Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão? Hoje é dia de falar sobre livros que li, mas não gostei. Vem conferir!
LIVROS NACIONAIS QUE NÃO CURTI.
Alguns livros da literatura brasileira contemporânea me exigiram mais do que atenção — exigiram resistência. Não foram exatamente lidos; foram suportados. Há obras que, ao invés de se abrirem ao leitor, parecem desafiá-lo a permanecer acordado, como se a literatura fosse um teste de paciência disfarçado de arte. São narrativas que se prometem profundas, mas mergulham em poças rasas, onde nuvens são descritas em parágrafos eternos e as metáforas botânicas brotam sem raiz, sem aroma, sem fruto. Personagens atravessam páginas inteiras sem pulsar — vivos apenas no papel, mortos no que importa.
A sensação é a de folhear a bula de um calmante: o olho se estreita, o espírito se dispersa. Mas o leitor segue, por respeito, por teimosia ou por aquela estranha culpa de abandonar o que dizem ser "grande literatura". Alguns confundem morosidade com profundidade; outros, com orelhas bem escritas, tentam nos convencer de que o vazio é virtude — e muitos aplaudem. Pois é: às vezes, chamar um livro de CHATO é um gesto de cuidado. De carinho pelo tempo, pelo idioma, por essa chama que ainda queremos sentir ao virar uma página.
Sim, o gosto é pessoal. E todo livro tido como insuportável terá seus defensores fiéis. Justamente por isso, apontar o enfado é um serviço à honestidade: revela a distância entre o prestígio e o prazer. Há livros que não nasceram para leitores, mas para premiações. Obras que miram troféus e erram o coração. E, no fim, não são tragédias — são apenas belos fracassos.
Lê-los? Talvez. Repeti-los? Aí já é castigo. A beleza da literatura pode estar no que se cala, no que se insinua. Mas há textos que não dizem nem isso — e ainda assim colecionam interpretações. Quem sabe estejam certos. Ou talvez tenham lido apenas a contracapa, com a concentração de quem busca sentido onde só há estilo. Iniciarei minha crítica com um livro redigido não há muito — para ser mais exato, no auspicioso ano de 2023, quando os ventos da modernidade ainda sopravam com vigor sobre as páginas da literatura nascente.
ESPELHOS, de Ademir Assunção, apresenta-se como uma coleção de microcontos e epigramas que se propõe a capturar o insólito do cotidiano, mas frequentemente tropeça na própria promessa. O livro, recheado de fragmentos verbais que pretendem ser relíquias, acaba por se transformar em um relicário de repetições previsíveis, onde o inusitado se dilui em banalidades revestidas de ironia forçada.
As ilustrações de Sandro Saraiva, que poderiam dialogar com o texto e ampliar suas camadas de significado, muitas vezes ficam à margem, como acessórios estéticos pouco mais que decorativos. A conjunção entre imagem e palavra, que poderia ser o motor da obra, limita-se a reforçar o óbvio, entregando uma experiência estética rasa e pouco instigante.
A escrita de Assunção parece apostar no sarcasmo e no nonsense como estratégias para evitar um envolvimento mais profundo, criando um humor que não provoca, mas anestesia. A brevidade, em vez de ser aliada da densidade, torna-se um artifício desgastado: frases lapidares que mais confundem do que iluminam, espelhos trincados que refletem pouco além do próprio gesto do autor.
Alguns textos brilham momentaneamente, esboçando esquetes de engenho — mas são faíscas isoladas, rapidamente apagadas pela repetição de fórmulas que se esgotam antes do leitor se conectar. O livro acaba por se perder em um jogo de espelhos que, em vez de multiplicar sentidos, oferece variações superficiais de um mesmo tema, reafirmando a mediocridade do formato curto quando não acompanhado de rigor ou novidade.
Ao final, ESPELHOS revela-se mais um inventário de recursos gráficos e estilísticos do que uma verdadeira erupção de sentido. A linguagem corre veloz, mas não impacta; o humor, quando presente, não fere nem questiona; e o experimentalismo, longe de romper fronteiras, se acomoda em lugares já conhecidos e pouco desafiadores. Uma obra que tenta ser um reflexo multifacetado do contemporâneo, mas que acaba, em grande parte, por refletir a insuficiência de suas próprias ambições.
