Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de poema por aqui! Vem conferir! POEMA: APAIXONADO! Eu mentiria se dissesse que não sou apaixonado por você. Mentiria se negasse que meu olhar brilha ao se deparar com o seu. Que meu sorriso não brota no cantinho, meio tímido e receoso. Mas que quando você sorri de volta com esse seu riso contido e o mesmo brilho no olhar, uma onda gigante de sensações gostosas me faz não querer mais parar de sorrir. Eu mentiria se dissesse que sua presença não mexe comigo. Mentiria se jurasse que não te procuro por onde vou, que por acaso não penso em me deparar contigo em algum canto. Pois, te procuro até mesmo do meu lado da cama sabendo que não está. Eu mentiria se dissesse que seu abraço não é conforto. Porque não há lugar mais confortável para estar que nos seus braços. Mentiria se negasse que o mundo facilmente poderia terminar se as suas mãos não estivessem a me guardar em você. Eu mentiria se dissesse que seu beijo nã...
Livro: Mulheres de Cinzas
Editora: Companhia das Letras
Autor: Mia Couto
Sinopse:
Primeiro livro da trilogia As areias do Imperador, Mulheres de cinzas é um romance histórico sobre a época em que o sul de Moçambique era governado por Ngungunyane, o último grande líder do Estado de Gaza. Em fins do século XIX, o sargento português Germano de Melo foi enviado ao vilarejo de Nkokolani para participar da batalha contra o imperador que ameaçava o domínio colonial. Lá, ele encontra Imani, uma garota local de quinze anos que lhe servirá de intérprete. Enquanto um dos irmãos da menina lutava pela coroa de Portugal, o outro se uniu aos guerreiros tribais. Aos poucos, Germano e Imani se envolvem, apesar de todas as diferenças entre seus mundos. Porém, num país assombrado pela guerra dos homens, a única saída para uma mulher é passar desapercebida, como se fosse feita de sombras ou de cinzas.
Olá caros leitores e caríssimas leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.
Existem livros que marcam uma época, uma fase da sua vida. Há outros, porém, que você carrega para uma vida toda. Esses, geralmente, são feitos de algo mais profundo, mais denso, mais tocante. Algo que mexe contigo e te muda; arrebata-te. Esses livros são raros, é verdade. Porém, nesse início de ano eu tive uma dessas imensas felicidades: encontrei o livro Mulheres de Cinzas. Esse, sem dúvidas, faz parte desse grupo tão especial.
Tudo começa quando os portugueses invadem Moçambique e começam a reclamar cada território como “Terras da Coroa”. Contudo, a dominação não seria fácil. Por lá já havia um imperador e ele era Ngungunyane, grande líder do chamado Estado de Gaza. A partir daí surge um confronto de interesses, um confronto por poder e terra que fará o solo verter sangue.
No meio dos territórios em disputa, há o vilarejo chamado Nkokolani. Neste local, morava Imani. Ela não era uma garota como as outras. Em primeiro lugar, era a filha do líder local. Segundo, fora educada por padres, tendo um português correto e uma escrita impecável. Por último, era uma mulher com alma diferente. Aos quinze anos, já era independente, forte, com uma personalidade marcante e com uma inteligência superior a de praticamente todos.
Nesse mesmo vilarejo chega o Sargento Germano. Ele ganha a simpatia de muitos por, a princípio, não ter a atitude de outros portugueses. Primeiro, ele anda com suas próprias pernas – enquanto outros obrigavam que as pessoas do vilarejo os carregassem –; ele também parece se importar com o povo, trazendo promessas de melhoras e proteção. Porém, nem mesmo ele e nem as suas promessas eram bem o que pareciam.
Partindo dessa premissa, Mia Couto constrói um dos melhores romances que eu já tive o prazer de desbravar. Com um aprofundamento histórico maravilhoso e contextualização de dar inveja, o leitor viaja nas nuances da trama enquanto aprende uma estória africana muitas vezes ignorada pela escola.
