Olá caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Vocês curtem poemas? Pois bem hoje trago um poema que escrevi recentemente e resolvi mostrá-lo para vocês. Se quiserem eu trago este conteúdo com maior frequência por aqui. O que acham?
POEMA: PRA ONDE ME LEVAS ASSIM?
Solidão aperta o peito machuca alma
O amor é ilusório o sentimento não
Ainda me lembro desse céu cinzento,
Que traz à tona a amargura da solidão
Enquanto as labaredas que queimam no inferno, escarlate inferno
A imoralidade é insaciável, e em nada pode saciar
No caminho da minha boca, do meu falo
Meus instintos insaciáveis, os mais indescritiveis, os pervertidos
Que me embriagam sem direção anestesiado
Mais paralisado, por dentro, por fora, por inteiro sem rodeios.
Por todos os eus, meus e vagos;
Sou como chuva de verão, apareço, destruo o teu coração
Na calada da noite que expele seu projétil para perfurar sem piedade
O mais seguro dos corações, o mais incauto dos bordoēs.
Ainda lembro do medo que tenho de mim mesmo vagueando na noite sem luar como um errante sem lar
Por não me libertar do outro eu que cresce por dentro, corrói o meu peito devagar
Como crescem asas e garras de um "lascivo-boca-faminto" por almas sem dono
Que jazem há anos-luz, e corpos que andam a meia-luz nas trevas do teu pecado
Luz latejante, que forma a sombra, que acalenta mas atormenta
Necessito cegamente desligar o pensamento de ti, acender a luz e deixar o amor inexistir
Imortal como ela, a dor do desamor que tens por mim
Temperamental, o horror de uma embriaguez de madrugada sem sexo
Perfurando a músculo duro do meu coração ferido à bala
Turvando o centro dos olhos cansados do cinzento amanhecer
Esqueço o que sou, o que faço e para onde vou
Se é que vou, pelo meio dessas labaredas clementes
De saudades imortais de minha amada incomparável.
Onde estás, morte? Por que persegues este mero mortal condenado?, penso
Murmurando por dentro, por fora calado
Olhos famintos que libertam o pavor, por detrás do corpo queimado
A poesia imortal se mistura com lúgubres lamúrias
Sem paz, até que uma única palavra no espaço vago
Ecoa na sombra do intocável, cheia de escassez e chamas
O medo, não o venço. Os olhos, não os fecho
O eu que me agride, não o domino pelo milésimo do pavor. Que Horror!
Os sonhos no vago sombrio mais uma vez estão mortos
Se elevam ao digno mistério da realidade, duelo entre a graça e as desgraças
Pra onde me levas assim?
Com pavor ao horror, o confronto à passagem para outra dimensão
Sem fim ou retorno, devagar, que venhas tu do calabouço
Que queime as almas dos condenados, meu canto, meu nome; meu desamor,
Solidão do vago me chamo
Minha cara amante imortal, que faz uso deste frágil corpo
Afilado em meus membros, meu falo me convida para o banquete da noite
Faça-me teu, mostre-me o cardápio encoberto
Revele o que há por trás do olhar "lascivo-boca-faminto"
No breu, minha amada, rainha do funeral me siga
Que os cárceres de Yomotsu lhes seja louvável, incauto e carnal
Regresse comigo mulher sombria, imutável em sua essência
Abraça-me a alma, beija-me a boca em seus labirintos
Do estrondo abafado, de uma morte, do silêncio no sonho
A realidade da escuridão a emitir o mesmo sonido
Tímido silencioso, que calado fica a murmurar no espaço-tempo
O vermelho-sangue desbotado no corpo desnudo
Ressuscita no jorro do crânio estourado ao chão
Sangrento chão de dias passados, do mesmo vago palatável e triste
Sentimental aspecto deslumbrante aos olhos, minha cara amante imortal
Diz minha amada: "Nunca mais", viaje com pressa e me verás regressar
Pelo vale dos mortos onde há luz reluz escuridão; o breu em meu coração
O moribundo lança o horror na cova que se abre em seu novo mundo
De saudades imortais de minha amada, e nada mais
O castigo eterno ei de lembrar, seja ele um "lascivo-boca-faminto"
O cenho franzido ao admirar os bustos mais fartos de minha amada
Da alma viva; da malícia de um anjo caído
Virgem santíssima, negra como um moribundo no céu
Faz o convite, beija-me a boca de mel
Que dizes eu nu a ti neste espaço negrume, mero mortal condenado
Se é que te pergunto: pra onde me levas assim?
Gostaram? Até a próxima postagem pessoal!
Poema deslumbrante que me fascinou ler. Adoro poesia
ResponderExcluirFeliz semana
Oi, Rikardo! Que bom que tenha gostado do poema. Boa semana para você também. Abraço!
ExcluirOi, Fabiano! Você soube decifrá-lo muito bem. É bem por aí mesmo como colocaste. Um amor trágico e ao mesmo tempo quase impossível de se concretizar. Pra mim seria um poema dark por assim dizer, embora haja nele traços melancólicos e eróticos. Um abraço meu caro!
ResponderExcluirObrigada por mais esta partilha! Vou levar a sugestão!
ResponderExcluirBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Oi, Teresa! Agradeço sua visita. Beijo!
ExcluirUau, belo poema meu amigo.
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Oi, Monique! Valeu. Abraço!
ExcluirOi!
ResponderExcluirEu gosto de conferir em blogs textos curtos autorais, que poema intenso!
https://deiumjeito.blogspot.com/
Oi, Giovana! Este poema aqui é autoral, foi eu quem o escreveu. Ficou intenso, né!? Abraço!
ExcluirParabéns! Você tem talento.
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar com muitos posts interessantes. Não deixe de conferir!
Jovem Jornalista
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Oi, Emerson! Valeu meu amigo. Boa semana! Abraço!
ExcluirOi Luciano, tudo bem?
ResponderExcluirContinue sim compartilhando seus escritos com a gente, é muito legal conhecer esse seu lado também!
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Oi, Pri! Vou bem, e você? Pode deixar que procurarei trazer os poemas com maior frequência pra cá, embora eu esteja focado no novo livro. Beijo!
ExcluirUAU!!!!
ResponderExcluirEu amei! Eu me surpreendi muito!
Poema maravilhoso. Mergulhei nessas palavras. A cada verso ia mais fundo, e foi difícil voltar.
Oi, Maju! Fico feliz que tenha curtido o poema. Vindo de você é um elogio e tanto, pois você escreve poemas maravilhosamente incríveis. Abraço!
ExcluirUau, poema não é um gênero que eu leia ou escreva com frequência, mas gosto da forma como projeta imagens na mente da gente. Algo visceral, com sensações até mesmo físicas. Você tem muito talento!
ResponderExcluirTem postagem nova nos dois blogs!
Mente Hipercriativa (Livros, filmes e séries)
Universo Invisível (Contos, crônicas e afins)
Oi, Helaina! Que bom que gostou do poema. Obrigado! Abraço!
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