filme. Ou como se estivesse numa galeria de quadros desconhecidos, mas familiares. Há cor e luz, sabores e odores. Um segredo que não quer ser revelado. Há eternidade e brevidade. Há um tonitruante zumbido de insetos invisíveis. Há também a vertigem do silêncio. São 7 short stories (ou contos) com influências surrealistas que se passam em algum lugar muito próximo, mais próximo do que se desejaria, e que se entrelaçam para contar uma história que só pode ser onde não é, que só se revela quando ninguém olha e cujo espírito repousa nos murmúrios do mar antes do amanhecer.



Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de resenha por aqui! Vem conferir!



Para aqueles que se debruçam sobre as páginas deste blog, é sabido que nutro uma predileção especial pela leitura de contos. Este aqui tem leitura desafiante, UMBRAL DAS TREVAS reúne sete narrativas cuja classificação em um gênero literário específico se revela uma tarefa árdua. Em suas duzentas e vinte e quatro páginas, somos conduzidos por situações banais do cotidiano e eventos deveras improváveis, num amálgama de fantasia e horror. Contudo, nada é apresentado de maneira explícita. Os personagens habitam tramas que transcendem a mera aparência, e sempre há algo mais a ser desvelado nas sutilezas do texto.

Como um admirador confesso das narrativas curtas, imergi nas profundezas de UMBRAL DAS TREVAS e, em breve, percebi a necessidade de desacelerar meu ritmo. O autor elegeu uma linguagem elaborada e intricada, que evocou em mim reminiscências da literatura acadêmica brasileira, convertendo a leitura da obra em um genuíno exercício de concentração. Apenas assim conseguimos apreender os significados subjacentes a cada uma das histórias. Essa escolha revela-se audaciosa em tempos nos quais a linguagem se apresenta veloz e as narrativas são de fácil digestão. Por outro lado, alguns contos, ao final da leitura, soaram completamente desprovidos de sentido (neste ponto, questionei-me se realmente careciam de lógica ou se sua complexidade superava minha capacidade interpretativa).

Destaco, em especial, o conto que empresta nome à coletânea, UMBRAL DAS TREVAS. Em minha modesta opinião, esta se revela a narrativa mais bem elaborada e de impacto visual marcante. Isso mesmo, visual. Trata-se de uma daquelas histórias de caráter quase cinematográfico, nas quais não apenas lemos, mas nos sentimos transportados para o âmago da trama, visualizando nitidamente os eventos que se desenrolam. Os demais contos flutuam em uma oscilação de qualidade (algo comum em coletâneas), contudo, todos compartilham dessa linguagem densa que, a meu ver, pode configurar-se como o calcanhar de Aquiles da obra. 

UMBRAL DAS TREVAS é amplamente recomendado para os aficionados por uma literatura brasileira de viés mais tradicional, comprometida com frases meticulosamente elaboradas e reflexivamente construídas, destituídas da simplicidade e da rapidez que caracterizam os novos tempos. É um livro que pode surpreender precisamente por não se conformar a esse fluxo.

Deixo aqui minha sugestão: leiam mais livros de autores e autoras nacionais, e lembrem-se de que existem maravilhosas obras nacionais escondidas que merecem serem lidas. É isso leitores! Até a próxima postagem!



Comentários

  1. Oi Luciano, tudo bem?
    Gosto muito de livros de contos pra conhecer novos autores. E achei bem bacana que a linguagem seja mais elaborada, isso está em falta.
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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    1. Oi, Priscila! Estou bem, obrigado! Pois é! Se você curte texto com linguagem mais elaborada, este aqui irá agradar-lhe por completo. Beijo!

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  2. Não sou fá de contos, mas essa leitura até parece interessante!

    Bjxxx,
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    1. Oi, Teresa! Que pena que você não seja fä de conto. Este certamente iria lhe agradar. Beijo!

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  3. Passando para desejar um bom fim-de-semana!

    Beijos e Abraços,

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    1. Oi, Teresa! Obrigado! Tenha um ótimo fim de semana também. Beijos e abraços!

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  4. Oi Luciano, tudo bem?
    O tema dos contos me interessa bastante, mas preferindo leituras que fluem mais rápido foi bom saber pela sua resenha o fluxo diferente aqui. Ir para uma leitura esperando uma coisa e recebendo outra é caminho pra frustração. O melhor seria não criar expectativas específicas e se entregar às histórias, mas nem sempre somos capazes disso.

    Até breve;
    Helaina (Escritora || Blogueira)
    https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
    https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)

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    1. Oi, Helaina! Estou bem, obrigado. Se tiver oportunidade de lê-lo, leia-o. Certamente irá gostar. Abraço!

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  5. Oi!
    Já li mais coletâneas de contos e hoje ando lendo menos, pelo menos esse ano já li dois contos autopublicados na Amazon e quero seguir nesse ritmo durante o ano.
    Que bom que o conto que dá o nome à coletânea foi o melhor!

    https://deiumjeito.blogspot.com/

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    1. Oi, Giovana! Se tiver oportunidade leia-o, certamente você irá gostar. Abraço!

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