Outro ponto que merece ser ressaltado é o aprofundamento da cultura tida naquela região de Moçambique. Couto apresenta as crenças, os mitos e a poesia que envolvia o cotidiano local. É incrível conhecer novas culturas e novas formas de pensar através da obra. Aliás, em muitos momentos, ficamos nos questionando como uma cultura tão bela como aquela pode ser massacrada, até hoje, costumeiramente.
O autor também merece destaque pelo embuste engenhoso que cria. Com a aparência de um romance “romântico”, ele vai muito além. Ele não se prende e nem se foca tanto no possível casal, mas nas marcas que a guerra deixa na alma dos personagens, sejam eles portugueses ou africanos. O aprofundamento psicológico e das consequências são muito mais importantes do que o romance propriamente dito.
Ademais, para completar a obra magnífica, Mia Couto fecha a estrutura do enredo com personagens cativantes, bem trabalhados e reais. Apesar de parecerem imbatíveis no começo, no decorrer da obra conseguimos ver o que é realmente verdadeiro e o que é aparência. Eles se desconstroem e reconstroem, mostrando as múltiplas facetas humanas.
Diante de tantos aspectos positivos, qualquer indicação final seria inútil. Recomendar o livro é muito pouco. Digo apenas: se você quiser ser tocado, já sabe qual livro deve procurar. Em resumo "Mulheres de Cinza" é uma leitura mais que obrigatória. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!
Editora: Companhia das Letras
Autor: Mia Couto
Sinopse:
Primeiro livro da trilogia As areias do Imperador, Mulheres de cinzas é um romance histórico sobre a época em que o sul de Moçambique era governado por Ngungunyane, o último grande líder do Estado de Gaza. Em fins do século XIX, o sargento português Germano de Melo foi enviado ao vilarejo de Nkokolani para participar da batalha contra o imperador que ameaçava o domínio colonial. Lá, ele encontra Imani, uma garota local de quinze anos que lhe servirá de intérprete. Enquanto um dos irmãos da menina lutava pela coroa de Portugal, o outro se uniu aos guerreiros tribais. Aos poucos, Germano e Imani se envolvem, apesar de todas as diferenças entre seus mundos. Porém, num país assombrado pela guerra dos homens, a única saída para uma mulher é passar desapercebida, como se fosse feita de sombras ou de cinzas.
Olá caros leitores e caríssimas leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.
Existem livros que marcam uma época, uma fase da sua vida. Há outros, porém, que você carrega para uma vida toda. Esses, geralmente, são feitos de algo mais profundo, mais denso, mais tocante. Algo que mexe contigo e te muda; arrebata-te. Esses livros são raros, é verdade. Porém, nesse início de ano eu tive uma dessas imensas felicidades: encontrei o livro Mulheres de Cinzas. Esse, sem dúvidas, faz parte desse grupo tão especial.
Tudo começa quando os portugueses invadem Moçambique e começam a reclamar cada território como “Terras da Coroa”. Contudo, a dominação não seria fácil. Por lá já havia um imperador e ele era Ngungunyane, grande líder do chamado Estado de Gaza. A partir daí surge um confronto de interesses, um confronto por poder e terra que fará o solo verter sangue.
No meio dos territórios em disputa, há o vilarejo chamado Nkokolani. Neste local, morava Imani. Ela não era uma garota como as outras. Em primeiro lugar, era a filha do líder local. Segundo, fora educada por padres, tendo um português correto e uma escrita impecável. Por último, era uma mulher com alma diferente. Aos quinze anos, já era independente, forte, com uma personalidade marcante e com uma inteligência superior a de praticamente todos.
Nesse mesmo vilarejo chega o Sargento Germano. Ele ganha a simpatia de muitos por, a princípio, não ter a atitude de outros portugueses. Primeiro, ele anda com suas próprias pernas – enquanto outros obrigavam que as pessoas do vilarejo os carregassem –; ele também parece se importar com o povo, trazendo promessas de melhoras e proteção. Porém, nem mesmo ele e nem as suas promessas eram bem o que pareciam.
