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Mostrando postagens de maio, 2025

Até Logo Mais!

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  ATÉ LOGO MAIS! Hoje, venho com o coração envolto em silêncio, não para dizer adeus, mas para anunciar uma pausa. No dia 09 deste mês, sigo viagem. Um percurso  necessário, conduzido pelo trabalho, mas igualmente orientado por algo maior — esses chamados que não podemos ignorar quando a vida nos sussurra com firmeza. Estarei ausente deste blog por algum tempo. Estimo que dois, talvez três meses. Mas não encarem esse intervalo como ausência — vejam-no como um recolhimento. Um tempo de escuta, de aprendizado, de entrega. Assim como a terra precisa do inverno para florescer na primavera, também as palavras precisam repousar, para depois renascer com mais Luz, ou trevas, vai saber. Convido vocês a revisitarem os textos que já foram deixados aqui — cada um deles é um pequeno altar, um respiro, uma possibilidade de reencontro com algo maior. Às vezes, o que foi escrito há tempos carrega agora uma resposta que antes não sabíamos ...

Livros Nacionais Que Não Curti

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de falar sobre livros que li, mas  não gostei. Vem conferir! LIVROS NACIONAIS QUE NÃO CURTI. Alguns livros da literatura brasileira contemporânea me exigiram mais do que atenção — exigiram resistência. Não foram exatamente lidos; foram suportados. Há obras que, ao invés de se abrirem ao leitor, parecem desafiá-lo a permanecer acordado, como se a literatura fosse um teste de paciência disfarçado de arte. São narrativas que se prometem profundas, mas mergulham em poças rasas, onde nuvens são descritas em parágrafos eternos e as metáforas botânicas brotam sem raiz, sem aroma, sem fruto. Personagens atravessam páginas inteiras sem pulsar — vivos apenas no papel, mortos no que importa. A sensação é a de folhear a bula de um calmante: o olho se estreita, o espírito se dispersa. Mas o leitor segue, por respeito, por teimosia ou por aquela estranha culpa de abandonar o que dizem ser "grande literatura". Alguns confund...

Sobre Minha Mente Inquieta

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de reflexão por aqui! Vem conferir! Um Liquidificador Dentro Da Minha Cabeça. Tem dias que acordo com um barulho que não vem da rua, nem do vizinho que tosse como se o pulmão fosse protesto. Vem de dentro. Um zunido. Um grito rotativo. Um liquidificador dentro da minha cabeça. Sem tampa. O pensamento, coitado, vai girando no eixo do delírio cotidiano. Mistura o que não deveria ser misturado: contas atrasadas, infância perdida, cheiro de café com tristeza de segunda-feira. A memória, essa traidora filha da puta, despeja lembranças sem perguntar se estou preparado. E lá vai a saudade do meu pai, o som da máquina de costura da minha mãe, o silêncio da casa quando todos ainda moravam nela. Tudo gira. Gira. Gira. E eu, no centro da cozinha mental, tentando alcançar o botão de desligar. Mas o mundo não espera. O relógio não espera. Nem o motorista do ônibus, nem o cara do aplicativo do Uber, nem a ansiedade que bate ponto...

Resenha: A Flecha Negra

LIVRO: A FLECHA NEGRA ANO DE LANÇAMENTO: 1986 AUTOR: ROBERT LOUIS STEVENSON EDITORA: PORTUGÁLIA NÚMERO DE PÁGINAS: 184 CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆ Sinopse: O temerário mas inexperiente Richard Shelton, que em nome da justiça e da lealdade se lança até no mais desigual dos combates, é o herói desta aventura. A ação de “A Flecha Negra”, a obra de Robert Louis Stevenson que começou por ser publicada em folhetim em 1883, decorre nos primeiros anos da Guerra das Duas Rosas, um conflito pelo domínio territorial e pela sucessão ao trono que colocou em confronto as casas inglesas de York e Lancaster. Uma guerra, em pleno século XV, feita de frágeis e pouco duradouras alianças entre as mais influentes famílias do país.  Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de resenha por aqui! Vem conferir! Publicado originalmente em 1888, A Flecha Negra, de Robert Louis Stevenson, é uma obra frequentemente ofuscada pelos clássicos mais populares do autor, como A Ilha do Tesouro ...

Sobre Ateus, Deístas E O Cosmos

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de reflexão por aqui! Vem conferir! Sobre Ateus, Deístas e o Cosmos. Há quem ande por aí com respostas prontas no bolso, como quem carrega balas de hortelã. Basta uma pergunta sobre o universo e eles despejam teorias com a segurança de um carteiro em bairro conhecido. Mas nem todo mundo carrega mapas. Há os que apenas caminham, com os olhos voltados para o céu, deixando as perguntas flutuarem como satélites sem rumo. Entre os deístas, há quem se agarre a uma ideia reconfortante: a de um criador engenhoso, que fez o universo e depois se afastou, talvez para cuidar de outros projetos. Já os ateus, em sua maioria, preferem encarar a vastidão cósmica como um enigma sem chave, sem mestre de cerimônias, sem roteiro definido. E eis aí uma verdade que se recusa a se esconder: ninguém sabe exatamente o porquê de estarmos aqui. Se o universo sempre existiu ou se brotou do nada, feito poesia de madrugada, são perguntas que nem...