Desta vez, voltei a 2006, para revisitar A CONFISSÃO, de Flávio Carneiro. Um título que promete revelação, mas entrega, sobretudo, clausura — não apenas da personagem feminina, presa à cadeira e ao silêncio, mas também do leitor, que se vê imobilizado por uma narrativa sem arestas, sem pausa, sem fôlego.
O homem fala. Fala como quem despeja, não confessa. Seu discurso serpenteia num monólogo sem interrupções, onde a mulher amarrada não é interlocutora — é cenário. E a ausência de capítulos, como grades em janelas, serve à construção de uma atmosfera asfixiante, onde o tempo não avança, apenas se repete. O romance não progride; revolve-se sobre o próprio eixo, como uma ideia fixa que não encontra desfecho.
Aqui, não há suspense, nem mistério. Há sim uma voz — única, reiterativa — que se alimenta de si, como Narciso diante do espelho. Literatura, desejo, solidão e frustração compõem o vocabulário recorrente do sequestrador, mas suas reflexões se mostram revestidas de um verniz que tenta ser profundidade, sem realmente mergulhar. Falta-lhe verdade; sobra-lhe pose.
O narrador não se transforma: ele se explica. E, ao fazê-lo, revela não o que sente, mas o que gostaria de parecer sentir. A erudição se impõe, forçada. O sentimentalismo, quando emerge, soa como performance. Tudo serve ao propósito de sustentar a fala, e nada rompe o silêncio do outro — a mulher, ausente de qualquer gesto ou palavra, permanece imutável, figurando apenas como ponto cego da narrativa.
Ao final, o que se lê não é uma confissão, mas uma vitrine de linguagem. A tentativa de domínio do autor sobre a forma se sobrepõe à organicidade do enredo. E quem acaba sequestrado, de fato, é o leitor — enredado numa voz que gira sobre si mesma, sem jamais escapar do próprio labirinto.
Sobre CARNE FRACA, de Rafael Caputo (2020), o título já antecipa a inclinação: fragilidade, impulso, matéria exposta.
A narrativa nasce de um triângulo — professor de informática, sua companheira, uma corretora de imóveis. Três vértices que sustentam uma geometria instável, traçada por ciúmes, ruídos emocionais e explosões que não brotam do silêncio, mas de uma dramaturgia já montada.
O romance se deseja psicológico, quer mergulho, tensão íntima. Mas tropeça na superfície — e não por falta de esforço, e sim por excesso. Cada personagem parece ciente de sua função no tabuleiro: eles se explicam, se justificam, se posicionam. Falam para o leitor, não entre si. O que poderia ser intensidade, vira caricatura.
A estrutura aposta em reviravoltas e finais múltiplos — mas ao invés de surpreender, esgota. O efeito não é de profundidade, mas de fadiga. A linguagem, ainda que objetiva, gira em torno de repetições que mais sublinham o já sabido do que revelam o não dito. A tentativa de naturalidade nos diálogos se esvai — são falas que não nascem da boca, mas do papel.
Caputo tenta mapear relações tóxicas, territórios afetivos desgastados. Mas o que poderia ser uma cartografia do humano, se torna um desfile de tipos — todos gritando a mesma dor programada. Não há fissura real, só ruído. E mesmo a alternância de perspectivas não ilumina novas faces: apenas ecoa o mesmo lamento, como se a disfunção fosse o único idioma possível.
Quando enfim chegam os finais alternativos, o impacto é mínimo — não há mais fôlego, nem surpresa. O romance se encerra onde começou: na superfície de um drama que prometia abismo, mas ofereceu espelho — refletindo apenas o gesto de sua própria encenação.
Em O SOL SE PÕE EM SÃO PAULO (2007), escrito por Bernardo Carvalho ergue um romance que não apenas deseja contar uma história — deseja também ser lido como gesto de linguagem, como arte que se sabe arte. O ponto de partida é promissor: um publicitário em ruínas, alquebrado entre o esgotamento de sua vida afetiva e o descompasso com a própria relevância profissional, recebe de uma idosa japonesa uma proposta insólita — reconstruir, por meio da ficção, um amor vivido à sombra da Segunda Guerra, nas terras discretas do Japão.