Partindo dessa premissa, Mia Couto constrói um dos melhores romances que eu já tive o prazer de desbravar. Com um aprofundamento histórico maravilhoso e contextualização de dar inveja, o leitor viaja nas nuances da trama enquanto aprende uma estória africana muitas vezes ignorada pela escola.
Outro ponto que merece ser ressaltado é o aprofundamento da cultura tida naquela região de Moçambique. Couto apresenta as crenças, os mitos e a poesia que envolvia o cotidiano local. É incrível conhecer novas culturas e novas formas de pensar através da obra. Aliás, em muitos momentos, ficamos nos questionando como uma cultura tão bela como aquela pode ser massacrada, até hoje, costumeiramente.
O autor também merece destaque pelo embuste engenhoso que cria. Com a aparência de um romance “romântico”, ele vai muito além. Ele não se prende e nem se foca tanto no possível casal, mas nas marcas que a guerra deixa na alma dos personagens, sejam eles portugueses ou africanos. O aprofundamento psicológico e das consequências são muito mais importantes do que o romance propriamente dito.
Ademais, para completar a obra magnífica, Mia Couto fecha a estrutura do enredo com personagens cativantes, bem trabalhados e reais. Apesar de parecerem imbatíveis no começo, no decorrer da obra conseguimos ver o que é realmente verdadeiro e o que é aparência. Eles se desconstroem e reconstroem, mostrando as múltiplas facetas humanas.
Diante de tantos aspectos positivos, qualquer indicação final seria inútil. Recomendar o livro é muito pouco. Digo apenas: se você quiser ser tocado, já sabe qual livro deve procurar. Em resumo "Mulheres de Cinza" é uma leitura mais que obrigatória. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!
Interessante o quanto dá para ver e aprender com os personagens, ao longo de quando eles vão se construindo e desconstruindo.
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Oi, Monique! O livro é interessantíssimo, se puder leia o livro, pois este é sem dúvida uma das melhores leituras deste ano.
ExcluirJá ali algumas resenhas sobre esse livro, sempre achei bem interessante. Particularmente, eu adoro histórias com contextualização bem feita e que nos faz entrar de cabeça no universo. Ótima resenha, dica anotada!!!
ResponderExcluirBeijo
http://www.leiapop.com/
Oi, Bruna! O livro é excelente. Beijos!
ExcluirOlá, Luciano.
ResponderExcluirPela capa eu não dava nada pelo livro hehe. Mas conforme fui lendo a resenha fui fisgada pelo enredo. E quando cheguei nas suas impressões pessoais eu fui convencida completamente. Já anotei aqui para uma futura leitura.
Prefácio
Oi, Sil! O livro é espetacular. Não deixe de o ler, você irá se surpreender com a qualidade literária da obra.
ExcluirOi Luciano, tudo bem?
ResponderExcluirAchei sua resenha super interessante.
São poucos os livros que eu conheço que abordam a cultura e os costumes de países da África. Sabendo que a autora faz isso muito bem, dá mais vontade de ler!
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Oi, Pri vou bem e você? Sim, o livro é perfeitamente abordado pelos costumes africanos de forma magistral. O livro foi escrito por um homem, embora seu nome seja feminino, a obra é do autor Mia Couto. Beijos!
ExcluirLi esse livro em 2018 ♡
ResponderExcluirAs narrativas do Mia Couto são tão poéticas e com imagens tão fortes, não é? Eu me lembro de Imani caminhando entre os mortos no campo de batalha.
Vou aproveitar para te recomendar um conto do autor, "O dia em que explodiu Mabata-Bata". É fantástico.
Abraço enorme, Luciano, e um bom dia para você!
Oi, Larissa! É sim. Os livros do Mia Couto são espetaculares. Grato pela recomendação Larissa, irei ler, pois não li este conto. Abraço para você e tenha um excelente dia!
ExcluirNunca li um livro ambientado em Moçambique, seria uma experiência ótima.
ResponderExcluirBeijos
Imersão Literária
Oi, Leyanne! Este aqui, você vai conhecer Moçambique sem sair do sofá. A leitura é espetacular. Beijo!
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