Poema: Gostar de Você

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de poema por aqui. Vem conferir! Poema: Gostar de Você  Gostar de você essa doçura maldita que se aloja nas frestas da alma como um amor antigo. É como ouvir a mesma música triste, sabendo onde dói, e ainda assim, ajoelhar diante da repetição. Teu nome entra pelos ouvidos, desce lento pelo fígado, e quando dou por mim já estou embriagado de novo nessa febre que você chama de presença. Não é amor. Nunca foi. É um tipo de vazio que vicia. Um hábito imoral, feito cigarro na madrugada fria: mata, mas aquece por instantes. E é nesse instante que a gente se agarra como quem se recusa a cair. Você é melodia bizarra, dessas que chegam quando o silêncio já era abrigo. Vai infiltrando, úmida, rançosa, até que tudo em mim é você e já não sei onde termina a tua ausência e começa a minha desgraça. A gente dança como quem sangra tentando caber. Tua pele encosta, mas não acolhe. Tua pupila afunda, mas não vê. Só espreita. Por...

A Ilusão do Próximo Passo

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de reflexão por aqui! Vem conferir! A Ilusão do Próximo Passo. Por alguém que ainda procura (como todos nós). Nada do que se manifesta neste palco de aparências nos entrega aquilo que esperamos com tanta fome. E talvez esteja aí a cilada silenciosa da existência: acreditamos que o mundo visível é capaz de nos redimir. Trocamos o essencial pelo tangível. Depositamos promessas em vitrines, em toques, em relações, em troféus compráveis. E então esperamos, ingênuos, que cada objeto, cada instante maquiado, cada conquista vazia nos devolva o que nem sabíamos ter perdido. Vivemos como quem caminha num labirinto com olhos vendados, achando que a próxima esquina revelará o tal sentido. Mas é tudo encenação. Um teatro raso de vendedor que, com palavras doces, nos vende ilusões bem embaladas: um cartão dourado, um gole envelhecido, um corpo passageiro — tudo isso nos é entregue como se trouxesse dentro o mapa da felicidade. M...

Resenha: Mundo Perfeito

LIVRO: MUNDO PERFEITO ANO DE LANÇAMENTO: 2024 AUTOR: RICARDO CANGEMI EDITORA: AMAZON NÚMERO DE PÁGINAS: 132 CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆ Sinopse: Em um mundo perfeito, no qual a droga mais viciante, consumida e desejada são os livros, Adamastor exerce a atividade mais rentável, então : a de traficante de livros. Ficção científica. Distopia Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de resenha por aqui! Vem conferir! Imagine um mundo em que a substância mais viciante não seja a nicotina, o álcool ou qualquer entorpecente sintético — mas sim os livros. Em Mundo Perfeito, Ricardo Cangemi concebe uma distopia literária que, à primeira vista, assemelha-se a um paraíso para bibliófilos, mas cuja premissa logo revela contornos inquietantes. Nesse universo, o prazer da leitura transforma-se em dependência, e o mercado editorial assume contornos de tráfico, lucro ilícito e controle social velado. No cerne dessa narrativa está Adamastor, um traficante de livros. Em uma socied...

Sobre O Prêmio Kindle De Literatura

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de falar sobre o prêmio Kindle de Literatura por aqui! Vem conferir! Sobre O Prêmio Kindle De Literatura:  A força do romance na literatura independente: reflexões a partir dos vencedores do Prêmio Kindle. O Prêmio Kindle de Literatura, promovido pela Amazon Brasil, celebra anualmente a excelência de autores independentes nacionais que publicam romances inéditos via Kindle Direct Publishing. Em suas nove edições, o prêmio destacou 40 finalistas e premiou obras de grande diversidade temática, que vão do drama psicológico à crítica social, explorando nuances da cultura brasileira com profundidade e originalidade. Os vencedores de cada edição ilustram a riqueza dessa produção literária: 1. Machamba, de Gisele Mirabai, inaugura a premiação com uma narrativa introspectiva e existencial sobre identidade e ancestralidade. 2. O Memorial do Desterro, de Mauro Maciel, mistura melancolia e mistério em uma viagem ao passad...

Resenha: Dono Do Meu Coração

LIVRO: DONO DO MEU CORAÇÃO  ANO DE LANÇAMENTO: 2024 AUTORA: ROSEMARY MARTINS  EDITORA: AMAZON NÚMERO DE PÁGINAS: 132 CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆ Sinopse: Conhecida como a garota do campo. Helen vive tranquila na Fazenda da família, dedicando sua vida a cuidar da fazenda e dos animais, deixando de lado sua vida social. Isto porque o coração de Helen, pertence aos animais, e nada a fará entregá-lo novamente a alguém. Pois ele foi "roubado", há muito tempo. Mas quando seus primos vão passar uns dias na Fazenda, e levam com eles dois amigos. David e Alex. Helen terá de repensar o modo de vida que escolheu e confrontar os segredos do passado. Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de resenha por aqui! Vem conferir! Em Dono do Meu Coração, Rosemary Martins apresenta ao leitor uma narrativa sensível e intimista, centrada na trajetória de Helen, uma jovem cuja alcunha — "a garota do campo" — revela não apenas seu cenário cotidiano, mas também a simplici...