Mas o que poderia ser travessia emocional ou escavação silenciosa da memória, transforma-se em um campo de enunciação autorreflexiva, onde tudo parece desejar significar mais do que sentir. A estrutura do livro, que alterna passado e presente, Japão e São Paulo, ficção e metanarrativa, exibe uma precisão formal que impressiona, mas não pulsa. É uma arquitetura literária de linhas retas demais para conter o tremor da existência.
Carvalho aposta no espelhamento: o narrador que escreve sobre a dor de outros, mas que, ao fazê-lo, revisita — ainda que sem confessar — os escombros da própria identidade. No entanto, essa busca de reinvenção esbarra numa prosa que, a cada página, lembra o leitor de sua intenção. A ficção se torna explicação; a narrativa, ensaio. E os personagens, antes de serem carne, são ideia — conceitos ambulantes que verbalizam o que deveriam apenas viver.
Há beleza, sim. Há inteligência. Mas há também um cansaço. A ambição estética do livro, sua vontade de ser lido como reflexão profunda sobre alteridade e criação, termina por sufocar a vida que poderia ter. O narrador não caminha com os fatos: ele os organiza. Não vive a dor: ele a administra.
Ao final, o romance não erra por falta de forma, mas por excesso de consciência. Ele se dobra sobre si, como quem teme que o silêncio não seja entendido. E com isso, o que resta é um livro que nos diz muito — mas nos toca pouco. Como um entardecer observado por detrás do vidro: lindo, mas intocado.
Em VIDAS PROVISÓRIAS (2013), Edney Silvestre constrói um romance sobre exílios — não apenas geográficos, mas íntimos, afetivos, históricos.
Dois brasileiros, deslocados em tempos distintos, orbitam em torno de uma ausência que os iguala: a impossibilidade de âmbito. De um lado, um jornalista silenciado pela ditadura, perdido entre os invernos suecos e as lembranças do país que o expulsou. De outro, uma jovem estudante dos anos 1990, tentando sobreviver nos interstícios da legalidade americana, agarrada ao que ainda não foi destruído pela urgência de permanecer viva.
A proposta é clara, e nobre: narrar a ferida do deslocamento, o cansaço de não caber. Mas o que poderia ser matéria viva, latente, por vezes se apresenta revestido demais — como se a dor precisasse ser explicada, como se a literatura só fosse possível através do enunciado. As alternâncias de tempo e espaço, embora organizadas com precisão, operam mais como costura visível do que como fluxo narrativo orgânico.
Há um peso de intenção que atravessa o texto: tudo parece desejar ser importante, cada fala quer ressoar, cada imagem precisa significar. Mas essa vontade de densidade acaba produzindo o efeito inverso — o leitor sente o esforço, mas raramente o abalo. Os diálogos explicam o que o silêncio talvez dissesse com mais contundência. As reflexões, por mais sinceras, não escapam do já dito, do já sentido.
Os personagens, ainda que traçados com clareza, caminham menos por desejo do que por função. Eles existem para mostrar, não para se perder. E assim, a narrativa oscila entre o documento e a crônica, entre o testemunho e a dramaturgia, sem jamais se dissolver inteiramente em nenhum dos dois.
Ao fim, VIDAS PROVISÓRIAS é um romance que quer ser necessário — e talvez seja, em sua intenção de memória e denúncia. Mas na tentativa de mostrar a gravidade do exílio, por vezes esquece que o que nos toca na literatura não é o que se afirma com peso, mas o que se insinua com leveza. É o que se cala que permanece.
O CÉU PARA OS BASTARDOS (2023), de Lilia Guerra, é um desses livros que nascem do chão — e talvez por isso mesmo, aspiram o céu.
Sá Narinha, narradora de fala solta e memória ferida, retorna ao seu território — o Fim-do-Mundo — para, a partir de um velório, puxar os fios de uma história coletiva feita de precariedade, perda e pequenos afetos. Não há enredo fechado, mas um acúmulo de fragmentos, como se cada lembrança fosse um tijolo colocado com raiva e ternura no muro da existência.
A intenção é clara, quase sagrada: dar voz a quem não teve. Denunciar, com o calor da oralidade, o que a literatura SÉRIA tantas vezes silenciou. Mas o gesto, embora necessário, nem sempre encontra sua medida poética. A tentativa de captar o falar das ruas resvala, por vezes, na caricatura — e o que era para ser naturalidade escapa em construções que soam ensaiadas, repetidas como um refrão que perdeu o susto.
