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Resenha: Os Malaquias

LIVRO: OS MALAQUIAS  ANO DE LANÇAMENTO: 2022 AUTORA: ANDRÉA DEL FUEGO EDITORA: COMPANHIA DAS LETRAS NÚMERO DE PÁGINAS: 200 CLASSIFICAÇÃO: ☆☆☆☆☆ Sinopse: Após perderem os pais, os irmãos Nico, Júlia e Antônio veem-se diante de nova realidade. O mais velho, ainda criança, passa a trabalhar na fazenda de um poderoso da região; a menina, por sua beleza, é adotada e levada para outra cidade; o caçula, um garoto que não cresce, é acolhido pelas freiras do orfanato. Separados ainda na infância, os três vão seguir diferentes caminhos, a um só tempo fantásticos e reais. A escassez de água, de amor e de unidade, que acompanha a família desde o raio que a originou, torna-se abundância à medida que as páginas do livro revelam novas e extraordinárias personagens ― freiras francesas, traficantes de bebês, espíritos ancestrais e pessoas que desaparecem no vapor de um bule a ferver ―, entremeadas por um vale mágico, despertado pela chegada de uma hidrelétrica à cidade de Serra Morena, onde pouco a pou

Resenha: A imortalidade da Morte - Poesias (in)conclusivas

Livro: A imortalidade da morte - poesias (in)cloncusivas
Editora: Amazon/Independente
Autor: Jair Cardoso

Sinopse:
Refletir sobre a Morte é um ato de coragem. Nessa obra, Jair Cardoso revela sua força ao tratar sem medo de um tema tão polêmico numa sociedade onde a vida confronta o morrer.
A Poesia da Morte poderá gerar Vida?
Confira os Poemas (In)Conclusivos para descobrir sua resposta.


Olá caro leitores e caríssimas leitoras, hoje eu trago para vocês uma obra poética. Quem é que gosta de livros de poemas e ou poesias? Eu particularmente amo esse tipo de leitura. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito desse livro do autor Jair Cardoso.


_O título  já é bem sugestivo e por si só, já torna o ambiente do leitor um complexo âmbito reflexivo, poético e sombrio. É possível ser bastante ousado e dizer que as poesias encontradas no livro são extremamente cítricas e viciantes e colidem com o interior do leitor, causando a morte, por dentro e por fora, enquanto o deixa num estado de imersão mórbida por refletir sobre as (in)conclusivas conclusões a que se chega._

_Mas, o que dizer sobre a morte vivenciada pelo poeta em suas poéticas? Há instantes em que o seu pensamento parece pausado, caracterizado por trechos como: "... é um jeito negativo de não viver / Que qualidade tenho, / mas que vivo a duvidar?"; e "... Meu corpo duramente se batia. / Acordar de imediato queria. / Mas Caronte continuava a navegar / e do seu barco impedia de o deixar..."; já em outros parece percorrer todas as cicatrizes da experiência do homem durante o processo da vida (in)contínua: " A língua e os olhos também geram / essa morte que açoita os que caminham..."._

_O poeta consagra a morte do homem moderno ao disparar, em algumas de suas poesias, a tecnologia como fonte de tal azar. Esses trechos poéticos remetem a (im)possibilidade do pensamento próprio, antes ainda feito pelo homem, agora morto como uma voz no infinito vazio do sentido. Como um Shakesperiano sombrio, ou até mesmo um aprendiz de Alan Poe, a voz do poeta vaga por uma existência triste e solitária, pouco ou nada conclusiva, até chegar a última ou primeira certeza, tão sedutora e fria quanto bela e, por que não dizer, terna: a imortalidade da morte._

_Uma personagem? Uma passagem? Um estado? Um delito? Quão grande és, Morte, tão infinita perto da (in)certeza da vida. Tão forte para deitar a existência, tão voraz para limitar a tal da ausência. O poeta, exausto e caído (mas ainda sim atrevido), carrega nos ombros a possibilidade do silenciar e a decisão do superar. Ainda lê e reflete para a vida sentir, e faz o leitor entender que é preciso pensar para uma morte a mais não causar._

_É triste mas verdadeiro. Soturno mas necessário. Conhece-se, dentre a verdadeira morte (a física), tantas outras que com a mesma capacidade, destroem e causam doloridas feridas na alma, na mente, no corpo (sem que alguém aguente). O leitor descobre que é necessário matar para que se morra em paz, (poeticamente narrando), e encontra, quem diria, fagulhas de esperança nessas (in)conclusivas poesias do poeta Jair Cardoso. No livro, a morte revela sua imortalidade em todas as suas versões e, de forma direta, conduz o leitor por um caminho que muitos se deparam diariamente, nem que seja em seus pensamentos mais tenros: É impossível viver sem morrer, mas extremamente possível morrer sem viver._

_O livro vale a indicação. As poesias são fortes e escritas por um poeta muito talentoso. O tema e as técnicas poéticas foram muito bem sustentado e utilizadas em todas as suas linhas._
Eu espero que tenham gostado da resenha e até a próxima.

Comentários

  1. Oi Luciano, hmmm, acho que não leria esses poemas, embora eu goste de obras poéticas, é que não é qualquer uma. Porém, gostei de conhecer um pouco mais desta obra e saber também o que achou dela!

    Beijos Mila

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    1. Oi, Camila que pena que você não goste de ler livros poéticos, de qualquer modo fica a dica. A obra é espetacular, beijos!

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  2. Que resenha maravilhosa!!!! Estou extasiado como você captou a essência do livro!!

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    1. Oi, Fernando! Que bom que gostou da resenha. O livro é perfeito. Um forte abraço!

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  3. Luciano! Agradeço a apreciação das poesias! Grande abraço!
    Jair Cardoso.

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  4. Oie, tudo bem?
    Não costumo ler obras poéticas e fiquei com vontade de procurar!
    Beijos
    www.somosvisiveiseinfinitos.com.br

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    1. Oi, que bom que ficou com vontade de procurar. Procure e leia a obra, irás amar a leitura. Beijos!

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  5. Oi
    que bom que gostou da obra, parecem ter belos textos, mas eu não sou uma pessoa muito chegada a ler poesia, normalmente as que leio é que alguns blogueiros costumam escrever.

    http://momentocrivelli.blogspot.com

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    1. Oi, Denise! Que pena que você não goste de ler poesia. Para os leitores que apreciam, essa obra é perfeita.

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  6. Não tenho tanta afinidade com poesia mas a minha sogra escreve poesias e isso me aproximou um pouco mais desse universo, apesar de ainda conhecer bem pouco. Gosto do tipo de escrita mais melancólico que aborda temas como a morte, acho que gostaria muito dessa obra se a lesse.

    Abraço,
    Larissa | Parágrafo Cult

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    1. Oi, Larissa! Essas poesias você vai amar, leia se puder. Abraço!

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  7. Oi, Luciano! Tenho uma relação de amor e ódio com poesias, confesso.
    Gosto de alguns temas específicos e fiquei bem curiosa com esse livro em questão. Parece ser bem reflexivo, já que a morte é um tema pouco abordado mas muuito presente em nossas vidas.

    Amei a resenha!
    Estante Bibliográfica

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    1. Oi, Laura! Que bom que gostou da resenha. A obra é sim, bastante reflexiva. Leia se puder.

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  8. Li o livro, apreciei demais. Adoro temas como este. Forte abraço.

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