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PORQUE AINDA EXISTEM PESSOAS QUE DUVIDAM DA EXISTÊNCIA DIVINA?

Olá caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de reflexão por aqui. Vem conferir. PORQUE AINDA EXISTEM PESSOAS QUE DUVIDAM DA EXISTÊNCIA DIVINA? Um peixe fora d’água? Besteira. Morre na hora, afoga no ar seco como um bêbado que esqueceu onde deixou a garrafa de caipinha. E a gente? Existir sem Deus? Pra mim, todo dia é a mesma coisa — impossível. Mas claro, sempre tem uns malucos que gostam de duvidar do que é mais claro que o sol na cara de um condenado. Seguimos nessa merda, então. Alguns astrônomos, como Robert Jastrow, um agnóstico, e Hugh Ross, que abraça a fé cristã, não têm medo de dizer que as evidências apontam para a possibilidade de que Deus tenha dado o primeiro empurrão em tudo isso. Os cientistas, com suas ferramentas e métodos, descobriram que o Universo não sempre existiu – ele teve um começo. E muitos cosmólogos ficam perdidos quando tentam explicar como tudo começou com o Big Bang, alguns até veem isso como um sinal de que algo divino está no c...

Resenha: A Flecha Negra

LIVRO: A FLECHA NEGRA

ANO DE LANÇAMENTO: 1986

AUTOR: ROBERT LOUIS STEVENSON

EDITORA: PORTUGÁLIA

NÚMERO DE PÁGINAS: 184

CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆



Sinopse: O temerário mas inexperiente Richard Shelton, que em nome da justiça e da lealdade se lança até no mais desigual dos combates, é o herói desta aventura. A ação de “A Flecha Negra”, a obra de Robert Louis Stevenson que começou por ser publicada em folhetim em 1883, decorre nos primeiros anos da Guerra das Duas Rosas, um conflito pelo domínio territorial e pela sucessão ao trono que colocou em confronto as casas inglesas de York e Lancaster. Uma guerra, em pleno século XV, feita de frágeis e pouco duradouras alianças entre as mais influentes famílias do país. 



Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de resenha por aqui! Vem conferir!



Publicado originalmente em 1888, A Flecha Negra, de Robert Louis Stevenson, é uma obra frequentemente ofuscada pelos clássicos mais populares do autor, como A Ilha do Tesouro ou O Médico e o Monstro. No entanto, essa narrativa ambientada durante a Guerra das Duas Rosas revela-se, ao olhar atento, uma joia literária que articula ação, questionamento ético e densidade histórica com surpreendente maturidade.

Acompanhamos a jornada de Richard Shelton, um jovem nobre cuja existência, antes pautada por fidelidades herdadas e verdades não questionadas, passa por um processo de ruína e reconstrução. É nesse percurso que Stevenson propõe mais do que uma aventura medieval: ele oferece um ensaio sobre as contradições morais que emergem quando o homem é lançado à complexidade do mundo.

A presença da misteriosa Flecha Negra — grupo de justiceiros que se insurge contra a corrupção e os abusos do poder — dá à narrativa um contorno quase simbólico: não se trata apenas de uma luta armada, mas de uma guerra contra as certezas fáceis. A violência aqui é instrumento de crítica; a ação, veículo de reflexão.

Stevenson, com sua prosa cuidadosa, constrói cenários densos de atmosfera: castelos em ruínas, florestas cerradas pela névoa e emboscadas noturnas que dialogam mais com o estado psicológico dos personagens do que com a lógica de um enredo linear. Há ritmo, sim, mas também há pausa — e nas pausas, mora a angústia da escolha.

O desenvolvimento dos personagens é outro mérito da obra. Richard, em especial, amadurece não como herói tradicional, mas como sujeito em conflito. Já Joanna Sedley, a figura feminina central, revela-se surpreendente: dotada de inteligência e coragem, ela escapa dos papéis convencionais a que as mulheres eram reduzidas tanto no contexto histórico quanto na literatura da época.

Embora escrito no século XIX e direcionado inicialmente ao público jovem, A Flecha Negra possui camadas que falam ao leitor adulto e contemporâneo — especialmente àquele interessado nas junções entre literatura e História, moralidade e poder. A linguagem, ainda que arcaica em alguns trechos, não pesa: antes, contribui para a ambientação e o tom grave da narrativa.

Em resumo, trata-se de uma obra subestimada que merece ser resgatada. Mais do que um romance de época ou um conto de bravura, A Flecha Negra é um chamado à reflexão sobre os tempos de crise — os da Inglaterra medieval, e os nossos. Stevenson não apenas entretém: ele nos convida a pensar. É isso! Até a próxima!



Comentários

  1. Conheço O Médico e o Monstro(não li o livro mas vi o filme de 1941) e A Ilha do Tesouro (este meu filho leu ano passado indicado pela escola) mas esse de fato, não tinha ouvido falar.

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    1. A Flecha Negra é um livro bastante desconhecido de Stevenson, muitos o subestimam até. Se tiver oportunidade não deixe de lê-lo. Abraço!

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  2. Oi Luciano, tudo bem? Não fazia ideia de quem era o autor até você citar as duas obras mais famosas dele. Apesar de não ter lido nenhuma das duas, as conheço. Pela sua resenha parece se uma história interessante e me chamou a atenção a mulher ser retratada fora do papel convencional da mulher na época. Vou manter a dica em mente.

    Até breve;
    Helaina (Escritora || Blogueira)
    https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
    https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)

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    1. Oi, Helaina! Estou bem e espero que você também se encontre em ótimo estado. Caso tenha a oportunidade, recomendo a leitura — é possível que aprecie tanto quanto eu apreciei. Abraço!

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  3. Oi!
    Acho bem legal quando leituras funcionam bem para mais de um público específico, são leituras boas para recomendar para qualquer pessoa.

    https://deiumjeito.blogspot.com/

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    1. Oi, Giovana! Sim certamente. Este aqui, agradou-me bastante. Abraço!

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