Os personagens, mais do que pessoas, são figuras: a mãe incansável, o menino perdido, a vizinha que vê tudo. Eles existem, sim — mas presos ao que representam. Falta-lhes o gesto inesperado, o silêncio que desconcerta. E a estrutura fragmentada, que poderia ecoar o quebranto da vida real, acaba funcionando mais como vitrine de cenas do que como fluxo de transformação.
Há uma beleza bruta na proposta — e há verdade. Mas também há uma urgência que atropela a elaboração. A obra quer muito: ser denúncia, ser retrato, ser documento. Mas no esforço de dizer tanto, às vezes deixa de escutar o que o próprio texto poderia sussurrar. A empatia existe, mas não escava. A dor é visível, mas permanece na superfície.
Ao fim, o livro é colagem: de intenções nobres, de vozes necessárias, de memórias maltratadas. E, mesmo com suas falhas, insiste em existir — o que, por si só, já é um ato político. Porque o céu, afinal, pode não ser dos perfeitos — mas talvez, sim, dos bastardos.
Há livros que não se lêem apenas com os olhos: é preciso atravessá-los com silêncio, atenção e uma espécie de paciência íntima. ANATOMIA DO PARAÍSO, de Beatriz Bracher, é um desses livros. Mas nem todo mergulho, por mais fundo, encontra água.
Três vozes se revezam — Félix, Vanda, Maria Joana — compondo um mosaico confessional onde o desejo e a culpa, a carne e a palavra, desenham um mapa imperfeito da condição humana. A inspiração em Paraíso Perdido, de John Milton, é mais do que citação: é o eixo simbólico que sustenta a ambição do texto — anatomizar as falhas, redesenhar o Éden a partir das ruínas.
A prosa, no entanto, caminha com uma gravidade que nem sempre se justifica pela emoção. As vozes, embora distintas no papel, por vezes se enredam em uma introspecção densa demais, como se cada personagem carregasse o peso de um discurso antes mesmo de ter um gesto. A linguagem é precisa, mas milimetrada — cada frase parece ter passado por um filtro de vigilância estética que, embora bonito, por vezes suprime o desvio, o acaso, a vida.
Bracher escreve como quem pensa alto em câmera lenta. O leitor é convidado a acompanhar esse pensamento — mas mais como testemunha do que como cúmplice. As digressões sobre corpo, fé, literatura, dor, operam como espelhos de uma mente em combustão controlada. E o romance, embora estruturalmente sólido, reverbera os mesmos passos: repete, reexplica, reencena, como se temesse que o não dito fosse mal interpretado.
Há cenas de violência e erotismo que, ainda que narradas com cuidado, não se desprendem da abstração. Elas existem mais como metáfora do que como impacto. E os personagens — esses corpos que querem tanto dizer — às vezes pairam num território onde a dor é teoria, onde a linguagem se interpõe como filtro, não como instrumento de revelação.
ANATOMIA DO PARAÍSO quer ser escuta e dissecação, revelação e forma. Mas, em muitos momentos, parece disfarçar uma certa hesitação existencial com o manto da erudição. Ao final, o romance permanece como uma peça de câmara intelectual: é mais obra para ser lida com lápis na mão do que com o coração desprotegido.
Não se trata de um livro que falha — trata-se de um livro que, ao tentar ser inteiramente lúcido, esquece que todo paraíso, mesmo perdido, precisa de um pouco de delírio para existir.
Cheguei ao fim desta travessia, e deixo aqui uma última reflexão, um tanto incômoda, talvez necessária.
As mulheres, tantas vezes marginalizadas nos corredores da tradição literária, hoje ocupam com firmeza o centro da cena. E, se é verdade que muitas vezes escrevem com mais sutileza, mais escuta, mais alma do que muitos homens, também é verdade que ninguém está a salvo do tropeço. A perfeição — essa quimera com nome de exigência — não se cumpre, nem deve. Porque tudo o que fazemos carrega falha, rasura, limite. E é nesse intervalo entre a ambição e o erro que nasce o que há de mais humano na arte.
