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Sobre Americano E O Complexo De Vira-Lata!

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de reflexão por aqui! Vem conferir! Sobre Americano E O Complexo De Vira-Lata! O termo AMERICANO é frequentemente utilizado de maneira abrangente para designar todos os habitantes do continente americano. Contudo, de forma estritamente técnica, os indivíduos nascidos nos Estados Unidos são, de fato, denominados ESTADUNIDENSE. Essa sutil, mas crucial distinção é de suma importância, pois propicia um reconhecimento da pluralidade de povos e culturas que compõem as Américas. Após o falecimento de meu pai, quando tinha 17 anos me vi forçado a residir nos Estados Unidos por um período de um ano e oito meses. Iniciei meus estudos em uma faculdade de astronomia, todavia, acabei abandonando o curso, uma vez que não consegui me harmonizar com aquele país tão soberbo, onde muitos se consideram o ápice do universo. Durante minha estadia, acomodei-me na residência de meu tio, o irmão de meu pai, que também partira naquele ano t...

Sobre Americano E O Complexo De Vira-Lata!

Olá, caros leitores e caríssimas leitoras! Como estão?  Hoje é dia de reflexão por aqui! Vem conferir!



Sobre Americano E O Complexo De Vira-Lata!



O termo AMERICANO é frequentemente utilizado de maneira abrangente para designar todos os habitantes do continente americano. Contudo, de forma estritamente técnica, os indivíduos nascidos nos Estados Unidos são, de fato, denominados ESTADUNIDENSE. Essa sutil, mas crucial distinção é de suma importância, pois propicia um reconhecimento da pluralidade de povos e culturas que compõem as Américas.

Após o falecimento de meu pai, quando tinha 17 anos me vi forçado a residir nos Estados Unidos por um período de um ano e oito meses. Iniciei meus estudos em uma faculdade de astronomia, todavia, acabei abandonando o curso, uma vez que não consegui me harmonizar com aquele país tão soberbo, onde muitos se consideram o ápice do universo. Durante minha estadia, acomodei-me na residência de meu tio, o irmão de meu pai, que também partira naquele ano trágico, um ano que alterou irrevogavelmente o curso da minha existência. Sem dúvida, se houvera permanecido naquela terra, talvez tivesse logrado acesso à NASA.

Não raras vezes, ouço jornalistas e a mídia em geral referirem-se aos habitantes dos Estados Unidos como AMERICANOS. O que, de fato, confere a um país o direito de se considerar a única referência do vasto continente? Essa arrogância, aliada à autoconfiança de um povo que se entende como a nação suprema e única verdadeira, é, a meu ver, digna de reflexão. Os estadunidenses configuram-se como uma espécie de polícia moral do mundo, incumbidos de estabelecer o que é, de fato, a DEMOCRACIA.

Importa frisar que os estadunidenses classificam os países como DEMOCRÁTICOS em conformidade com seus próprios interesses. Por exemplo, a China é rotulada como uma ditadura, enquanto a Arábia Saudita é considerada democrática. Questões como fome, educação e saúde jamais foram prioridades na avaliação MORAL desses POLICIAIS globais.

Um problema adicional advém do conceito de COMPLEXO DE VIRA-LATA, uma expressão cunhada pelo dramaturgo Nelson Rodrigues para descrever a autodepreciação do brasileiro. Empregar a palavra AMERICANO para referir-se a quem nasce nos Estados Unidos, em vez de ESTADUNIDENSE, é um reflexo de um colonialismo estrutural. Nos países que foram colonizados, emerge uma burguesia, geralmente de ascendência branca, que menospreza seu próprio povo e anseia por se assemelhar ao colonizador, que, por sua vez, a despreza.

Ao utilizarmos AMERICANO,  desvalorizamos nossa própria identidade, bem como a referência geográfica, histórica e emocional que nos liga ao nosso lugar no mundo. Pessoalmente, busco transformar essa mentalidade, empenhando-me em utilizar ESTADUNIDENSE com maior frequência. Evidentemente, não é uma tarefa simples alterar anos de condicionamento.

Curiosamente, ao assistir a séries mais antigas dos EUA, sou confrontado com novas perspectivas sobre essa MORALIDADE. Contudo, o cenário global está em transformação, com a gradual perda de influência dos estadunidenses. Eles permanecem poderosos, mas já não detêm a hegemonia de outrora.

A China está se posicionando como a nação mais proeminente do futuro. Por detrás da fachada de uma ditadura (semelhante, em verdade, ao que ocorre em outros lugares), existe uma potência com uma história milenar de 4.000 anos, que já enfrentou inúmeros desafios.

O dilema dos estadunidenses é alimentado pelo Destino Manifesto, essa crença arraigada de que são o povo escolhido por Deus para governar o mundo. Tal mentalidade contribuiu para o ascenso de figuras como Netanyahu e Mobutu, que semearam caos e desordem em diversas nações, inclusive em nosso próprio país. E ainda há aqueles que desejam importar essa democracia confusa e um sistema de saúde excludente, sem mencionar a escandalosa deficiência habitacional que resulta na marginalização de indivíduos que não conseguem arcar com seus custos.

Por fim, eles ainda se consideram heróis da Segunda Guerra Mundial, em virtude do Dia D, que, na minha concepção, correspondeu a um golpe de misericórdia em um tigre desdentado, visto que foram os russos que suportaram a maior parte do fardo desse conflito. Ou estarei eu a proferir uma inverdade?

Não obstante, é indiscutível que nunca nos desaprendamos de nossas origens, caro leitor e caríssima leitora. É isso! Até a próxima postagem!

Comentários

  1. Oi Luciano, tudo bem?
    Concordo demais com sua reflexão e tenho pavor de como os EUA se metem na política global e jugam democracias alheias como "os grandes poderosos". Me dá raiva.
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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    Respostas
    1. Oi, Priscila! Estou bem, obrigado! Pessoalmente não suporto os Estados Unidos e seu povo. A soberba deles é algo que impressiona. Beijo!

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  2. Pois é Lu,
    Fico só ouvindo as noticias e
    lendi as matérias e confesso que
    morro de medo não somente da confusão
    que eles causam, mas muito mais
    medo do mal que já fazem
    para o mundo todo.
    Maravilhosa essa sua reflexão
    rica.
    Bjins
    CatiahôAlc.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Catiaho! Pois é! É muito triste a soberba e a ganância deste país. E o pior muitos ainda puxam o saco deles (caso do Brasil e outros países) elevando arrogância deste povo sem noção. Beijo!

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