Minhas obras — estas modestas criações que surgiram das profundezas da minha mente inquieta — são, para mim, testemunhos irrefutáveis do que afirmei anteriormente. Enxergo nelas uma forma de perfeição bizarra, não por estarem isentas de imperfeições — pois sei bem que nelas se ocultam falhas, lacunas narrativas e, quem sabe, até tropeços gramaticais — mas porque nelas reside algo mais precioso: minha essência. São frutos do meu labor e da minha imaginação, e por isso mesmo, envolvo-as com amor genuíno, ainda que, sob o crivo crítico de muitos leitores, possam ser consideradas desprovidas de mérito literário. Ou seja, para muitos leitores meus livros são uma porcaria.
Costumo dizer, com a firmeza de quem contempla o mundo através de lentes mais amplas, que não existe livro verdadeiramente ruim. O que há, de fato, são obras que, por motivos múltiplos e insondáveis, não ressoam com determinados leitores. Todavia, sempre haverá alguém, em algum canto do vasto labirinto humano, que encontrará beleza justamente naquilo que outro rejeitou. E assim caminha a existência — entrelaçada em gostos díspares, opiniões divergentes e amores inesperados. Caso haja interesse, posso elaborar uma segunda parte, uma vez que ainda há livros que poderiam integrar esta lista. No entanto, optei por deixá-los de fora, por ora. É isso! Até a próxima!
Olá
ResponderExcluirNão li nenhum desses livros. Aliás, leio pouca literatura brasileira contemporânea. Suas críticas são bem feitas, ainda que eu não tenha os tenha lido. Ao contrário de você, não "suporto" nenhum livro, eu largo pra lá sem dó e sem piedade.
abraços
Oi, Eduardo! Não o censuro por isso, afinal, é comum que a maioria dos leitores interrompa a leitura de obras que não lhes despertam interesse. No meu caso, além de leitor, também sou escritor — e, por essa razão, procuro exercer maior tolerância diante de livros que não me cativam plenamente, pois compreendo, por experiência própria, o árduo ofício de escrever. Raramente abandono um livro iniciado, mas tampouco volto a relê-lo, caso não tenha me tocado de forma significativa. Abraço!
ExcluirOi Luciano, tudo bem?
ResponderExcluirNão li nenhum dos livros que você citou, mas entendo perfeitamente seu ponto. Gostei da sua análise e confesso que também estou no time que termina a leitura iniciada, mesmo que não esteja agradando. Prefiro ter a certeza que foi completamente ruim em vez de abandonar uma leitura que se tornaria boa nos capítulos mais a frente.
Até breve;
Helaina (Escritora || Blogueira)
https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)
Oi, Helaina! Encontro-me bem, e almejo que o mesmo se aplique a ti. É bom saber que apreciaste a postagem. Não é incomum que certas obras literárias, cujo início possa parecer destituído de vigor ou encanto, revelem, com o progresso das páginas, uma complexidade crescente que culmina em desfecho deveras envolvente. A meu ver, tal impressão inicial se dá, muitas vezes, em virtude das expectativas desmedidas que o leitor deposita sobre a obra antes mesmo de nela adentrar. Quando tais projeções não se cumprem, o peso da decepção recai com redobrada intensidade. Seria, talvez, prudente — quiçá necessário — que se instaurasse entre os leitores uma espécie de código tácito: o de permitir que cada livro se revele por si mesmo, livre do fardo antecipado da expectativa. Não é mesmo? Abraço!
ExcluirDeu gosto de ler esse texto e você mostrando porque cada livro é ruim, mostrando suas falhas com muita verdade. Não li nenhum dos livros citados, mas gostei das resenhas que escreveu sobre cada um.
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Valeu meu amigo. Boa semana. Abraço!
ExcluirSuas obras não são porcarias. Eu já li vários ebooks seus e gostei muito. Entre eles, os que marcaram mais foram "Reflexões da Vida", "Desamante", "Bagulhao" e "Elo".
ResponderExcluirNão sei porque escreveu isso. Mas saiba que eu gostei do que li. Assim como leio você, leio muitos outros.
Um abraço
Obrigado Fabiano, mas por vezes tenho essa impressão, talvez equivocada de minha parte, mas talvez possa não ser só uma impressão distorcida de minha parte. Vai saber, né?! Em todo caso, é bom saber que você gostou de algumas obras criadas por mim. Um abraço!
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